quinta-feira, 31 de julho de 2014
Tanta gente sem nada para fazer...
... e a investir horas a ler blogues onde não se aprende nada e, vai-se a ver, não há ninguém nesta blogosfera que se chegue à frente para ganhar o título de Fã nº 500 do facebook do Caco, só para eu não ficar ali a olhar para aquele número que não é peixe, nem é carne?
Para estimular, o leitor que endrominar convencer um amigo para perder tempo conhecer aqui o estaminé de Miss Caco tem direito ao seguinte diploma de honra para publicar, à hora que entender, no seu mural do facebook:
Aproveitem que Miss Caco está mãos largas e promoções deste nível não se encontram todos os dias. Esta termina às 23h59 de hoje.
Já está a contar. É pegar ou largar.
As vantagens de ler um blog caseirinho.
No seguimento deste post publicado há uns dias sobre o facto da minha motorista ser uma brasa, alguns dos leitores aqui do estaminé - curiosamente, do sexo masculino - solicitaram fotos, única e simplesmente porque duvidaram que uma mulher soubesse conduzir um autocarro. Assim, de repente, não vislumbro mais nenhuma razão para o fazerem...
Se este blog fosse uma multinacional, os leitores seriam simples números que contariam para as estatísticas. Ora, tratando-se de um antro familiar, onde não existem passatempos, ofertas ao autor (recordo que sobre este tema poderão ser abertas excepções) nem anúncios a piscar ininterruptamente na barra lateral, faço questão que cada um de vós, sem excepção, seja tratado com a devida atenção.
Assim sendo, e porque não quero que vos falte nada, aqui ficam as provas em falta. Talvez não cumpram os requisitos que mais apreciem, mas foi o que se conseguiu arranjar.
Estou certa que são suficientes para sentirem a tensão sexual da coisa.
As unhas não estavam pintadas de vermelho, mas o tacão e o bronzeado mantêm-se.
Pormenor dos óculos de aviador (favor olhar para o espelho situado no canto superior da imagem)
E porque andar de transportes públicos tem outras vantagens, esta manhã, apesar de não ter arranjado lugar sentada, tive o privilégio de viajar com Carol Anne, a menina que Steven Spielberg escolheu para protagonizar o célebre "Poltergeist" em 1982.
Tudo isto por 92 euros/mês. Não é para quem quer. É para quem pode.
Aposto que já vos aconteceu.
E quando, à saída de casa para o trabalho, entramos no carro ainda no registo zombie, ligamos o rádio, percebemos que está sintonizado na RFM, começa a rubrica do Nilton, decidimos dar-lhe mais uma oportunidade e ficamos à espera do momento de soltar aquela gargalhada que precisamos desesperadamente para acordar e... vai-se a ver... como sempre, esse momento não chega?
É nesta altura que mudamos de estação e percebemos que, afinal, até se torna agradável ouvir as previsões meteorológicas, mesmo sabendo que vem aí outra frente polar e que para a semana entramos em férias.
Sim, eu sei, há coisas piores na vida, mas hoje apeteceu-me fazer este desabafo comezinho. Agora vou ali meter a marmita no frigorífico do escritório que hoje está nublado, mas este tempo engana, porque no fundo está abafado e corro o risco do strogonoff se estragar.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Família Caco foi turista por um dia.
No passado fim de semana, levámos Baby Caco a andar no famoso eléctrico 28. Estacionámos junto ao cemitério dos Prazeres (prefiro nem saber a origem deste nome), ponto de partida da viatura, de forma a garantir lugares sentados.
Marido Caco mais parecia Gulliver na ilha de Liliput, mas, vá-se lá saber como, conseguiu enfiar-se heroicamente num daqueles banquinhos minúsculos com Baby Caco à janela, a acenar alegremente a tudo o que via.
Acabámos por sair na paragem das portas do Sol, não fosse marido Caco ter uma cãibra e ficarmos ali enfiados, toda a santa tarde, à espera que os bombeiros da zona o viessem desencarcerar. Cenário que Baby Caco certamente iria apreciar, mas que, naquela altura, não nos pareceu apropriado.
Passámos o resto da tarde a lagartar numa esplanada nas Portas do Sol e terminámos o dia no jardim da Gulbenkian, a trabalhar por turnos, que é o mesmo que dizer: "agora vais tu andar a correr com ele atrás dos patos e daqui a dez minutos vou eu. Atenção que o tempo que ele demorar a levantar-se, sempre que cair, também está incluído na contagem".
Aqui fica, para mais tarde recordar:
Baby Caco armado em príncipe George.
Deste lugar para trás, é tudo meu..
Os nossos parceiros de viagem. Tudo gente fina.
Atão mas isto não é o 28? São 556 quê? Lugares de pé?!?
Porta da rua, serventia da casa.
Vista das Portas do Sol.
Baby Caco a esplanadar.
Largo das Portas do Sol.
Coisas giras para turista ver - 1.
Coisas giras para turista ver - 2.
Coisas giras para turista ver - 3.
Coisas giras para turista ver - 4.
Local onde apanhámos o táxi de regresso porque o raio do eléctrico estava cheio que nem um ovo. Sim, este dia também assinalou a 1º vez que Baby Caco andou de táxi.
Eu sei. Não tive tempo para pintar as unhas.
Vista de Miss Caco, durante os 10 minutos de pausa no seu respectivo turno.
Baby Caco a preparar-se para afogar um ganso.
Baby Caco a questionar porque é que os patos não são todos amarelos como nos livros.
O dia em que Lenny Kravitz conheceu Miss Caco.
Ontem à noite, Baby Caco decidiu virar do avesso a caixa onde guardo os CD´s. Ao tentar arrumá-la, encontrei esta capa de CD, que assinala o dia em que Lenny Kravitz conheceu Miss Caco, ainda na versão loira.
Corria o ano de 1999 e Miss Caco partia da Gare du Nord, em Paris, para fazer a sua primeira viagem a Londres, em TGV. A meio do percurso, ao ler uma daquelas revistas ao estilo "Time Out", comento com o meu companheiro o que acabara de ler: Lenny Kravitz ia dar um concerto a Londres nos próximos dias! Tínhamos de arranjar maneira de ir, nem que fosse a última coisa que faríamos na vida.
O "pica" (em inglês, pike), ao ouvir o meu entusiasmo, comenta: "Ele vai na carruagem à frente. Quer que a leve lá?". Ao que eu respondo: "Agora não me dá jeito que estou mesmo aqui a acabar um sudoku". Nada disso. Três minutos depois, estava a entrar na sua carruagem privativa, acompanhada do pica, quer dizer, do pike.
Fazem-se as apresentações e quando dei por ela, já estávamos em amena cavaqueira, o Lenny convidou-me para fazer o resto da viagem com eles, assistir ao concerto dois dias depois e deu-me um convite para a festa privada, no Ritz.
Mentirinha. O que aconteceu foi que ele foi amoroso, sim senhora, colocou os óculos escuros para não perder o efeito rock star, deu-me um abraço e tirámos a foto que vêem aqui em cima. Minutos depois, Miss Caco regressou aos seus aposentos, com uma expressão relativamente aparvalhada, parecida com a que vêem na imagem, e comentou que, por ela, podiam fazer o trajecto de regresso, pois dificilmente aquela viagem teria algo tão fascinante como o que acabara de acontecer.
Pronto. E agora estamos em 2014 e percebo que isto aconteceu há 15 anos. Vou ali vomitar e já volto.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Chegou a H&M Home!!!
Diz que é já no dia 10 de setembro que a loja da H&M do Chiado vai lançar a H&M Home com propostas de decoração para a casa, onde constam artigos para casas de banho, cozinhas, salas e quartos.
Não sabia que a H&M estava a apostar nesta área, mas já estou mortinha para lá ir cheirar e soltar o "Querido marido Caco, vou mudar a casa" que há em mim.
Soube disto aqui.
Para os amantes da arte de lagartar...
... aqui ficam 50 esplanadas jeitosas, na zona de Lisboa, para ficarem refastelados, a babar, de papo para o ar.
Miss Caco esteve nesta aqui em cima na semana passada (À Margem) e assegura que, apesar de não ter wi-fi, a vista é maravilhosa, o serviço e o ambiente também, sendo que as mesas são suficientemente próximas para podermos ouvir a conversa do lado, o que é sempre bom e agradável, quanto mais não seja, para percebermos que há sempre alguém que tem vidas piores do que as nossas.
Fiz um ano e meio! Mamã, quero umas jantes!!
Baby Caco acaba de fazer um ano e meio e a sua grande paixão são - pasme-se - jantes de automóveis. Cada vez que o levamos à rua, pára junto de tudo quanto é viatura estacionada e ali fica, como podem avaliar pelas imagens, a contemplar aquilo que parece ser o objecto de maior fascínio no momento.
Há quem tenha fetiches por pés, por mamas ou por mulheres avantajadas, mas, até ver, Baby Caco não tem nada dessas taradices. Prefere idolatrar aquela peça redonda metalizada, fixando o olhar na zona central, onde habitualmente se encontra a marca do automóvel.
Além disto, aos 18 meses, adora tomate, pepino, quinoa, beber iogurtes líquidos com palhinha e frutas em geral, tomar banho, brincar às escondidas atrás das cortinas do quarto, tirar as roupas das gavetas, correr atrás da bola, ir ao cesto da roupa suja e escolher cirurgicamente o equipamento de treino do pai, deixando um rasto fedorento por onde passa, cães, gatos, pombas, patos e tudo quanto é bicharada, passear pela casa com quatro chupetas na mão e uma na boca que só tira para comer, ser penteado, enfiar as mãos nas gavetas do congelador, comer com o nosso garfo, brincar sozinho com os carros enquanto faz "brrum, brrum...", andar de triciclo, distribuir molas da roupa pelo terraço, verter a água do biberon pelo chão da casa, espalhando-a com as mãos, aviões, autocarros, motas, eléctricos e afins.
Por outro lado, não gosta de comer sopa ou papa, odeia que lhe ponham babetes, cortem as unhas ou que o amassem a pedir abraços, procedimento que continuarei a adoptar, na esperança de que um dia mude de ideias.
Reconhece todos os membros da família, mesmo em fotografia, estica o dedo indicador e sorri quando lhe perguntamos quantos anos tem, acena para dizer adeus, manda beijinhos (só quando quer), mas continua um grande preguiçoso para falar, sendo que o universo do seu vocabulário varia entre "mamã" e "nenhé". De notar que este último, ao que parece, não significa rigorosamente nada.
Legenda (da esq. para a dir. e de cima para baixo): Baby Caco junto a uma carrinha de caixa aberta; Baby Caco junto a uma retroescavadora, Baby Caco junto a um jipe; Baby Caco junto à menina dos seus olhos: o carro do papá.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Sobre o sono que trago comigo.
Há já alguns meses que não sei o que é dormir uma noite seguida. Quer dizer, há excepções. E as excepções ocorrem sempre que passo fins de semana em casa dos meus pais e em que, excepcionalmente, deixo que Baby Caco durma na minha cama. Caso contrário, o ritual nocturno lá por casa é mais ou menos este:
4h00 - Baby Caco acorda a chorar e a levantar os braços freneticamente em direcção à sala. Estes só baixam e os gritos só acalmam assim que percebe que me estou a dirigir à dita assoalhada.
Mal me assolapo no sofá, com ele ao colo, estende-se ao comprido e adormece. Às vezes em 15 minutos, outras vezes acha por bem ficar a par da programação infantil e senta-se alegremente com o comando em riste na minha direcção, a gritar sons como: "Hugghhhh!!! Huggghhhh!!" que, em linguagem de adulto, significa: "tens cinco segundos para meter aqueles desenhos animados dos ratinhos que andam com um relógio à roda e, atenção, que já passaram três!".
Então ali fico, à espera que adormeça. Depois, tenho de garantir que já entrou em sono profundo para que não acorde a meio do trajecto, a caminho do quarto, situação a evitar já que é pior a emenda que o soneto. Entretanto o dia nasce, vou para a cama e fico com o cérebro a pensar na forma mais rápida de adormecer e a contar os minutos que faltam para que o despertador toque.
Ora isto é coisa para andar a dar comigo em louca, sendo que, apesar de estar 100% de acordo com esta opinião, mantendo-me firme e hirta a evitar trazê-lo para a nossa cama, não deixo de me questionar... E se este circo se mantém? Até quando é que vou continuar a resistir?
sexta-feira, 25 de julho de 2014
A minha motorista é uma brasa
Como já aqui comentei, vou de autocarro para o trabalho e estou muito satisfeita com o serviço da TST. Dá-se o caso de que um dos motoristas que me conduz é uma mulher, coisa invulgar nesta profissão e que ainda mais inusitado se torna se pensarmos que não é uma mulher qualquer. É um mulherão.
Hoje sentei-me mesmo no banco da frente e consegui ver que conduz de saltos relativamente altos, sobretudo quando comparados com as sabrinas que eu trago para o escritório (sim, porque isto de andar a correr de autocarro para o metro e do metro para o escritório com os minutos contados, a carteira num braço e a marmita no outro, não é coisa para se fazer enquanto nos tentamos equilibrar em cima de uns tamancos).
A mulher traz sempre as unhas arranjadas, habitualmente pintadas de vermelho, é morena, tem uns lábios carnudos e usa uns óculos à aviador que, além de lhe darem um ar sensual, ajudam a impor algum respeito, sobretudo quando tem de responder ao mulherio mal disposto logo pela manhã que resmunga porque o passe que carregou no multibanco não é reconhecido lá na maquineta.
E eu não resisto a passar a viagem a imaginar que aquela mulher com uma produção em cima, mesmo que mantendo a farda vestida, dava uma capa bem jeitosa para a GQ. Já sem a farda, certamente também não faria má figura.
A verdade é que o raio da motorista é muito jeitosa e eu fico sempre a pensar que os homens que apanham aquele autocarro são realmente uns sortudos. Além de serem conduzidos para o trabalho, ainda consolam as vistas logo pela manhã. Já a mim, resta-me ficar ali a invejar-lhe as unhas e a pensar que não tenho a mesmo sorte, a avaliar pelos barrigudos carecas que me transportam no resto dos dias.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Última hora
Miss Caco acaba de confirmar que, pelo sim, pelo não, a prisão da Carregueira está já a preparar a melhor suite em regime de pensão completa, incluindo mudança diária de toalhas e lençóis, com direito a massagens matinais e entrada livre no spa. Ricardo Salgado vai poder ainda utilizar o cacifo que pertencia a Isaltino Morais, com a vantagem de poder usufruir dos pontos já acumulados pelo ex-autarca que dão direito a descontos no acesso à sauna e ao campo de ténis.
Comunicado
Meus queridos, não percam mais tempo a imaginar o que se andará a passar.
Não, não fui fazer um retiro para aqueles hotéis zen no Alentejo onde se passa metade do dia a beber sumos detox e o resto a meditar, não estive de férias numa ilha deserta sem acesso à internet, não fui para nenhum encontro Opus Dei no sul de França, não embarquei em nenhum avião, não andei em treinos intensivos para a maratona de Nova Iorque, nem fui fazer nenhuma peregrinação a Lourdes.
Estive apenas a tentar sobreviver a uma avalanche de trabalho. Por isso, estendam a passadeira vermelha, fechem as avenidas, tragam o Cacomóvel e a escolta policial, preparem o fogo de artifício, toquem as sirenes e encomendem as santolas e o espumante doce do Auchan, que fresquinho é bem bom e em tempos de crise dá perfeitamente para fazer a festa.
Miss Caco voltou!!!
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Pedido urgente
Gente,
Tenho uma amiga, jornalista exemplar da revista Notícias Magazine, que está a preparar uma reportagem sobre a crise da natalidade e as medidas propostas pelo governo. Além de falar com especialistas, precisa urgentemente de encontrar testemunhos de:
1- um casal sem filhos, que queira ter, mas esteja a adiar por razões profissionais (carreira) ou por falta de condições financeiras;
2 - um casal só com um filho, que adiou por razões profissionais/financeiras ou que não vai ter mais filhos pelas mesmas razões.
Se o casal não estiver em Lisboa, não há problema. As entrevistas podem ser feitas por telefone e o fotógrafo da revista não leva pizzas mas vai a casa, já que a reportagem terá de ser ilustrada com fotos dos papás e respectivos filhotes.
Se conhecerem alguém que conheça alguém que, por sua vez, conheça alguém, é favor mandar mensagem privada pelo facebook aqui do estaminé.
Miss Caco agradece.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
E aqueles momentos...
... em que estamos à espera de uma notícia que sabemos que vai chegar dentro de 3 horas e que pode ser boa, mas também pode ser má, e que num momento achamos que não vai ser nada, mas no outro a seguir já pensamos que se calhar até vai e, então, nessa mesma altura, tentamos que a cabeça se ocupe a pensar em outras coisas e ela insiste em olhar para o relógio e contar os minutos?
Sabem como é?
terça-feira, 15 de julho de 2014
O que cuspi para o ar e que, depois de ser mãe, já me caiu em cima.
É do senso comum que há mil e uma ideias preconcebidas que temos antes de ter filhos e que se desconstroem, como um baralho de cartas, depois de passar pela experiência da maternidade. Não é à toa que alguém criou a expressão: "Quando fores mãe, logo verás".
A verdade é que, no meu caso, são muito poucas as questões que me fizeram mudar de opinião. Talvez porque também procurei não criar muitos cenários ou expectativas em torno desta nova fase da vida. Lembro-me que me fazia alguma confusão aquela ideia das grávidas amarem desesperadamente os filhos ainda que só os vissem nas ecografias e sentissem os pontapés, o que, para ser sincera, não aconteceu comigo. Andava feliz, sim, mas dizer que já sentia um amor desmesurado nesta fase, não é bem verdade.
No entanto, há uma situação em concreto - talvez a única - em que assumo ter mudado de opinião. Recordo-me de não perceber as mães que não conseguiam ir de férias descansadas com o marido e deixar os filhos com os avós ou algum familiar próximo. Parecia-me evidente que esse seria um cenário ideal, uma oportunidade para descansar, para termos tempo para nós enquanto as crianças desfrutavam da companhia dos avós.
Hoje, a bem da verdade, sinto-me incapaz de o fazer. Não porque não confie nos avós, não tem nada a ver com isso, mas simplesmente porque, nesta altura (acredito que mais tarde a minha opinião mude) mas, nesta fase, não imagino ter momentos de lazer sem estar ao seu lado. É como se fosse parte de mim, como um braço, ou uma perna. Sei que se o fizesse não conseguiria desfrutar das férias da mesma forma, simplesmente porque os momentos mais felizes e em que me sinto verdadeiramente completa são passados com ele.
As mudanças e as conquistas que Baby Caco está a atravessar nesta fase - a caminho dos 18 meses - são mais que muitas e o facto de passar apenas algumas horas por dia na sua companhia (prefiro nem as contabilizar) já me faz sentir que perco muito deste crescimento. Quanto mais pensar em ficar dias inteiros longe desta criatura que cada vez que sorri me faz sentir a mulher mais feliz do mundo.
Sei que marido Caco partilha da mesma opinião. É verdade que antes de haver um filho já havia um casal, mas nenhum dos dois se sente completo se não o tiver connosco. É quase um sentimento visceral, desmedido e que nos inunda por completo. Estamos esmagadoramente rendidos e apaixonados.
Posto isto, podem chamar-me de lamechas, de mãe-galinha ou do que entenderem, mas não há alegria maior do que vê-lo acordar a sorrir para mim, a correr atrás dos gatos, a apontar sempre que vê um avião, a ficar fascinado com os autocarros que passam na rua, a delirar quando consegue abrir a torneira do bidé, ou quando anda pela casa a espalhar a água do biberon pelo chão.
Há quem nestas férias sonhe com os dias de praia a apanhar sol, com os fins de tarde a ver o mar, com os jantares de amigos sem horas para vir para casa, com os passeios nas noites quentes, com as manhãs sem despertador e os programas sem hora marcada. Eu também já fui assim. Mas agora só penso nos dias inteiros a amassar aquelas bochechas, em vê-lo a acordar com os olhinhos inchados, em mexer-lhe nos caracóis enquanto adormece, em passear de mão dada com aqueles dedinhos pequenos, em correr atrás dele enquanto o oiço rir sem parar.
Não há nada neste mundo que supere a felicidade de estar perto do meu menino. Sim, chamem-me piegas, mas é tão bom que chega a doer.
Dos utensílios que servem para encher gavetas.
Lá em casa só Miss Caco é que cozinha. Não morro de amores pela tarefa, mas o que me chateia mais é o momento em que tenho de cortar cebolas ou alhos. No primeiro caso é porque choro sempre que nem uma desalmada, no segundo, é porque não gosto do cheiro que fica nas mãos. Já experimentei cebola cortada congelada, mas não fiquei satisfeita com o sabor.
Vai daí que é muito comum que marido Caco chegue a casa e dê comigo na versão mais sexy, tal como aconselham os livros "25 passos para manter acesa a chama no matrimónio", isto é, de volta do fogão, com uma mola a segurar o cabelo, a chorar que nem uma Madalena e de olhos esborratados, numa libidinosa mistura de rímel e lágrimas.
Aqui há uns tempos comprei no IKEA a geringonça que vêem em cima e o que se se seguiu foi basicamente isto: tentei retirar os "gomos" do alho e enfiá-los dentro da maquineta, tocando-lhes o mínimo possível, apertei até ver o alho sair pelos furinhos e depois tentei tirar a casca que ficou presa lá dentro. E é aqui que começa o suplício. O raio da casca fica de tal forma esmagada que não sai com facilidade. Enfiei uma faca e o resultado foi nulo. Acabei por esquecer o problema do cheiro nas mãos e tentei tirar com os dedos, sem grande sucesso. Até que me fartei daquilo e meti-o na máquina de lavar. Quando fui lá buscá-lo, surprise, surprise, o raio da casca continuava impávida e serena no fundo da traquitana.
Resumindo, continuo a chorar enquanto corto a cebola e a ficar com os dedos a cheirar a alho. Se alguém tiver uma solução milagrosa para esta maleita, é favor partilhar. E já agora, se há bolsas de investigação para tudo, não há nenhuma fundação que procure investir na descoberta de uma cebola que não faça chorar ou num alho que não deixe cheiro?
Não é por nada, mas aposto que o índice de divórcios descia consideravelmente...
Não é por nada, mas aposto que o índice de divórcios descia consideravelmente...
segunda-feira, 14 de julho de 2014
É certo que o Reininho saiu sem se despedir...
... mas confesso que o que mais me surpreendeu foi ver o filho do Senhor do Adeus a assistir ao programa, sem ter acenado uma única vez.
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Tsss...Tsss...Tsss...
Estes brasileiros não podem gerar acontecimentos históricos que ficam logo uns lamechas.
Deus também levou 7 a criar algo quase tão incrível e, que se saiba, nunca se queixou...
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Não chorem que eu não demoro.
Eu sei que isto quase parece que ando sempre de férias, mas a verdade é que Miss Caco tem a sorte de poder tirar uns dias aqui e outros acoli e depois, quem vê de fora, dá ar de que anda sempre a laurear a pevide, o que não é verdade.
Posto este esclarecimento, informo que vou pirar-me para o norte daqui a umas horitas, onde tenciono manter-me até ao final da semana, com uma ligeira passagem pelas terras do Gerês.
Com isto quero dizer que é natural que aqui o estaminé fique um bocado em banho maria. De maneiras que já tratei de pedir à Gertrudes para dar por cá um salto de vez em quando, pelo menos para regar as plantas, a ver se não dá ar de que isto está ao abandono, até porque a ocasião faz o ladrão e só eu sei as preciosidades que este antro alberga.
Fui.
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Sabemos que estamos a precisar urgentemente de pôr o sono em dia quando...
Depois de na noite anterior nos desmarquilharmos com sabonete líquido, a pensar que era desmaquilhante e só damos conta assim que sentimos o ardor ao esfregar o algodão nos olhos; fazer uma cagada no trabalho hoje de manhã que, apesar de não dar direito a despedimento, era coisa para levar um valente puxão de orelhas; chegar o fim do dia, pegar no carro para vir para casa, abrir o vidro para arejar, conduzir uns quilómetros e, de repente, sentir um cheiro nauseabundo, altura em que o nosso cérebro regista esta sábia sequência de pensamentos:
... este cheiro é absolutamente horrível...
... deve ser de algum campo que estão a adubar...
... mas é estranho.. nesta zona não há terrenos agrícolas...
... será que é da fábrica das salsichas?
... mas nunca cheirou antes...
... eh, pá... isto não se aguenta mesmo...
... bolas, queres ver que pisei algum cocó de cão?
(Miss Caco tenta verificar a sola dos sapatos, enquanto conduz. Rapidamente percebe que é tarefa impossível.)
... cum carago, mas como é que agora vou com este cheiro até casa?!?...
... não tarda nada tombo...
... depois de um dia destes ninguém merece...
... se calhar é melhor fechar o vidro...
... não... porque depois fico abafada com este pivete cá dentro...
... mas onde é que raio é que pisei a p%&a da merda?!?
5 minutos depois...
Miss Caco percebe que o veículo que a está a obrigar a ir a 50 km/hora nos últimos dez minutos tem uma placa junto à matrícula com a seguinte inscrição: Transporte de Animais Vivos.
Baby Caco foi ao festival Panda.
Miss Caco passou o domingo à tarde no festival Panda. "Ah, mas Baby Caco não é pequeno demais para ir a uma coisa destas?", perguntam vocês. Miss Caco responde: "Não, não é." Esta é, na verdade, a melhor idade para levar crianças a um evento desta natureza. E porquê?
Basicamente porque nesta fase eles ainda não sabem o que são insufláveis, pinturas faciais, piscinas com barquinhos a remo e elásticos que os fazem dar saltos dez vezes maiores do que os que conseguem dar em cima do sofá da sala e, como tal, não nos obrigam a passar a santa tarde nas filas, debaixo de um sol abrasador, o que facilmente se torna num verdadeiro inferno, se considerarmos que cada animação tem uma média de tempo de espera de 45 minutos.
Portanto, a minha tarde foi pacífica: limitei-me a passear o carrinho pelo relvado e a tirá-lo de lá de dentro, de vez em quando, altura em que tinha de correr atrás dele no meio da multidão de pais que seguravam os filhos aos ombros para verem melhor, enquanto os pais que estavam imediatamente atrás lhes rogavam pragas.
Assim sendo, foi tudo praticamente perfeito. Não houve cá lugar para: Mamã, quando é que isto começa? Mamã, quero andar nos insufláveis!, Mamã, porque é que tenho de andar com este chapéu quando tenho a cabeça toda suada? Mamã, porque é que esta senhora gorda tem o filho à minha frente e não me deixa ver um chavelho?.
E pronto. Baby Caco lá viu o Panda, dançou e divertiu-se à brava na piscina das bolas, a bem dizer, a única diversão de jeito que usufruiu à séria.
Aqui ficam as provas para que, daqui a dois anos, quando ele me pedir para ir outra vez, Miss Caco poder dizer: "Não vale a pena, filho. Estivemos lá há dois anos e não gostaste muito..."
Mamã, o Panda é muito mais gordo ao vivo do que na televisão.
Mamã, a ideia é entrar aqui para dentro e desatar a mandar bolas à fronha dos outros miúdos?
Esta pulseira que dá direito a bar aberto foi uma excelente ideia.
Lisboa vai ter um mural de azulejos gigaaaaaaaante!!!
Miss Caco acabou de chegar da apresentação à imprensa da exposição de André Saraiva, o grafitter francês de origem portuguesa que inaugura, hoje, a sua maior exposição no MUDE - Museu do Design e da Moda, situado na rua Augusta, em Lisboa, com entrada gratuita até dia 28 de setembro.
Para quem, tal como eu, não conhecia o artista, André Saraiva, ou melhor, Mr. A, o seu alter-ego, é filho de emigrantes portugueses em Paris e colabora com marcas internacionais como Louis Vuitton, Levis, Moet & Chandon, Chanel, Belvedere, Fendi, Cartier ou Givenchy, sendo também director criativo da revista francesa de moda L´Officiel Hommes e proprietário do clube nocturno Le Baron, presente em Paris, Nova Iorque, Londres e Tóquio.
A estrela desta exposição é um mural gigantesco que o grafitter desenhou e que será recriado em azulejos pintados à mão pela fábrica de cerâmica nacional Viúva Lamego. O mural terá 900 metros quadrados (105 metros lineares!!) e será exposto no Campo Santa Clara (junto à Feira da Ladra), a partir de Setembro.
Aqui ficam, no Caco - em ante-estreia exclusiva e sem pagarem mais por isso - algumas fotos de qualidade duvidosa, já que o telemóvel não dá para mais, desta exposição onde podem encontrar cartazes ficcionados, visitar Andrépolis (uma cidade imaginária pós-modernista), ver serigrafia, pintura e vídeo.
As luzes fazem um efeito bonito, mas não vi varões.
Sempre é uma forma de poupar no estuque.
Se ficasse mais perto, Miss Caco era menina para ir ver o Eminem. Já a Miley, confesso que dispenso.
Cartazes, coisas e cenas.
A vista de uma das janelas do Museu. Também é uma obra bonita.
A garrafa de Orangina é um dos ex-libris da exposição.
O boneco, em baixo, à direita, com uma cruz no lugar de um olho, foi criado pelo artista e - sabe-se lá porquê - valeu-lhe reconhecimento internacional, tendo sido desenhado em muros e empenas de prédios de várias cidades europeias.
Não, o Museu não está em obras. É mesmo assim.
Para o caso de quererem aproveitar para deixar a carta ao Pai Natal.
Fãs dos Rolling Stones, não se entusiasmem. Segundo o cartaz, o concerto foi a 21 de Junho...
Este é um excerto da maquete do mural, ainda a preto e branco. O desenho é baseado em referências portuguesas e de cidades cosmopolitas como Nova Iorque, Paris ou Londres e será totalmente reproduzido, em azulejo, a cores, pintado à mão.
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