sexta-feira, 27 de junho de 2014

Agradecimento ao Além.

 
Quero agradecer à alminha, ao anjo da guarda ou a quem quer que seja que tenha sido o benfeitor que me conduziu o carro esta manhã, de casa até à paragem do autocarro.

Sim, porque com a camada de sono que trago em cima, a quantidade de vezes que fechei os olhos durante o trajeto para bocejar ou aproveitei os semáforos para passar pelas brasas, é humanamente impossível que tenha sido eu a fazer aquelas rotundas ou a estacionar a viatura no lugar do costume.  
 
"Ah, Miss Caco estás a delirar, que raio de ideia...". Não, não estou. Então, se há quem faça - e bem - reiki à distância, não haverá almas que dormem confortavelmente em cima de uma nuvem e depois acordam cedinho, decididas a ajudarem mães de criaturas, abaixo dos dois anos, cuja principal ocupação noturna é esfrangalhar o ciclo de sono das progenitoras? Não vejo qual é a surpresa...
 
Querem ver que nunca vos aconteceu entrarem no carro e, quando dão por ela, chegaram ao destino, sem sequer se lembrarem de meter a chave na ignição? Pois. E então de quem acham que é a obra? Do vosso cérebro brilhante que não pára, mesmo quando estais a olhar fixamente para um ponto no vazio do universo, enquanto a mente hiberna?!?.
 
Bom, agradecimentos feitos e antes que esbardalhe a testa no teclado, vou ali até à copa tirar um café triplo, a ver se me aguento com a cabeça em pé e a olhar para o monitor atentamente, enquanto finjo que estou concentrada a ler um e-mail  importantíssimo, pelo menos, até à hora do almozzzzzzzzzzzzzz...........   

Diz que...


...o Isaltino Morais saiu da Carregueira por falta de condições. Desde que abriu a época balnear, a fila para o solário tem estado insustentável.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Olha a boa notícia de hoje!


Depois de ler isto e tendo eu um avô a chegar aos 102 anos, praticamente fresco como uma alface, hoje até vou dormir melhor.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Mamã, adivinha o que estou a fazer!!

 
- Mamã, adivinha o que é que eu estou a fazer!
- A conversar com os ácaros?
- Não!!! Estou a fazer de conta que sou um insecto da Costa Rica.
- Então porquê?
- Não vês que estou a fingir que estou morto para enganar os predadores?!?

Gosto desta miúda.

 
Chama-se Rita Camarneiro, não andou comigo na escola e pouco mais conheço do seu trabalho do que as crónicas que leio no jornal Metro. Gosto do estilo desempoeirado, com graça à mistura. Sei que faz umas coisas para a SIC Radical (acho que no Curto Circuito), apresentou para aí uns eventos com o Fernando Alvim e tenho ideia de ter lido alguma coisa dela que me levou a pensar que também é do norte.
 
Nunca a vi em televisão, nem ao vivo e a cores. Conheço esta foto que aqui vêem e que já pude constatar, ao acompanhar o seu facebook, de que a faz mais velha do que aquilo que é.  
 
A verdade é que quando apanho as suas crónicas no Metro, sei que nunca me desiludem. Podem falar da maior trivialidade ou até de coisa nenhuma, mas o certo é que gosto do estilo. Ainda por cima o raio da miúda é gira.
 
É esta e o Alfaiate. Esse também é rapaz para me encher as medidas.

Pronto, mamã.


Já abri a capota e apertámos os cintos. Agora só tens de empurrar.

Pobre Daniel


Não estou 100% a par do que se anda a passar à volta desta história. Sei que a mãe foi acusada de tentar vender o filho, que saiu de casa e vive com um amante - aparentemente com o mesmo nível de evolução do Homo Sapiens - e que o miúdo continua a morar no casebre em condições miseráveis com o resto da família.
 
Mas ontem, vi uma reportagem (julgo que na RTP) em que perguntavam ao pai o que achava do comportamento da ex-mulher, ao que ele respondeu algo parecido com: "que não era ninguém para a condenar e que ela lá saberia das suas razões".
 
WTF????!!!!???
 
"Quem é ele para a condenar??!!?". Meu caro, és só e apenas o PAI da criança. Que chatice, isto afinal também traz algumas responsabilidades e ninguém te avisou, não é? Afinal não tiveste só de te aplicar naquela tarde em que foram tentar arranjar as telhas do palheiro...
 
"Que cada um sabe das suas razões?!!!???" Era enfiar-te um poste no meio dos olhos, prender-te os guizos a um cavalo bravo e quando estivesses cansado da brincadeira, atirar-te abaixo de um penhasco, tendo o cuidado de deixar um buraco ao lado para enfiar a tua ex-companheira. Sempre estou para ver se nessa altura também acharias que o autor da proeza teria as suas razões.
 
Perante isto, ainda há por aí alguém que acredite que este animal não tem culpa no cartório??

terça-feira, 24 de junho de 2014

Post mais ou menos dietético.


Graças à dieta de marido Caco, Miss Caco deu com estas tortitas que tinha provado já há uns anos, na versão de arroz, e que, naquela altura, lhe souberam a placas de esferovite acabadinhas de sair da caixa do plasma. 

Entretanto, agora existem estas de milho que são mil vezes mais aceitáveis e que servem perfeitamente para encher o bandulho, com a vantagem de que, segundo consta, ingerimos poucas calorias.
 
Sucede que Miss Caco tem vindo carregadinha destas rodelas na hora de almoço, quando vai passear para os lineares do LIDL ou do Pingo Doce, e como já tem termo de comparação, achou por bem vir até aqui esclarecer este assunto, tudo em prol da manutenção dos corpos esbeltos dos seus leitores a quem não quer que falte nada.
 
Portanto, tenho a dizer o seguinte: as tortitas da esquerda são compradas no LIDL, custam 99 cêntimos, são saborosas sim senhora, mas carregadinhas de sal. As tortitas da direita são do Pingo Doce, custam igualmente 99 cêntimos e, apesar de serem COM SAL (também há a versão sem sal que Miss Caco ainda não provou), não têm quase sal nenhum - quando comparadas com as do LIDL -, são igualmente apetitosas e estão esta semana com uma promoção "Leve 3 pague 2". Assim sendo, o resultado é claro: Tortitas Pingo Doce - 1; Tortitas LIDL: 0.
 
E agora perguntam vocês, "mas Miss Caco, o que é que está a fazer aquele chocolate encostado à parede, ao estilo emplastro?". Pois, meus caros, então eu não disse, logo de início, que isto era um "post mais ou menos dietético"?
 
Esse chocolate está aí pela simples razão que ninguém, no seu perfeito juízo, aguenta passar a tarde a enfardar nesta espécie de placas de serrim prensado, sem saber que no final tem direito a prémio. E não vejo galardão melhor e mais justo do que um chocolate carregadinho de avelãs do tamanho de berlindes, daqueles que se acertam num olho são capazes de vazar uma vista, e que consolam qualquer um, com a vantagem de ficarmos com pouco peso - na consciência - dado que antes de pecar já forrámos o estômago com algo saudável.

Quanto ao peso na balança, a conversa já é outra, mas, se Deus quiser, as tortitas irão cumprir a sua missão e ajudam a compensar... 

Deste lado também há S. João!

 
Quis o destino que Miss Caco, mulher do norte, viesse parar às terras de Alcochete onde, curiosamente e que eu saiba, é das poucas onde também se festeja o S. João.
 
Vai daí, ontem à noite, enquanto os nossos amigos do Porto se consolavam com o fogo de artifício, manjericos com fartura, balões e sardinhas assadas, família Caco rumou ao restaurante de sempre para comemorar a efeméride. É certo que não foi bem a mesma coisa, mas deu para enganar.
 
Alcochete fica do outro lado da ponte Vasco da Gama, um corredor suspenso de 17 km que separa o Parque das Nações de uma vila pitoresca onde - se esquecermos a distância do centro da cidade - não se está nada mal.
 
Para quem vive em Lisboa e está a precisar de ideias para passeio de fim de semana, aqui fica um cheirinho da vila, com oferta de duas sugestões para comer umas sardines on carbone e beber uns cocktails jeitosos:
 
- Almoçar peixe grelhado: restaurante "O Marítimo" mais conhecido por "Gaisita" (tel. 21- 234 26 25). Não há que enganar, fica mesmo no centro da vila, naquelas ruas estreitas. É pedir para falar com o Gaisita ou com a Beta e dizer que vão da parte de Miss Caco. Não tendo foto da fachada, segue da rua que vai lá dar e que, para o efeito, serve perfeitamente:
 
 
Também podem pedir o famoso choco frito que sempre é melhor do que o de Setúbal e fica mais perto de Lisboa.
 
Depois, vão tomar um café, um granizado de morango (de babar) ou um cocktail, ao fim da tarde, à esplanada do Alcach Bar.  
 
 
 
Se for por altura do lusco-fusco, é mais do que certo que apanham esta vista:
 
 
Agora, pormenores fofinhos da vila (alguns descaradamente sacados da net, outros tirados pela objectiva de Miss Caco):
 





 
Miss Caco vai tirar o modelo para meter à porta de casa: "T2 Miss Caco" vai ficar lindo!







 
A fachada da padaria que serviu para um anúncio de um banco que não me lembro o nome.



 
Esta padaria também entrou no anúncio.
 


"Oh Alzira, sabias que Miss Caco mora aqui perto? Diz que a vila está a ficar famosa..." 
 
Estão convencidos? Vá, quando forem avisem. Miss Caco organiza um rally paper a ver se a encontram.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Olhó baptizado mai lindo!!

 
 
Miss Caco passou o sábado no Baptizado do Ano.
 
Modelito escolhido, auto-bronzeador a barrar o pernil para não parecer uma morta-viva, Baby Caco enfiado na cadeirinha, saco com lanche para a criatura, fraldas, toalhitas, chapéu para o caso de fazer sol (que acabou por dar jeito para a chuva), casaco para o caso de fazer frio,  marido Caco a conduzir, e lá fomos nós rumo à igreja para um baptizado marcado para as 15h00. Baby Caco adormece às 14h55, acabadinhos de estacionar à porta da igreja.
 
Opção 1 - Acordá-lo e vê-lo berrar a plenos pulmões dentro da casa de Deus;
Opção 2 - Miss Caco, qual noiva abandonada no altar, entrar sozinha na igreja.
 
Optámos pela opção 2.
 
Acaba a cerimónia, entro no carro, constato que, afinal, Baby Caco não dormiu um chavelho e que nos esquecemos de trazer o carrinho para que ele pudesse dormir durante a tarde. Graças a este ligeiro pormenor, percebo que há fortes probabilidades de termos problemas.
 
Chegada à quinta. Baby Caco quer ir para o chão, começa a correr entre as pernas de adultos e a procurar todas as pocinhas de água para enfiar os pés. Miss Caco corre atrás dele, a tentar equilibrar-se em cima de uns tacões que já não calçava desde que deu à luz, missão que lhe permitiu confirmar que devia estar louca quando achou que poderia levar a pequena criatura a um evento sem qualquer tipo de "trela" para o agarrar.

Miss Caco grita para marido Caco correr atrás da criança, antes que ela própria se esbardalhe em cima dos 12 cm de salto, e passe o resto da tarde com os joelhos piores do que o chapéu de um pobre. Marido Caco assume o comando e começa a correr atrás do pequeno. Tenta agarrá-lo com sucesso. A criatura esperneia. Quer ir para o chão. Os sapatinhos a pingar. Continua a espernear enquanto eu vejo as solas imundas a passarem a ligeiros centímetros do blazer claro do pai.
 
Marido Caco põe Baby Caco no chão. Recomeça a descoberta da quinta. Tem início mais uma missão de captura. Mais uma ficha, mais uma volta, mais um "esperneanço". Miss Caco já a mandar abaixo as chamuças, enquanto assiste a Marido Caco a bufar à volta do jardim e Baby Caco a correr à frente dele. Nada a fazer. Miss Caco dirige-se ao marido e diz: "Não sei o que raio nos passou pela cabeça quando achamos que isto era possível. Agarra nele e leva-o à tua mãe." Assim foi.

Meia hora depois, Marido Caco regressa e começamos finalmente a respirar. A igreja era linda, a festa foi maravilhosa, a decoração irrepreensível, o convívio ainda melhor, a pequena Francisca um amorzinho e linda que só visto. Ficam aqui algumas imagens só para confirmarem como estava tudo absolutamente perfeito.
 
Parabéns princesinha! Que a vida te sorria. Sempre!

 
A Rainha da festa estava um amor e portou-se melhor que as infantas no dia da coroação nas cortes espanholas.

 
Perdoa-me amiga Caco da direita, mas não tive condições de te cortar a cabeça, correndo o risco de mostrar só metade dos outfits. Espero que, pelo menos, aprecies o efeito da florzinha. Que me perdoe também a mãe da Francisca, ausente na foto o que, além de representar uma falha imperdoável, também é uma pena porque tinha um vestido lindo e sempre era mais um modelito onde se podiam inspirar.


 
Tão perfeitinho que até dava pena comer.







 
O convívio estava animado, sim senhora, mas há que não perder pitada das novidades da Cacolândia.
 
 
Eis o auto-bronzeador responsável pelas pernas de sonho  pelo tom dourado que levei ao evento, mas que, a bem da verdade, é pouco visível na foto (a embalagem é igual à da direita e diz "Pele morena"). Bastaram 3 aplicações para ficar com um tom que, apesar de não ser igual ao de quem está a chegar diretamente de Porto Galinhas, também não me deixou passar vergonhas). 
 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Podia ser, mas não é.

 
Esta foto que vêem aqui em cima - apesar de parecer - não é uma selfie. Podia ser, mas infelizmente não é. Para isso, só era preciso que eu tivesse menos uns 3 kilos, vestisse um tamanho de soutien acima, deixasse crescer o cabelo mais uns 15 cm, tivesse os ombros ligeiramente mais largos, um bronzeado de tombar e um telemóvel com uma caveira na capa. Quanto às cuecas e ao top preto, esses tenho uns parecidos em casa, por isso, acho que não faltava mais nada. Coisa pouca, portanto.
 
Bom, não sou eu, mas a imagem ajuda a ilustrar a cor que eu gostava de ter. Miss Caco vai a um baptizado amanhã, por isso, ontem à noite andou a experimentar modelitos e virou o armário do wc à procura do raio do auto-bronzeador que comprou há uns tempos. Verdade seja dita, não era grande pincel, mas antes ir com um tom meio amarelo torrado, do que nesta cor de hóstia, acabadinha de sair de uma comunhão.
 
Vai daí, a minha colega ofereceu-se para ir a casa na hora do almoço buscar um auto-bronzeador para me emprestar. De maneiras que acabei de me enfiar na casa de banho a chafurdar as pernas no dito.
 
Vamos a ver se logo à noite faço o mesmo e amanhã de manhã volto à carga. Tudo, na cega esperança de chegar às 15h00 de sábado, mais ou menos assim (não nesta posição, meus caros, que Miss Caco é uma mulher de respeito, mas com uma cor parecida):


Depois conto. Se correr bem, saco foto.

Sim, também não estou inocente nesta história.

 
Há uns dias, marido Caco levou Baby Caco ao médico por causa de uma reacção alérgica e como estava perto do meu escritório, pedi-lhe para passar por lá para mostrar o rebento às colegas.
 
Estacionou o carro no passeio, mandou sms a avisar para descer, subi com o miúdo, babei enquanto mostrava as gracinhas da criatura, recebo outro sms para descer, "que a vida dele não é ser chauffeur", e regressei à viatura com Baby Caco ao colo. 
 
Assim que abro a porta do carro para o meter na cadeirinha, percebo que marido Caco está ao telefone, em ALTA VOZ, numa amena cavaqueira com um colega de profissão, do norte.
 
Enquanto tentava colocar os cintos, ia ouvindo a conversa, aos berros, e os palavrões sucediam-se em catadupa, sendo que o discurso do dito colega era mais ou menos este:
 
- "E eu disse-lhe logo: oh meu cara=?%o, então tu não estás a ver que a filha da pu#/a da encomenda não avançou?. O gajo olhou para mim e veio com aquela p&%a daquela conversa de sempre que me deixa logo com uns corn%$s do cara&%o, e passa-me logo uma nuvem daquelas que só dá vontade de lhe enfaixar um marmelo no car%&o das trombas".
 
E é nesta altura que vocês perguntam: "Ah, mas marido Caco trabalha nas obras? Já podias ter dito que estou a precisar de uns orçamentos para mandar arranjar o sótão".
 
Não. Marido Caco não trabalha nas obras. A questão é que em determinadas áreas profissionais, e - verdade seja dita - com especial enfoque na região norte, desabafo profissional não é desabafo se não levar umas carvalhadas pelo meio.
 
Até ver, - acho eu - Baby Caco ainda está imune a este asneiredo, mas a questão que se coloca é: até quando?.
 
Pelo sim, pelo não, lá por casa também vamos ter de começar a criar estratégias para contornar o problema, porque - e contra mim falo -, de vez em quando lá saem umas pérolas destas sendo que, há que reconhecê-lo, nem sempre em situações de fúria e descontrolo.
 
A título de exemplo, ainda este fim de semana, ao acordar, abri a janela e dei com um sol fabuloso. Estando Miss Caco com um tom de pele muito próximo do de uma lula e com um baptizado à porta e duas pernas para mostrar, o entusiasmo foi tanto que não encontrou outro comentário mais adequado do que gritar para marido Caco: "VAI JÁ BUSCAR O GUARDA-SOL À ARRECADAÇÃO!! ESTÁ UM DIA DO CAR&%/O PARA FAZER PRAIA!!".
 
Sim, assumo. Miss Caco também tem culpa no cartório.    

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Olha-me esta agora...

Era encher um autocarro daqueles de dois andares com os ex-namorados todos (ou, vá lá, os que coubessem) e aposto que nem era precisa muita diplomacia para arrumar o assunto.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Um dia destes, ainda me lixo.

 
Ao fim do dia, quando estou a caminho de casa, passo, religiosamente à mesma hora, numa rotunda onde encontro o mesmo cenário de sempre: duas faixas, uma carregadinha de carros em fila indiana e uma segunda, completamente livre e desimpedida, que me permite apreciar a bela da rotunda ao fundo e que imagino estar sempre a acenar alegremente para mim, como que a dizer: "põe-te a mexer e caga para esses totós!".
 
Quando está a chegar a este local, Miss Caco vem sempre esganada para chegar a casa e, verdade seja dita, não resiste a cair na tentação. Pé no acelerador e toca a aviar pela faixa limpinha, sempre a abrir por ali fora e a desrespeitar a mais comum das regras de trânsito.
 
Graças a esta "chica espertice" ganho ali uns bons minutos de emoções fortes, mais bem empregues do que na dita fila dos que têm lugar assegurado no céu, candidatando-me assim, diariamente, a levar uma bela de uma multa para casa.
 
Por motivos que não interessam aqui para a história, o carro de Miss Caco, apesar de não ter um aleron com neóns a piscar nem CD´s pendurados no retrovisor, dá bastante nas vistas, razão pela qual -  e passando ali todos os dias à mesma hora -, cada vez que executo esta proeza, fico sempre a imaginar o discurso dos tais condutores bem comportadinhos:
 
- "Lá vai a p#&a da finória que um destes dias ainda se f%$#!".
 
E eu lá sigo caminho, sempre a dar gás, praticamente sozinha a dominar a rotunda e a agradecer aos anjinhos por me safarem outra vez.
 
Assim se resume a vida automobilística de Miss Caco. Sempre a viver no limbo.
 
Até ao dia...