quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Sobre o Telefonema do Ano


Juro que quando vi pensei em milhentas teorias para explicar isto. "Seria muito amigo dela e não quis deixar de a felicitar neste momento importante da sua carreira?", "É tão amoroso que sentiu necessidade de tornar pública esta sua admiração tão genuína?", "Isto é da minha cabeça, não tem nenhuma teoria da conspiração por trás e ligou só porque realmente lhe deu no galheiro?".

Porra, juro que tentei. Adoro o Marcelo. Tinha-o à distância de um dedo mindinho da perfeição humana, assim numa outra estratosfera a que o comum dos mortais nunca chega. Nem a Rosa Mota a correr muito ou a outra que não me lembra agora o nome, que entrou pelo mar adentro no início do ano. Ainda preciso acreditar que ele não fez isto para conseguir mais popularidade, até porque não precisa.  

Só eu sei o que tentei. Assim quase tanto como o povo tentou acreditar na versão do Ronaldo, mas porra, Marcelo, tenho de admitir que não havia necessidade. 

Ainda assim, teimosa como um jumento, vou continuar a tentar convencer-me e a desvalorizar o desconforto notório no teu tom de voz, já para não falar da rapidez com que querias terminar a chamada, como quem diz: "Raisparta, alguém que me venha arrancar este telefone das mãos, assim, tipo, JÁÁÁÁÁ!!!!!".

Estou mesmo a ver a conversa da cambada de assessores a virar-te a cabeça porque com este gesto cairias nas graças de milhares de portugueses durante os próximos 330 anos e blá, blá, blá.... Até aposto que a tua primeira resposta foi "Não". Mas, raios, convenhamos, se a intenção fosse exclusivamente felicitar a "mulhere", um sms privado não fazia o mesmo efeito?!?!.

Aqui que ninguém nos ouve, fazia, Marcelo. Fazia...

Caraças Marcelo, já que não acredito que haja nada depois disto, dava-me algum jeito acreditar que ainda existem santos na Terra. Ok, talvez haja, mas de barro. Neste caso, barro da tua terra... de Celorico de Basto, que deve ser dos bons.

Celorico de Basto é perto de Bisalhães? É só porque este barro foi declarado Património Cultural Imaterial da Unesco...

Raios, Marcelo... eu tento, juro que tento.


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