segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Coisinha mai fofinha que encontrei!!!!

 
Ontem ganhei um "gosto" novo aqui no facebook do estaminé e fico sempre com curiosidade de cuscar quem é a pessoa que, a certo momento da vida, acha que é boa ideia perder tempo com isto. Vai daí, ao cheirar a página, dei de caras com um post sobre estas bonequinhas de pano, lindas de se comer.
 
Bem sei que tenho um filho rapaz, mas depois de olhar bem para estas pequenas maravilhas, quase que me apeteceu encomendar uma de cada e dizer-lhe que ficam lindas para pôr em cima dos carros que ele tem na pista. 
 
Não sei quanto custam, como se chamam (gosto de pensar que se chamam "Cabeçudas"), nem quanto tempo demoram a fazer, mas, para quem ficou a babar por elas como eu, podem sempre tentar pedir mais informações aqui.
 
Agora vejam por aqui abaixo estas riquezas:




Depois de encomendar, quer-me parecer que são entregues nestes saquinhos fofinhos:





  No meio disto, encontrei ainda esta ilustração que me encheu as medidas:
 
Lindo, não é?
Pois é.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

25 recordações de infância.

1 - As noites de inverno em que o meu pai me punha Vick Vaporub e eu achava que nada de mal me podia acontecer na vida enquanto tivesse as mãos dele por perto. A minha cama tinha gavetões grandes e uma colcha de crochet feita pela minha mãe. No chão, havia um pequeno piano vermelho com um autocolante do Pluto. Era o barulho dessas teclas que me denunciava sempre que, por medo do escuro, fugia para a cama da minha irmã durante a noite.

2 - O dia em que tocaram à campainha para virem buscar o cão que tínhamos encontrado na rua e há mais de 24 horas que assumíamos que era nosso.

3 - Os bolos da Dan Cake que a minha mãe costumava comprar. Gostava daquele que tinha uma cobertura com bocadinhos de amendoim. Ela nunca teve jeito para doces. Na verdade, nunca teve jeito para cozinhar. Lá em casa só havia desse bolo ou de iogurte. Mas fazia crochet muito bem.

4 -  As brincadeiras no pátio do prédio durante o verão que parecia nunca acabar, com pistolas feitas de esferovite e os traços do jogo da macaca desenhados a giz. Ouvia-se "Amanhã de Manhã", das Doce, e víamos os Festivais da Canção. "Um, dó, li, tá, caramendolá....Tu és polícia e tu és ladrão". Era muito boa a saltar ao elástico naquele pátio gigantesco, mas que, aos olhos de hoje, mal cabem três carros.

5 - O dia em que mudei de casa e de cidade e percebi que afinal aquilo talvez não fosse uma coisa tão boa como o que me disseram.

6 - Os momentos na escola da minha mãe. Lembro-me de irmos de autocarro e de a ver descascar os ovos cozidos que levávamos para o almoço.

7 - Os "Jogos sem Fronteiras". A voz do Eládio Clímaco e da Ana Zanatti. E do Vasco Granja, ao sábado de manhã. Ainda hoje acho que a voz da Ana Zanatti faz mais efeito do que três Valdispert´s.

8 -  Os iogurtes de baunilha da Yoplait. Parece que ainda estou a ver a imagem da pequena vagem no papel que envolvia a embalagem. Ficava a olhar para aquilo tempos infinitos porque nunca tinha visto nenhuma assim de verdade.

9 - A visita a casa da minha tia Ermelinda. Havia umas sebes no fundo das escadas que tinham o mesmo cheiro das sebes do cemitério, mas eu só gostava do cheiro das sebes em casa dela. A minha tia Ermelinda fazia doce de tomate, era alta e tinha uma voz alegre. A casa dela tinha uma porta grande, de ferro cor de rosa clarinho. Tenho uma fotografia tirada em frente a essa porta. Calças de boca de sino e uma máscara de cartolina presa na testa. Bochechas vermelhas. Acho que era Carnaval.

10 - Quando a minha mãe vestia uma saia em tecido de inverno, rodada, azul, pelo joelho, e eu achava que ela era linda.

11 - A espuma de barbear que eu e a minha irmã gastávamos no espelho redondo do quarto dos meus pais, colocado em cima da cama, e enfiávamos os bonecos da Heidi a fingir que estavam na neve. Os enterros dos grilos nos vasos da varanda.

12 - O barulho da casa da aldeia, quando acordava ao domingo de manhã e ficava quieta, dentro da cama, só a ouvir o burburinho na cozinha. As vozes da minha avó e da minha tia, o som do fogão a lenha, do sino lá fora, do ranger da porta de madeira, que tinha um trinco de ferro e dava para a rua.

13 - As mãos da minha avó a remexer a braseira. O avental. Novelos de meias em cima das pernas. "Já foste ao leite, Fernandina?".

14 - A coleção de "folhas queridinhas". Eram folhas de blocos pequenos, daqueles com bonequinhas amorosas da Mary Kay, coelhinhos fofinhos e coisas assim de meninas, normalmente cor de rosa e algumas até cheiravam bem. A minha folha preferida veio de casa da Filipa. Trouxe-a no dia em que fez uma festa de Carnaval. A casa era grande. Parecia um palácio. Tinha um quarto só para brincar e eu nunca tinha visto casas com quartos só para brincar. Nas traseiras, havia um jardim daqueles com sebes, que dá para andar ali pelo meio a correr, perdida nos vários caminhos. Estilo Alice no País das Maravilhas. Eu nunca tinha visto casas com sebes daquelas que fazem caminhos. Fui de palhaço, por isso tinha o nariz pintado com uma bola vermelha, feita com batom que a minha mãe nunca usava. Ao cheirar a folha, deixei a marca do nariz e nunca me perdoei por isso. A melhor folha da minha coleção tinha uma marca do meu nariz. Para sempre.

15 - A minha tia a aquecer-me as botas no fogão a lenha e eu sentada a ver. Nada de mal me podia acontecer na vida enquanto ela estivesse ali a aquecer as minhas botas.

16 - As reuniões da minha mãe, numa sala de aulas de um edifício grande, com ar senhorial e um aquecedor a gás. À entrada, tinha umas escadas cobertas com uma planta trepadeira, daquelas que dão umas flores roxas que parecem uns cachos de uvas, com um cheiro muito intenso mas bom. Bebíamos chá e havia pão com queijo. Gosto do sabor do queijo misturado com o chá. Eu ficava quieta, sentada numa das secretárias da sala, a jogar um jogo numa caixa de cartão que tinha uma tampa já muito gasta, com uns pauzinhos de madeira compridos, às cores. Acho que a ideia era empilhá-los.

17 -   Os dias em que a minha prima ia dormir lá a casa. Dormia na minha cama e cheirava sempre muito bem. Era um cheiro que só ela tinha. Ainda hoje, podiam fechar-me os olhos que eu iria sempre reconhecer esse aroma nem que fosse no fim do mundo. A esta distância acho que era o cheiro natural dela, misturado com Nivea.

18 - Quando fui a Espanha com os meus pais comprar um careca. Trouxe o "standard", mas o meu coração ficou com o bebé careca chinês. Naquela noite, dormiu numa cama feita no meu quarto com uns lençóis pequeninos que tinham sido meus.  No dia seguinte, quando acordei, ainda gostava mais dele. Isto só me acontecia quando era criança. Gostava sempre mais dos brinquedos no dia seguinte.

19 - O presépio feito com musgo de verdade. O rio era feito em papel de prata de maços de cigarros. Não sei de onde vinha. Em casa ninguém fumava. Havia uns cogumelos vermelhos pequeninos, com pintinhas brancas, que tinham um arame nas pontas para prender. Encontrei-os iguais à venda este ano e trouxe-os para casa, mesmo sabendo que não ia ter presépio para os enfiar.

20 - O gira-discos lá de casa que só tocava ao fim de semana. Às vezes sentava-me no chão, em frente das colunas, e fingia que sabia as letras das canções. Ficava horas a contemplar as capas dos LP´s e chorava às escondidas quando tocava a música das baleias do Roberto Carlos.

21 - Uma espécie de papel plastificado, colorido, que se colocava em frente à televisão a preto e branco para parecer que era a cores. Nunca fez esse efeito, mas na altura parecia uma boa ideia.

22 - Ver a minha irmã maquilhar-se. A protecção que sentia junto dela nas três semanas de verão que passávamos na colónia de férias não tinha preço. As mãos mais bonitas que conheço são as da minha irmã.

23 - O tempo que ficava com o meu primo a tentar decifrar os canais espanhóis que a televisão da aldeia apanhava pessimamente, mesmo sem antena. O ruído da tv e aquelas imagens difusas a preto e branco, sempre a tremer. Era o "baile das formigas" que só parava para vermos a "Casa na Pradaria" ou o "Homem Alântida".

24 - O dia em que o meu pai chegou de viagem e foi à minha cama mostrar-me o ET que me trouxe. Tinha uma luz que acendia na ponta do dedo. Gostei quase tanto como quando ganhei a Joana que fazia bolinhas com a boca.

25 - O meu avô a entrar em casa com o cão chamado "Fadista". No verão, à entrada da porta, havia aquelas fitas de plástico, com muitas cores. Eu gostava de passar para lá e para cá, repetidamente, e sentir as fitas a ficarem presas no cabelo. O meu avô era um homem bom, mas matava porcos. Nem por isso o amava menos.

Era capaz de estar o dia todo nisto.

Nota: A menina da foto não sou eu, mas quem me conheceu nessa idade sabe que até podia.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

É que nem sei por onde comece...


A) - Vou visitar a fábrica "que só existe no Cacém (perto da estação de comboio do Cacém)"?

Ainda bem que fazem este reparo, porque podia ser a estação de Moimenta da Beira e depois íamos ao engano.

B) - Vou acompanhar o "processo dos óculos a serem feitos em 20 minutos"?

Luís de Matos, põe os olhos nisto. Ou então não ponhas que, se calhar, é arriscado. Na dúvida, usa uma máscara daquelas de soldar rebarbadeiras.

C) - Vou conhecer a "tecnologia pioneira no nosso País"?

É que não basta só ser pioneira. Ela é pioneira e, ainda por cima, no nosso País. Upa, upa.

D) - Vou à loja, nem que seja só para "receber o vale de 9 euros e 30 euros"?

Mau Maria... Mas, então, em que é que ficamos? O vale é de 9 ou de 30 euros? Ou recebemos um de 9 e ainda outro de 30? É que isto, parece que não, faz diferença... E a gasolina que gasto daqui ao Cacém? Ninguém pensa nisto?

E) - Vou confiar os meus olhos "a especialistas e profissionais"?

Sim, porque uma coisa é confiar os olhos a especialistas. Outra coisa, completamente diferente, é confiar a profissionais. É que os especialistas são especialistas em ....  Espera... mas então e os profissionais? Olha, deixem lá isso! Aquilo é que gente com estudos de certeza.

F) - Deixo para Sábado para "aproveitar as pinturas faciais"?

É capaz de ser melhor. Pena não ter visto isto há duas semanas... Olha, perdido por cem, perdido por mil... deixo para o Halloween.

Seja o que for, depois de ler um anúncio destes, uma coisa é certa:

Vou precisar de óculos.

Nota: A imagem está assim a ocupar o ecrã todo porque esta mer%#, se puser no tamanho abaixo, não se vê um chavelho. Ou então sou eu que estou mesmo a precisar de óculos...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Podem agradecer-me até ao fim dos vossos dias.


Este filme vai dar hoje, às 23h00, na RTP2.

Vencedor de uma Palma de Ouro em Cannes.

Uma casal de idosos. Um processo de degradação de saúde. E amor. Agora façam o que entenderem com esta informação.

Isto é de mim?

 
 
A primeira vez que li esta notícia foi num post do Bruno Nogueira. Ora, convenhamos, ler - no facebook de um humorista e assim meio na diagonal -, que uma portuguesa ganhou um prémio qualquer relacionado com ursos, por causa de um documentário com sapos e, sobretudo, ilustrada com esta imagem em cima, vinda directamente do ano de 1992, entendi-a como sendo uma piada.
 
Minutos depois, vejo a novidade espalhada por tudo quanto era sítio e percebi que, afinal, aquilo era tudo a sério. A mulher "vinda de 1992" e com ar de quem mandou abaixo uma palete de minis sem pestanejar, chama-se Leonor Teles, tem 23 anos, é de etnia cigana por parte do pai, venceu o Urso de Ouro para Melhor Curta Metragem, no 66º Festival de Berlim, atribuído a um filme  da sua autoria, sobre sapos de louça e a xenofobia que existe em Portugal contra os ciganos.
 
Fiquei naturalmente feliz com a notícia. É bom saber que somos reconhecidos e não é todos os dias que vemos o trabalho de um português valorizado lá fora, apesar de, ultimamente, isto até acontecer com alguma frequência e juro que até fiquei com vontade de ver o tal filme com batráquios.
 
Mas agora vamos lá ver com sinceridade, esta mulher não parece mesmo que chegou dos anos 90 e aterrou aqui agora? Não estão mesmo a imaginá-la a beber um Capri-Sonne ou uma 7UP, naquelas latas com aquele boneco dos cabelos em pé (o Fido Dido, não era?), com uma calças de ganga, de cinta subida e dobras em baixo, e a ouvir "Come Undone" dos Duran Duran num walkman?
 
Eu estou.  

 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Há dois dias que o meu filho dorme numa nuvem.


A semana passada tive uma conversa com a minha sogra sobre o maravilhoso mundo dos lençóis térmicos, mas como, a bem da verdade, não sinto muita falta e tenho lençóis com fartura - além de que odeio acumular tralhas -, a conversa ficou por ali.
 
Nem de propósito, dias depois, ao deitar Baby Caco, assim que pousa a cara na almofada, diz: "Tá fia, mamã!". Claro está que, naquele momento, era bem capaz de fazer malabarismo com massas de fogo, se essa fosse a única forma possível de aumentar a temperatura. Mas como tinha o robe dele ali ao lado, cobri a almofada com ele. No segundo seguinte, senti-me a pior mãe do mundo, no outro segundo a seguir, achei que estava a exagerar, e no minuto que se seguiu, meti na cabeça que a prioridade da minha vida era comprar uns lençóis térmicos.
 
Comentei com a minha empregada e ela disse-me que havia um feirante que tinha uns muito bons e que estava de manhã junto ao mercado. No sábado, lá fui eu. Cheguei um pouco tarde, já estava o homem a arrumar a parafernália de edredons, atoalhados e afins na carrinha, mas ainda a tempo de perguntar pelos ditos lençóis. Disse-me que tinha uns mais finos, a dez euros, outros mais grossos, a quinze, e ainda uns, que eram a novidade do momento, um pouco mais caros.
 
Apontou para os mostrar, mas eu torci o nariz porque aquilo parecia-me tecido de toalha de praia e desvalorizei. Quando começo a pedir-lhe para me mostrar os padrões dos térmicos, cruz credo, uma desgraça. Cada um mais foleiro do que o outro. Quase ao nível dos padrões que desfilaram pela festa de aniversário da TVI , mas para pior.
 
No meio daquela miséria franciscana, dei com um com uns mochos coloridos, uma coisa meia infantilóide, mas que comparado com o resto, pareceu-me que cumpria os mínimos. A verdade é que aquela minha indecisão também não podia durar muito, não só porque o homem já não tinha tempo para me aturar, mas sobretudo porque, no entretanto, Baby Caco ia alternando entre enfiar a cabeça debaixo da roda da viatura, ou puxar o rabo ao cão carregado de pulgas que estava à entrada da peixaria.
 
É nesta altura que o homem diz que esse lençol era dos tais "novos", a célebre "novidade do momento, anti-alérgico, anti-fúngico" e mais uns "antis" quaisquer que davam ar de ser alguma coisa de jeito. Para minha surpresa, reparo que eram feitos daquele tecido muito fofinho, igual ao das mantinhas dos bebés, estão a ver? Aquele que parece os robes da Primark e que, além de secar muito depressa, fica sempre com ar de novo, ao contrário dos térmicos que - segundo dizem - ganham borbotagem até dizer chega.
 
Bom, Baby Caco escolheu uns cinzentos, da mesma cor do quarto, bem mais sóbrios do que a bonecada dos mochos  e, meus amigos, posso adiantar-vos que existe um ALT (Antes dos Lençóis Térmicos) e um DLT (Depois dos Lençóis Térmicos).
 
A verdade é que, agora, quando vai para a cama, diz que vai para os "uençóis quentinhos" e eu sinto-me outra vez a Melhor Mãe do Mundo, a achar, convictamente, que estes foram os 25 euros mais bem aplicados de todo o sempre. Estes e aqueles que investi nos boyfriend jeans que me ficam a matar, mas que, como eram para mim, se calhar não conta, né?

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O meu filho está a transformar-se no Cascão.


Mães desta vida, por favor digam-me que está por aí alguma que padece deste mal.
 
Desde que nasceu, Baby Caco não gosta de banho. Quer dizer, o banho já há algum tempo que até suporta, mas, na maternidade, e durante praticamente o primeiro ano de vida, chorava a maior parte do tempo, o que tornava este momento um suplício. Estão a ver aqueles vídeos do youtube, que mostram bebés em estado zen com a água a escorrer pela cara abaixo? Pois. Ainda bem que estão porque eu não sei o que isso é.
 
Aquilo era de tal forma um cenário "poltergeistico" que nunca lhe pus creme no corpo porque ele gritava ininterruptamente até ao momento em que o vestia. E não, isto não tem a ver com o facto de ter frio, porque só faltavam coqueiros e uma praia para aquela casa de banho parecer Copacabana no pico de dezembro.      

Bom, o tempo foi passando e ele começou a gostar do banho, mas o cabelo, ai Jesus, o cabelo é um verdadeiro inferno. Grita como se lhe estivéssemos a arrancar um braço. Ou dois. Ou, para ser mais honesta, os dois braços e o testículo esquerdo. Tudo ao mesmo tempo.
 
O resultado é que, agora, até eu odeio o dia de lhe lavar o cabelo - que, convenhamos, começa a ser com uma periodicidade que até tenho vergonha de dizer. A sorte é que, vá-se lá perceber como, juro que não cheira mal e tem sempre bom aspecto, mesmo que não veja água há mais de... três dias (é tão lindo o eufemismo).
 
Para tentar contornar isto, inventei que tem bichos na cabeça e que tenho de os tirar, sob pena de lhe comerem o cabelo até ficar careca como o Ruca. Sucede que ele não só não se importa de ficar careca, como diz que adora os bichos e, no final do banho, continua a gritar desalmadamente: "EU QUEO OS BICHOS!!!! EU QUEO OS BICHOS!!!".
 
E é aqui que tenho de fingir que lhe volto a pôr a bicheza toda no mesmo lugar de onde a tirei. Nesta altura, dá sinais de começar a acalmar-se, até abrir novamente as goelas, minutos depois, assim que vê o secador a aproximar-se. Esta fase custa um pouco menos porque o barulho do aparelho sempre abafa um bocado o circo.
 
Posto isto, há por aí alguém com dicas maravilhosas para que o meu filho não se transforme, a passos largos, num Cascão e eu não tenha um ataque de loucura semelhante ao que sofreu a Teresa Guilherme quando decidiu vestir-se de Ana Malhoa?
 

Agradecida.

About last night.

 
A TVI fez anos e a Cristina Ferreira apresentou-se nestes preparos. Desconfio que se tivesse ido ao baú dos arrumos de casa da minha avó, tirasse peça a peça, aleatoriamente, sem olhar, e depois vestisse tudo à bruta, o resultado era melhor.
 
O que aconteceu aqui, Cristina??!? É que não acertaste uma. Tudo ao lado. Tuuuuddddoooo!!!
 
Por outro lado, Miss Caco dá os parabéns à Rita Pereira. Além de ir linda, levou também uma barriguinha que, ao contrário do que dizem, a mim não me levanta suspeitas. 
 
Voto que é menino.
 



 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Mais vale tarde do que nunca.

 
 
Lembram-se de ter falado aqui no aniversário de Baby Caco? Pois. Não cheguei a mostrar-vos o bolo e a decoração linda que eu sei lá.
 
Baby Caco disse-me que queria um bolo dos Minions. Sim, eu sei, não tem originalidade nenhuma, são bonecos só com um olho e ninguém percebe o que raio é que eles dizem, mas enfim... Mãe é mãe e ele até me podia dizer que queria um bolo com a Bernardina que eu ia arrancá-la à Casa dos Segredos arrastada pelos cabelos e até trazia a mãe para tocar ferrinhos.
 
Adiante. Tratei de arranjar a decoração que passo a explicar:
 
1 - Aqueles Minions, lá atrás, em cartão, pendurados naqueles pauzinhos com as gomas grandes, comprei numa espécie de "espetada" aqui no chinês da loja do lado (claro que era só para aproveitar os bonecos, porque aquela goma azul gigante, mal entrou na boca de Baby Caco fez o mesmo efeito que uma pastilha de WC Pato, portanto, tratei de correr com ela num instantinho);
 
2 - O  Minion que está no centro, a tocar guitarra, foi a dona do restaurante onde vamos ao domingo que nos deu. Trouxe de Miami e é daquelas cenas que trazem uns rebuçados pequeninos lá dentro, com a particularidade de, ao carregar na bolinha azul, o raio do boneco canta uma música daquelas que não queremos ouvir nem no dia que estivermos mais surdos que uma porta;
 
3 - As bandeirolas é fácil. É só pendurar aquelas ceninhas triangulares (que neste caso eram autocolantes que tinha para aqui no escritório) numa fitinha que, por sua vez, se ata nas extremidades a um pauzinho;
 
4 - À volta do bolo, espalhei gomas, em formato de bananas, que Baby Caco mandou abaixo sem dó nem piedade e, a bem da verdade, foi a única coisa que comeu.
 
Este último aspecto talvez esteja relacionado com o facto do bolo estar uma valente... merda. Sim, aquilo é um bolo de laranja em cima de outro bolo de laranja, com cobertura de chocolate, sendo que a única coisa que saiu em condições foi a cobertura.
 
Posso adiantar-vos que passei a noite de véspera a fazer bolos. Quatro para ser mais concisa, sendo que dois foram para o lixo e os outros dois são os que vêem na foto, mas que assim, cobertinhos de chocolate mal se nota.
 
Moral da história: dentro de um ano falamos. Sinto que vou precisar de contactos de pasteleiros. 

 
Foto lateral do bolo onde se percebe o desnível que não consegui disfarçar nem à lei da bala.


Detalhe do boneco em plástico que cobri com celofane, na zona que espetei no centro do bolo.


Vista aérea. Não, não foi preciso um drone.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Carta aberta....


.... a todos os pais que vestiram os filhos de Homem-Aranha, Minion, Branca de Neve, Princesa do Frozen, palhaço rico, palhaço pobre, pintainho, elefante, anão da Branca de Neve,  príncipe da Branca de Neve, bruxa da Branca de Neve, índio, Mickey, macaco Adriano,  Wally, baiana,  polícia, bombeiro ou qualquer outra cena que implique enfiar-lhes uns trapos pela cabeça abaixo, sem que eles fiquem a espumar e a espernear durante meia hora, enquanto gritam NÃÃÃÃÃÃÃO QUEEEEOOOO!!!!! até o vizinho do prédio do fim da rua chamar a protecção de menores, por favor, expliquem-me como se eu não soubesse ler nem escrever:
 
COMO É QUE CONSEGUIRAM???!?!
 
Aviso já que se implicar drogas, prefiro não ouvir.
 
Nota: A foto não é Baby Caco. É só o disfarce mai lindo do Carnaval que encontrei por aqui.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Aviso: Este post não é patrocinado pelo LIDL.

 
Bem sei que parece, mas digo-vos, à confiança, que não é. Sinto-me é na obrigação de vos alertar que esta pista em cima, fofinha que eu sei lá, vai estar em promoção no LIDL, a partir de amanhã, passando para 21,98 euros, tal como indica o folheto em baixo.
 
Miss Caco comprou-a no Natal para oferecer no aniversário de Baby Caco e como a acho um amorzinho, achei que iam gostar de saber. A foto em cima inclui mais alguns adereços que não vêm na caixa, mas que eu tinha para lá e achei que ficavam bem, como, por exemplo, aquelas plataformas verdes onde enfiei uns bonecos da Playmobil que ficam a matar e que, visto de longe, até parece que faz conjunto. A pista original traz alguns carrinhos, também de madeira, mas eu comprei mais uma caixa, à parte, que trazia uma ambulância, um carro de bombeiros, um helicóptero e um táxi e custou cerca de 6 euros.
 
A única coisa que anda sozinha, com ajuda de uma pilha (que vem incluída), é aquele comboio amarelo, mas como todos os carros têm imans, podemos agarrá-los uns aos outros e aquilo vai tudo de arrasto que é uma coisa linda de se ver. Além disso, o barulho que faz é delicioso para adormecer.
 
Agora, MUITO IMPORTANTE, mas meeeeessssmmooooo MUITO IMPORTANTE: guardem, a vinte chaves, o livro de instruções porque as crianças de três anos têm alguns acessos de estupidez e dá-lhes para desatar a desmanchar tudo o que vêem pela frente e a atirar para o ar desalmadamente, sem qualquer critério, por isso, é natural que tenham de a montar algumas vezes. Mas, antes isso, do que vazar um olho.
 
A boa notícia é que o processo de montagem é simples. A primeira coisa a fazer é dividir as peças por montinhos (juntar as que são iguais) e depois seguir o plano da pista que está na caixa (baldem-se para os outros planos, porque tem imensos diferentes e só confunde). 
 
Vá, agora corram ao LIDL e digam que vão daqui, a ver se aqueles gajos se lembram de me mandar mais um conjunto para juntar a este. Sim, porque também vendem um parque de estacionamento, um aeroporto e mais não sei o quê, que agora não me lembro, e que à custa dos desenhos que meteram na ilustração da caixa estou fartinha de levar com a criatura a apontar, enquanto grita: "Queo este, mamã!!! Queo este!!!!".


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A minha criatura já fala estrangeiro!


A semana passada, Baby Caco ganhou de prenda de anos um conjunto de pratos da "Patrulha Pata". E o que é que Miss Caco sabe sobre a "Patrulha Pata"? Ora, Miss Caco sabe que são uns desenhos animados que passam no canal Panda e que têm cães. Não sei se mijam com a perna no ar, se comem biscoitos de marca branca, se ladram em inglês ou francês, nem se têm pulgas ou carraças.
 
O episódio que se segue ocorreu enquanto ele jantava num desses pratos. De repente, baixou a cabeça timidamente, enquanto sorria com ar envergonhado e ia apontando para os três cães que estavam no prato (amanhã faço uma adenda e meto aqui a foto do prato) enquanto dizia muito baixinho: "Xeixe... Uabele e Machale...".
 
Eu, que não percebia nada do que ele para ali estava a dizer, questionei: "O quê, meu amor?".
 
E ele voltava a sussurrar a lengalenga: "Xeixe... Uabele e Machale". Como apontava para os bonecos, calculei que fossem os nomes deles. Baixei a cabeça para perto dele para tentar ouvir melhor e pedi para repetir.
 
 De repente, como estava a 3 milímetros do prato, reparo que junto a cada um dos animais, estava escrito o nome. Ora, eu que pensava que se chamariam algo como Bobi, Faísca ou Torpedo, constato que dão pelo nome de Chase, Ruble e Marchal.
 
Pára tudo. Epifania geral.
 
Amassei-o de beijos. levantei-o no ar e gritei com ele nos braços, para todo o prédio ouvir: "O meu filho já fala inglês!!! O meu filho já fala inglês!!!"   
 
E pronto. Ser mãe também é ser isto. Ridícula.
 
Nota: Os cães são estes. Amanhã meto foto do prato.


 


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Bem sei que é Carnaval...


Não sei se é verdade que ela bebe até tombar, não sei se ele é mesmo violento, não sei se o filho quer mesmo ficar com o pai, se ela entra com um loiro na discoteca e sai com um moreno - ok, muito moreno -, o certo é que seja o que for que aconteceu, e mesmo sabendo que estamos no Carnaval, acho indecente isto de porem o desgraçado do Carrilho vestido de sereia no painel de azulejos da estação de metro do Oriente.
 
Tudo tem limites.

Nota: No entanto, devo confessar que acho interessante a alusão das mamas ao olhar da Rita Pereira. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Por mim contem o que quiserem...


... mas sempre quero ver o que vão dizer à Sociedade Protectora dos Animais para justificar o texugo que o Simão sufocou dentro dos boxers.