sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Das relações impossíveis.


A minha relação com as plantas nunca foi famosa. Já tentei pinheirinhos no terraço - secaram com o vento -, trepadeiras que é suposto subirem por uma espécie de "grelhas em madeira" - nunca cresceram -, yucas em vasos de barro - não saem do sítio - e todas as espécies que podem imaginar de plantas aromáticas. Essas então... nem vale a pena falar. Não duram uma semana.
 
Assim sendo, rendi-me às evidências e, neste momento, tenho dois míseros catos em casa, daqueles que não é preciso fazer mais nada, além de olhar para eles.     
 
Serve isto para comentar que nas férias do verão passado, a minha colega incumbiu-me de lhe regar uma planta. Refiro-me a uma espécie de vaso de onde saiam umas folhas compridas, fininhas, muito verdes e viçosas.
 
Sucede que eu nunca mais me lembrei da tarefa e, quando ela chegou, o raio da criatura estava pior do que o chapéu de um pobre. Desgraçada não morreu por pouco.
 
Ainda tentei convencê-la de que assim sequinha também era bonita, que as plantas desidratadas estavam na moda e que, se calhar, até se aguentava mais tempo se lhe atasse uns cordéis e a pendurasse pelos pés na coluna que fica junto ao computador. Além de ficar lindo, dava um ar campestre. Mas ela não foi na conversa e, desde aí, - já lá vão 11 meses - tem tentado recuperá-la com, verdade seja dita, muito pouco sucesso.
 
Como esta semana o escritório está praticamente vazio, não teve outro remédio senão pedir-me para olhar por ela, mesmo sabendo que seria uma tarefa inglória (sim, eu bem vi a lágrima no canto do olho quando a regou com muito carinho no último dia de trabalho, enquanto lhe sussurrava ao ouvido: "Já foste").
 
O certo é que desta vez não vacilei. Andei com ela ao colo todos os dias. Continua com mau aspecto, é certo, mas quero acreditar que aquela folhinha mais verde que está a nascer no meio das outras, só apareceu esta quarta-feira à tardinha... 
 
De qualquer maneira, para que este ano não restem dúvidas, pareceu-me que o mais acertado seria deixar um aviso.


16 comentários:

  1. Suculentas, tenta as suculentas. Fazes-lhes das boas mas depois dás-lhes um bocadinho de água e ficam-te logo agradecidas. :)

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  2. Ai como eu te compreendo! Também não tenho grande jeito para plantas! Tenho uma em casa que não é um cacto mas para lá caminha que é a única que se aguenta por não precisar de grandes cuidadoes. Mas essa folhinha nova está bem bonita!
    beijinhos
    http://direitoporlinhastortas-id.blogspot.pt/

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  3. desde que mudei de casa que as plantas começaram a sobreviver, antes tb era uma desgraça!

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  4. Sou igual! :) Só os cactos sobrevivem cá em casa!

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  5. Um segredo...coloca na terra onde está a planta umas gotinhas deste produto http://www.aki.pt/jardim/equipamento-de-jardim/proteger-e-cuidar-das-plantas/adubos/adubo-plantas-verdes-e-flores/ADUBOUNIVERSAL-P13789.aspx#.U_dKZ8VdVMg

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    1. Xiiiiiiiii..... Obrigada! Se é segredo, ainda bem que ninguém está a ler, David... :-)

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  6. As minhas também não se safam, coitadas. A culpa é minha que me esqueço delas, excepto do bonsai :P

    PS - Descobri só agora o blogue (shame on me) e estou a gostar muito do que para aqui se escreve! :) Finalmente um blogue sem fotos de modelitos (pelo menos ainda não vi nenhum. Se realmente existirem...my bad! :P)

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    1. Não, Laissez- Faire, aqui não há espaço para modelitos :-). Obrigada pelo elogio e pela visita. Beijinhos :-)

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  7. Por aqui é igual e ainda por cima ontem ofereceram-me um copinho de iogurte com o que futuramente seriam malaguetas... na onda, entusiasmei-me e comprei umas sementes de rúcula para colocar na varanda. Só que ao chegar a casa o copinho de iogurte ficou toda a noite esquecido no carro. Começamos bem!

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  8. :) Sim, acho que essa folha não estava por lá.... Pobre Bianca!

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  9. Já matei várias! Não percebo, quando vou olhar para elas estão castanhas, como se tivessem levado com uma tosse de dragão em cima. Tipo, vivo nos Açores, chove dia sim dia sim, nunca imaginei que ir de férias 10 dias pudesse fazer tanta mossa.

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  10. Eu também sou a assassina das plantas... Cá em casa nem os catos se aguentam. Sabes o que consigo aguentar com sucesso? Um vaso de hortelã. O meu pai que percebe tudo sobre plantas e cultivos disse-me que a hortelã é a inimiga dos agricultores porque aquilo nasce mesmo quando lhe pegam fogo. A verdade é que o vaso de hortelã vai durando, dá um cheiro agradável na cozinha e ainda dá um chá maravilhoso no inverno. ;) Tens que experimentar. Ah... E ainda podes impressionar as visitas com mojitos feitos com a tua hortelã. :p

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  11. Olha, as plantas também não gostam nem um tico de mim. A verdade é que também não morro de amores por elas. Estamos quites ;)

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Deita cá para fora!