A batota das passas

 

2013 foi um ano bom para mim. Além de me ter trazido o pequeno homem da minha vida - que naturalmente foi o acontecimento mais importante do ano e, provavelmente, da vida -, não me trouxe más notícias, nem muitas coisas de que me possa queixar. Bem, queixo-me um bocado do vizinho do 3º esquerdo, mas isso agora não vem ao caso.

 

Sinceramente, não espero muito mais de 2014. Não quero o Euromilhões, não quero uma casa de férias, nem uma viagem às Maldivas, além de que, a bem da verdade, nunca fui pessoa de pedir. Em criança, parece que já era assim. 

 

Sou daquelas pessoas que no momento de comer as passas fica sempre à rasca para arranjar 12 desejos diferentes e confesso que acabo por repetir alguns, talvez na esperança de que o senhor que está a coordenar a lista de pedidos tenha uma atenção especial com estes. Sim, eu sei que é batota, mas tento fazê-la bem feita para que ele não se aperceba e pense que é só distração. Até ver, nunca reclamou.

 

Para 2014 só peço paz emocional (sei que a outra, a do mundo, não vale a pena pedir que é difícil concretizar. Deixo esse pedido para a lista de desejos das misses, que essas são mais giras do que eu e pode ser que tenham mais sucesso), saúde para mim e para os meus, tempo, e ter ao meu lado o meu núcleo familiar e de amigos. 

 

Sei que parece pouco, mas para quem, como eu, já passou anos em que um destes desejos lhe fez muita falta, perceberá que, na verdade, é bastante.