Meto a chave na porta. Esta semana sou eu que abro o escritório. Não vem praticamente ninguém à agência. Está abafado. Pois... também sou eu que ligo o ar condicionado. É no botão vermelho. Depois é naquele da setinha para não levar com o ar gelado na tromba. Não que não precisasse.
Também há pouca luz... Há que abrir os estores. Nunca sou eu que os abro. E agora este fio puxa-se, mas onde é que se trava esta merda para não descerem outra vez? Para a esquerda não segura, para a direita também não... Espera... agora sim... já está!
Ligo a máquina do café. Nunca sou eu que a ligo. Por causa disso vai demorar a aquecer. Vou tomar o pequeno-almoço. Pego na taça com os cereais. Abro o frigorífico da copa. Raisparta, está vazio. Comi os últimos iogurtes para não se estragarem nas férias... Vou à gaveta da secretária. Um pacote de bolachas, daquelas que têm chocolate dentro e que não deitei abaixo antes de ir embora só porque achei enjoativas. Agora vai ter de ser. Ainda bem que fechei o pacote com um clip. Vá lá que não estão moles.
Sento-me. Pelo menos não há nenhum post-it colado no ecrã com mensagens urgentes. Carradas de e-mails a cair que nem tordos. Toca a eliminar. Apetece apagar à bruta, mas lá no meio há sempre algum que interessa. Raios. É a tal encomenda. Esgotou e o fornecedor já não fabrica mais. É preciso azar.
Tenho de ligar o computador da minha colega. E a password? Porra, é sempre a mesma merda. Nunca anoto o raio da password. Agora vou fazer a triste figura de ligar para o informático a pedi-la outra vez. Quem me manda ser trenga? Não basta entrar no prédio e ter o porteiro à entrada da porta com um sorriso nos lábios e testa franzida, a receber-me com um: "Já acabou, não é? Eh!Eh!Eh".
É, palhaço. Já acabou. E eu voltei. Com a mesma cor, o mesmo peso (nem tudo está perdido) e a mesma altura. Só a neura é que é maior. Bastante maior.
P.S. A imagem que ilustra o post foi tirada esta manhã, à saída do metro. Enquanto, por esta altura, outros acordam tendo a praia como paisagem, esta é a vista que tenho todos os dias ao chegar ao trabalho. Vá lá que não chove. Ou melhor... antes chovesse.
P.S. A imagem que ilustra o post foi tirada esta manhã, à saída do metro. Enquanto, por esta altura, outros acordam tendo a praia como paisagem, esta é a vista que tenho todos os dias ao chegar ao trabalho. Vá lá que não chove. Ou melhor... antes chovesse.
o regresso é sempre... uma treta. Bom regresso e boa semana
ResponderEliminarObrigada, D.! Calha a todos! :-)
EliminarMesmo aqui ao meu lado...
ResponderEliminarÉ... mas não frequentas a Versailles. Nunca lá vi nenhum gordo com alpercatas e óculos...
EliminarMuito pequeno almoço tomo eu ali...
Eliminar...e um ou outro almoço.
Marca o dia e eu faço a proposta à pastelaria para criar o desafio "Onde está o Factos"? O vencedor leva um éclair. Ou dois, vá.
EliminarAgora!
EliminarO último a chegar é um ovo podre!
EliminarAinda cá estou. Posso ir embora?
EliminarÉs o gordo que está a lambuzar-se num pastel de Tentúgal e que tem fios de ovos pendurados nas hastes dos óculos??
EliminarNão era esse. Fica para a próxima.
EliminarOk, avisa com antecedência para ir ao cabeleireiro.
Eliminartb lá dou um ar da minha graça de macaca, de vez em quando (ai as bolas de berlim com creme!!!), bem como à vizinha Choupana (ai os croissants e o pão e os cappuccinos e as merendas e o iogurte e e e...)
ResponderEliminarSim, Macaca! A Choupana também é uma perdição!
EliminarOh se dá... :-)
ResponderEliminarPorta da Versalhes? Bem bom! E eu, que voltei com um quilo a mais que teima em não desaparecer?
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