segunda-feira, 23 de junho de 2014

Olhó baptizado mai lindo!!

 
 
Miss Caco passou o sábado no Baptizado do Ano.
 
Modelito escolhido, auto-bronzeador a barrar o pernil para não parecer uma morta-viva, Baby Caco enfiado na cadeirinha, saco com lanche para a criatura, fraldas, toalhitas, chapéu para o caso de fazer sol (que acabou por dar jeito para a chuva), casaco para o caso de fazer frio,  marido Caco a conduzir, e lá fomos nós rumo à igreja para um baptizado marcado para as 15h00. Baby Caco adormece às 14h55, acabadinhos de estacionar à porta da igreja.
 
Opção 1 - Acordá-lo e vê-lo berrar a plenos pulmões dentro da casa de Deus;
Opção 2 - Miss Caco, qual noiva abandonada no altar, entrar sozinha na igreja.
 
Optámos pela opção 2.
 
Acaba a cerimónia, entro no carro, constato que, afinal, Baby Caco não dormiu um chavelho e que nos esquecemos de trazer o carrinho para que ele pudesse dormir durante a tarde. Graças a este ligeiro pormenor, percebo que há fortes probabilidades de termos problemas.
 
Chegada à quinta. Baby Caco quer ir para o chão, começa a correr entre as pernas de adultos e a procurar todas as pocinhas de água para enfiar os pés. Miss Caco corre atrás dele, a tentar equilibrar-se em cima de uns tacões que já não calçava desde que deu à luz, missão que lhe permitiu confirmar que devia estar louca quando achou que poderia levar a pequena criatura a um evento sem qualquer tipo de "trela" para o agarrar.

Miss Caco grita para marido Caco correr atrás da criança, antes que ela própria se esbardalhe em cima dos 12 cm de salto, e passe o resto da tarde com os joelhos piores do que o chapéu de um pobre. Marido Caco assume o comando e começa a correr atrás do pequeno. Tenta agarrá-lo com sucesso. A criatura esperneia. Quer ir para o chão. Os sapatinhos a pingar. Continua a espernear enquanto eu vejo as solas imundas a passarem a ligeiros centímetros do blazer claro do pai.
 
Marido Caco põe Baby Caco no chão. Recomeça a descoberta da quinta. Tem início mais uma missão de captura. Mais uma ficha, mais uma volta, mais um "esperneanço". Miss Caco já a mandar abaixo as chamuças, enquanto assiste a Marido Caco a bufar à volta do jardim e Baby Caco a correr à frente dele. Nada a fazer. Miss Caco dirige-se ao marido e diz: "Não sei o que raio nos passou pela cabeça quando achamos que isto era possível. Agarra nele e leva-o à tua mãe." Assim foi.

Meia hora depois, Marido Caco regressa e começamos finalmente a respirar. A igreja era linda, a festa foi maravilhosa, a decoração irrepreensível, o convívio ainda melhor, a pequena Francisca um amorzinho e linda que só visto. Ficam aqui algumas imagens só para confirmarem como estava tudo absolutamente perfeito.
 
Parabéns princesinha! Que a vida te sorria. Sempre!

 
A Rainha da festa estava um amor e portou-se melhor que as infantas no dia da coroação nas cortes espanholas.

 
Perdoa-me amiga Caco da direita, mas não tive condições de te cortar a cabeça, correndo o risco de mostrar só metade dos outfits. Espero que, pelo menos, aprecies o efeito da florzinha. Que me perdoe também a mãe da Francisca, ausente na foto o que, além de representar uma falha imperdoável, também é uma pena porque tinha um vestido lindo e sempre era mais um modelito onde se podiam inspirar.


 
Tão perfeitinho que até dava pena comer.







 
O convívio estava animado, sim senhora, mas há que não perder pitada das novidades da Cacolândia.
 
 
Eis o auto-bronzeador responsável pelas pernas de sonho  pelo tom dourado que levei ao evento, mas que, a bem da verdade, é pouco visível na foto (a embalagem é igual à da direita e diz "Pele morena"). Bastaram 3 aplicações para ficar com um tom que, apesar de não ser igual ao de quem está a chegar diretamente de Porto Galinhas, também não me deixou passar vergonhas). 
 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Podia ser, mas não é.

 
Esta foto que vêem aqui em cima - apesar de parecer - não é uma selfie. Podia ser, mas infelizmente não é. Para isso, só era preciso que eu tivesse menos uns 3 kilos, vestisse um tamanho de soutien acima, deixasse crescer o cabelo mais uns 15 cm, tivesse os ombros ligeiramente mais largos, um bronzeado de tombar e um telemóvel com uma caveira na capa. Quanto às cuecas e ao top preto, esses tenho uns parecidos em casa, por isso, acho que não faltava mais nada. Coisa pouca, portanto.
 
Bom, não sou eu, mas a imagem ajuda a ilustrar a cor que eu gostava de ter. Miss Caco vai a um baptizado amanhã, por isso, ontem à noite andou a experimentar modelitos e virou o armário do wc à procura do raio do auto-bronzeador que comprou há uns tempos. Verdade seja dita, não era grande pincel, mas antes ir com um tom meio amarelo torrado, do que nesta cor de hóstia, acabadinha de sair de uma comunhão.
 
Vai daí, a minha colega ofereceu-se para ir a casa na hora do almoço buscar um auto-bronzeador para me emprestar. De maneiras que acabei de me enfiar na casa de banho a chafurdar as pernas no dito.
 
Vamos a ver se logo à noite faço o mesmo e amanhã de manhã volto à carga. Tudo, na cega esperança de chegar às 15h00 de sábado, mais ou menos assim (não nesta posição, meus caros, que Miss Caco é uma mulher de respeito, mas com uma cor parecida):


Depois conto. Se correr bem, saco foto.

Sim, também não estou inocente nesta história.

 
Há uns dias, marido Caco levou Baby Caco ao médico por causa de uma reacção alérgica e como estava perto do meu escritório, pedi-lhe para passar por lá para mostrar o rebento às colegas.
 
Estacionou o carro no passeio, mandou sms a avisar para descer, subi com o miúdo, babei enquanto mostrava as gracinhas da criatura, recebo outro sms para descer, "que a vida dele não é ser chauffeur", e regressei à viatura com Baby Caco ao colo. 
 
Assim que abro a porta do carro para o meter na cadeirinha, percebo que marido Caco está ao telefone, em ALTA VOZ, numa amena cavaqueira com um colega de profissão, do norte.
 
Enquanto tentava colocar os cintos, ia ouvindo a conversa, aos berros, e os palavrões sucediam-se em catadupa, sendo que o discurso do dito colega era mais ou menos este:
 
- "E eu disse-lhe logo: oh meu cara=?%o, então tu não estás a ver que a filha da pu#/a da encomenda não avançou?. O gajo olhou para mim e veio com aquela p&%a daquela conversa de sempre que me deixa logo com uns corn%$s do cara&%o, e passa-me logo uma nuvem daquelas que só dá vontade de lhe enfaixar um marmelo no car%&o das trombas".
 
E é nesta altura que vocês perguntam: "Ah, mas marido Caco trabalha nas obras? Já podias ter dito que estou a precisar de uns orçamentos para mandar arranjar o sótão".
 
Não. Marido Caco não trabalha nas obras. A questão é que em determinadas áreas profissionais, e - verdade seja dita - com especial enfoque na região norte, desabafo profissional não é desabafo se não levar umas carvalhadas pelo meio.
 
Até ver, - acho eu - Baby Caco ainda está imune a este asneiredo, mas a questão que se coloca é: até quando?.
 
Pelo sim, pelo não, lá por casa também vamos ter de começar a criar estratégias para contornar o problema, porque - e contra mim falo -, de vez em quando lá saem umas pérolas destas sendo que, há que reconhecê-lo, nem sempre em situações de fúria e descontrolo.
 
A título de exemplo, ainda este fim de semana, ao acordar, abri a janela e dei com um sol fabuloso. Estando Miss Caco com um tom de pele muito próximo do de uma lula e com um baptizado à porta e duas pernas para mostrar, o entusiasmo foi tanto que não encontrou outro comentário mais adequado do que gritar para marido Caco: "VAI JÁ BUSCAR O GUARDA-SOL À ARRECADAÇÃO!! ESTÁ UM DIA DO CAR&%/O PARA FAZER PRAIA!!".
 
Sim, assumo. Miss Caco também tem culpa no cartório.    

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Olha-me esta agora...

Era encher um autocarro daqueles de dois andares com os ex-namorados todos (ou, vá lá, os que coubessem) e aposto que nem era precisa muita diplomacia para arrumar o assunto.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Um dia destes, ainda me lixo.

 
Ao fim do dia, quando estou a caminho de casa, passo, religiosamente à mesma hora, numa rotunda onde encontro o mesmo cenário de sempre: duas faixas, uma carregadinha de carros em fila indiana e uma segunda, completamente livre e desimpedida, que me permite apreciar a bela da rotunda ao fundo e que imagino estar sempre a acenar alegremente para mim, como que a dizer: "põe-te a mexer e caga para esses totós!".
 
Quando está a chegar a este local, Miss Caco vem sempre esganada para chegar a casa e, verdade seja dita, não resiste a cair na tentação. Pé no acelerador e toca a aviar pela faixa limpinha, sempre a abrir por ali fora e a desrespeitar a mais comum das regras de trânsito.
 
Graças a esta "chica espertice" ganho ali uns bons minutos de emoções fortes, mais bem empregues do que na dita fila dos que têm lugar assegurado no céu, candidatando-me assim, diariamente, a levar uma bela de uma multa para casa.
 
Por motivos que não interessam aqui para a história, o carro de Miss Caco, apesar de não ter um aleron com neóns a piscar nem CD´s pendurados no retrovisor, dá bastante nas vistas, razão pela qual -  e passando ali todos os dias à mesma hora -, cada vez que executo esta proeza, fico sempre a imaginar o discurso dos tais condutores bem comportadinhos:
 
- "Lá vai a p#&a da finória que um destes dias ainda se f%$#!".
 
E eu lá sigo caminho, sempre a dar gás, praticamente sozinha a dominar a rotunda e a agradecer aos anjinhos por me safarem outra vez.
 
Assim se resume a vida automobilística de Miss Caco. Sempre a viver no limbo.
 
Até ao dia...

Que sorte ter levado as Tena Lady...


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Deus, nosso Senhor...


... nunca te pedi grande coisa, mas, se realmente existes, chegou a hora de mostrares do que és capaz e fazer alguma coisa por mim. Por favor, assim que puderes, agarra aí na tua lista de pedidos, presta atenção especial a este casamento e concretiza-o o quanto antes.

Não é que os noivos tenham grande coisa em comum, mas, para ser honesta, caía-me que nem ginjas vender a casa a bom preço. Se formos a ver, já trataste de uniões que ninguém dava nada por elas e não foi por isso que recuaste...
 
A ouvires a minha prece, prometo ir a Fátima a pé e, assim que lá chegar, compro tudo quanto forem pernas, narizes e fígados em cera e enfio-os todos a derreter junto ao resto das velinhas. Aposto que vão dar um fumo bonito. 
 
Posso também trazer uns terços e umas santas, daquelas que mudam de cor com o tempo e ficam lindas junto à janela do quarto ou em cima do frigorífico. Aqui talvez sejam mais bem empregues porque sempre servem de pisa- papéis e ajudam a guardar os talões de desconto do Continente.

Se a súplica for aceite, não tens de te preocupar com mais nada. Eu ainda trato do copo de água, das alianças e da decoração da igreja.

Não sei do que estás à espera. Sei que às 17h00 dá o jogo, mas logo a seguir já sabes o que tens a fazer.

Só para avisar...


... os mais ansiosos de que podem parar com o Alprazolam.

Miss Caco está de REGRESSO!!!!!!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Alguém que me explique...

 
 
... como se eu fosse uma criança, que condições é que tenho de fazer malas para uma semana, quando chove a potes, diz que está aviso amarelo, rajadas de não sei quantos quilómetros/hora  e o diabo a sete, e depois, vai-se a ver, e damos com notícias destas?
 
Perante isto, sempre quero saber como é que é possível tratar da bagagem sem levar a casa atrás.
 
Aproveito o desabafo para dizer que Miss Caco vai passar a semana ao alto, no norte do país, razão pela qual é menina para não andar muito por aqui. Quem sentir saudades, assim daquelas mesmo à séria, pode sempre ir ao facebook que é natural que vá mandando alguns filetes por lá. 
 
Fui.

Dos cartazes que nos fazem ir sem olhar para trás.

 
Hoje deparei com este cartaz e, sinceramente, não sei se gosto mais da ideia em si (16 barquinhos a remos cheios de pitufos lá dentro a remar como se não houvesse amanhã), se da onda gigante no meio do lago, se do monstro do lago Ness a aparecer em destaque, se da promessa de "regata que seguramente vai meter água".
 
O certo é que está tão bem conseguido que até eu, que enjoo, estou com vontade de lá ir dar umas braçadas. Para quem também estiver a pensar alinhar, pode saber mais aqui. Aviso já que a entrada é livre e a apresentação está a cargo do Fernando Alvim, portanto, vai meter água pela certa.
 
E já que estamos numa de cartazes fofinhos e com pinta, este aqui também não pode escapar. É das Festas de Lisboa e tem uma das sardinhas vencedoras do concurso deste ano. Não é linda? Podem ver as restantes eleitas aqui
 
   

A D. Inércia também pôs silicone?!?

É tirar o modelo.

 
A Notícias Magazine orgulha-se de apresentar a capa da revista que vai para as bancas este fim-de-semana. Eu cá devo dizer que, mesmo não estando em Dezembro, acho fofinho ver a Joana Vasconcelos decorada com luzinhas e enfeites natalícios, sendo que não devemos desprezar a colcha de crochet que, verdade seja dita, faz uma bainha bonita.
 
Estou até convencida que a ideia deveria ser copiada pela Selecção. E, já agora, porque não servir de inspiração aos portugueses que, desta vez, no lugar de porem a bandeira à janela, podiam estender as colchas e aproveitar para arejar as decorações de Natal. À noite, as luzinhas todas a piscar devem dar um efeito lindo...
 
Para o outfit ficar realmente perfeito, na minha opinião, só ficam mesmo a faltar umas sardinheiras penduradas nas orelhas. Sim, Miss Caco não sendo uma blogger de moda, tem uma noção de estética bastante apurada, por isso opta por um apontamento discreto. Caso contrário, correríamos o risco de cair no erro do too much. E isso não queremos.
 
É preciso não esquecer que a elegância tem regras a cumprir. 

Hoje parece-me o dia ideal...


... para colocar esta questão fracturante.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Quando pensamos que já vimos tudo.

 
... eis que aparece uma doida varrida artista plástica luxemburguesa, de nome Deborah de Robertis, que decide expôr a sua vagina - sim, ouviram bem, a VAGINA - (daqui em diante designada como "Floribela" para não chocar a audiência aqui do estaminé) diante do quadro do pintor Gustave Courbet ‘A origem do mundo', no Museu D'Orsay, em Paris, como podem ler aqui

A performance (sim, porque em arte, esta espécie de  actividade circense, chama-se performance) intitulada ‘O espelho da origem' pretendia recriar a famosa e polémica obra de Gustave Courbet, o quadro que mostra uma mulher de pernas abertas, com a vagina - perdão, a "Floribela" - à solta, tal e qual como veio ao mundo.

Segundo consta, a artista sentou-se em frente ao quadro, levantou o vestido e toma lá que se faz tarde. Apesar de ter sido muito aplaudida, a dita atuação valeu-lhe uma queixa do museu por exibicionismo sexual.

Conta quem viu, que Robertis entrou no salão com um robe dourado por cima de um vestido no mesmo tom e, ao som de "Ave Maria" de Schubert, soltou a pássara. Eh lá!!!....... "Vestido dourado e ao som de Ave Maria"?!? Calma lá que chegamos a outro patamar... até para mostrar a patareca é preciso quem o saiba fazer com classe e elegância. 
 
A história termina com um segurança a tentar tapá-la, enquanto o público, fascinado com a "Floribela" da artista, protestava alarvemente.
 
Resta-nos ter esperança que o José Castelo Branco não se inspire nesta ideia e decida recriá-la nas marchas populares, durante o desfile da Madragoa. Não é por nada, e até deve haver muita gente com curiosidade sobre a "Floribela" que lhe assiste, mas, a bem da verdade, e cá entre nós, o dourado não o favorece...
 

Um murro no estômago.


Regresso de almoço e dou com esta notícia. Afonso Dias foi condenado a 3 anos de prisão efectiva por rapto. Três anos???!!? Então um homem desaparece com uma criança, destrói a sua vida e a da família e é condenado a uns míseros TRÊS ANOS??!!? que, como bem sabemos, com sorte e umas doses de bom comportamento à mistura, às tantas até se transformam em 15 meses?!?.

É por estas e por outras que quando penso na justiça portuguesa só me ocorre uma palavra: MEDO.

Apesar de tudo, isto não é nada perante a luta desta mãe. Isto sim, é um pesadelo diário que, infelizmente, parece não ter forma de acabar.

Pelo menos, é honesto.


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Dos projectos com graça que ficam na gaveta.

 
Esbarrei com este tema há uns meses e na altura achei-lhe muita piada. Ontem, voltei a encontrar o projecto, algures pelo meu mural do facebook.
 
Para quem desconhece, esta era uma ideia de Nathalie Kosciusko-Morizet, candidata às eleições autárquicas em Paris que, em conjunto com a dupla de arquitectos Manal Rachdi e Nicolas Laisné, avaliou a melhor forma de recuperar estações de metro fantasma da capital francesa.
 
O que podem ver em baixo, são alguns dos esboços do que seria o futuro das 11 estações, algumas fechadas desde 1940, que, caso a candidata vencesse, - facto que lamentavelmente não ocorreu - seriam transformadas em  restaurantes, auditórios, teatros, piscinas públicas e galerias. 
 
Miss Caco ficou claustrofóbica, precisamente graças a uma viagem de metro em Londres, algures no Verão quente de 2011 (um dia contarei, quando o meu psicólogo me der luz verde para falar sobre o assunto) por isso, não sei se seria menina para desfrutar calmamente destes locais, sem estar a olhar fixamente para a porta de saída, enquanto aniquilava os seres vivos que decidissem plantar-se entre mim e a dita.

De qualquer forma, aqui ficam alguns dos esboços para apreciarem:
 




segunda-feira, 2 de junho de 2014

O meu Dia da Criança. Ou melhor... o que era para ser, mas não foi.


Miss Caco, que gosta de saber ao que vai,  consultou os eventos comemorativos do Dia Mundial da Criança e chegou à conclusão que o mais interessante era o que ia decorrer em Cascais, no Parque Marechal Carmona.
 
Informa Marido Caco da ocorrência. Marido Caco responde: "Cascais, outra vez?!? Mas estivemos lá no fim de semana passado, naquela feira carregada de tias vestidas todas de igual (referindo-se ao mercado da Maria Guedes) e agora vais-me obrigar a fazer outra vez 70 quilómetros?!" Ao que eu respondo: "É por uma boa causa. O evento é giro, dá-me jeito ir lá cheirar o que as marcas andam a fazer  e Baby Caco vai adorar". 
 
Fazemo-nos à estrada. 70 quilómetros depois, chegámos. Estacionamento à porta. Ui, que luxo. 15h30, pouca gente a entrar. Ui, que estranho. Saímos do carro com a parafernália atrás, carrinho do bebé, chapéu que está sol, saco com lanche, fraldas e afins, máquina fotográfica (a grande, que só levamos para eventos que se prezem), bola para Baby Caco.
 
- Espera, a chupeta caiu... Pega no miúdo para eu ir lavá-la.
- Pego como se estou cheio de tralhas em cima? 
- Então segura-o no chão.
- No chão ele foge.  
- Agarra-o.
- Se o agarro, ele grita que quer ir atrás de ti.
 
(Miss Caco leva a criatura ao colo e vai lavar a chupeta).
 
Marido Caco desconfia que deixou o carro muito em cima de uma espécie de roulotte de cachorros. Pergunta ao arrumador se pode deixar ali a viatura. Arrumador responde: "Sim, amigo, não se preocupe, o evento é só amanhã". Marido Caco lança-me um "olhar flecha", com os olhos a saltarem das órbitas e pergunta: "Amanhã?!?". Eu encolho os ombros, escondo-me atrás da árvore, estrategicamente colocada entre mim e o arrumador, e giro o dedo indicador junto à têmpora direita, como que a dizer: "Pilulas... não ligues".
 
Entramos no recinto. Barracas montadas. Muitas. Sem nada lá dentro. Pessoas a entrarem com os filhos com ar de passeio de fim de semana. Confirmava-se: o evento era no dia previsto, o Dia Mundial da Criança comemorado a 1 de junho, sendo que dia 1 de junho era só... no dia seguinte.
 
Portanto, passamos a santa tarde a correr atrás de Baby Caco, enquanto ele, por sua vez, corria atrás dos patos, de tudo quanto fosse objeto com vida e de todas as bolas existentes no parque que, garanto, eram para lá de muitas.
 
Assim sendo, como não tenho fotos que se prezem para mostrar, já que às cinco da tarde estava mais que morta, ficam aqui uma obras de arte que me parecem apropriadas para assinalar a efeméride. A autora chama-se Christy Lewis, vive na Nova Zelândia, e podem saber mais sobre o seu fantástico trabalho aqui.