sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A Gaiola Dourada

 
Sim, eu estou orgulhosamente entre os mais de 100 mil portugueses que já viram "A Gaiola Dourada", sem contar com mais de um milhão de espectadores em França.
 
E para quem ainda não viu, este sucesso é fácil de compreender.
 
Realizado por Ruben Alves, luso-descendente, ele próprio filho do cliché "mãe porteira e pai pedreiro", o filme retrata a vida dos emigrantes portugueses em França e é protagonizado pela família Ribeiro, um casal maravilhosamente interpretado por Rita Blanco e Joaquim de Almeida. É certo que não podia faltar o bacalhau, o fado, o futebol e os tapetes cobertos com plástico, mas este filme é muito mais do que isso. É coragem, é suor, é determinação, é saudade, é afinco e é, sobretudo, Amor.
 
 
Tão depressa ri, como chorei. Uma história que apesar de parecer simples é, do ponto de vista humano, extremamente rica, onde o egoísmo partilha o ecrã com a solidez dos laços familiares ou com a saudade do país onde um dia sonham voltar. Embalados ao som de Rodrigo Leão, de um fado emocionalmente arrasador - interpretado pela Catarina Wallenstein -, ou até do famoso "tiro, liro", o filme tem momentos em que é impossível não sucumbir (levem lenços, por favor, se não querem fazer o papel de ranhosos, que foi o meu caso).
 
 
Mudaria apenas duas pequenas coisas: a personagem Lourdes, irmã de Maria, interpretada pela luso-francesa Jacqueline Corado (na imagem em baixo, de pé, com camisola vermelha), que, apesar de desempenhar bem o seu papel, pessoalmente, dá-me ares de italiana ou espanhola. O segundo pequeno detalhe: a nossa querida Maria Vieira que estava igual a si própria, o que não ajuda muito a "acreditar" na personagem.


Além destes pormenores, o filme pareceu-me perfeito, fiel, emocionante e obrigatório.

O final dedicado "Aos meus pais", torna-o ainda numa lindíssima e esmagadora prova de amor. Parabéns Ruben!

6 comentários:

  1. Quero muito ir ver...
    Descobri o blog há pouco tempo e tenho cá vindo espreitar. Gosto muito!
    :)

    ResponderEliminar
  2. Sem dúvida que superou as minhas expectativas. Excelente descrição do mesmo. Por momentos parece que vimos juntos o filme...

    ResponderEliminar
  3. Obrigada, Sofia!

    Fernando, é verdade... quase parece que estavas sentado dois lugares ao lado...

    ResponderEliminar
  4. Adorei também!! O fado da Catarina matou-me...

    ResponderEliminar
  5. Vi-o aqui em França e, como recente emigrante que sou, tocou-me particularmente. Além de que foi bom compreender ali algumas coisas que, decididamente, os franceses que estavam na sala não apanharam. O fado também me fez chorar.

    ResponderEliminar
  6. Eu também faço orgulhosamente parte do nº. Rendi-me...ri e chorei...na hora do fado, não sei porque mexeu tanto comigo?!?!

    jinhosssssss

    ResponderEliminar

Deita cá para fora!