sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Apresento-vos...


As novas embaixadoras da Anjelif: a sorte grande, a terminação e a querida da Helena Isabel.

Que se acuse...


... quem olhar para este cartaz e não pense em coisas porcas menos sérias.

Bem me parecia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

EU NÃO QUERO SABER DE PIPIS!!!

 
 
Já vou avisando os mais púdicos que hoje é melhor ficarem por aqui, vão até ali à cruzinha do canto, cliquem e sigam as vossas vidas como se isto não tivesse acontecido. O resto, se não tiver medo de ficar traumatizado, pode ficar para ouvir.
 
O que vou contar prende-se com o meu mais recente inferno desafio: o regresso ao ginásio.
 
Pois na semana passada, ao chegar ao balneário depois de uma hora de castigo, dirijo-me ao meu cacifo e percebo que, surpreendentemente, mais de uma dezena de mulheres decidiram fazer o mesmo, sendo que o resultado era uma data de mulherio a despir-se e a vestir-se num mísero metro quadrado. 
 
Para as mentes masculinas, isto será certamente o nirvana do regabofe, mas para nós, mulheres, era só arranjar meia dúzia de ciganas e num piscar de olhos transformava-se na feira de Custóias. Ainda hesitei se deveria tentar enfiar-me ali no meio da galinhagem ou fazer outra coisa qualquer mas, de repente, no estado miserável em que me encontrava, não me ocorreu nada melhor para fazer do que tirar aqueles trapos suados e enfiar-me no primeiro chuveiro que encontrasse.
 
Assim fiz. Agarrei em mim e tentei encolher-me o mais possível para caber no pouco espaço que me restava. Ao meu lado, tinha gajas aos molhos - umas suadas, outras de banho tomado, umas gordas, outras magras, umas de slips, outras de cu ao léu. Enfim, de tudo, como na farmácia. Vai daí, decido sentar-me nos 3 cm de banco disponíveis, ao mesmo tempo que fazia acrobacias para tentar tirar as tralhas do cacifo. Se conseguem imaginar a cena, estando eu sentada, o meu campo de visão esbarrava precisamente com a zona dos pipis de quem estava de pé.
 
Pois eu não faço ideia qual é o vosso comportamento nestes ambientes, mas quando me dispo em lugares públicos - coisa que felizmente não é assim tão frequente - não gosto de andar para ali propriamente a badalar o berbigão pelas redondezas.
 
Qual a minha surpresa, quando a fulana que estava imediatamente à minha frente, pelada como veio ao mundo, decide escarrapachar a pássara na frente dos meus olhos, enquanto discutia alegremente o tom da base com a colega do lado. Inicialmente pensei: vou fingir que isto não está  acontecer e continuo nesta espécie de treino para o Cirque de Soleil, mas sem respirar. Rapidamente percebi que era tarefa inglória. Não só porque tinha um pipi a rir-se para mim a um palmo do meu nariz, como aquilo não era um pipi qualquer.
 
Digamos que era mais um mexilhão, daqueles que se apanham nos mares do caranguejo real do Alasca. Uma coisa nunca vista. Gigantesca. Digna de um documentário no National Geographic. Na verdade, não era bem só um mexilhão. Eram dois mexilhões. Dos grandes. Não, dos gigantes. Tamanho XXXL. Daqueles que nos questionamos como é que ela consegue correr sem tropeçar neles.
 
Com muito esforço, lá consegui despir-me, enfiar-me no chuveiro - de água fria a ver se apagava aquela imagem da cabeça - e vim à minha vida. Felizmente recuperei e, até ver, ainda não tive pesadelos com pipis gigantes a correr atrás de mim até me atirar no primeiro penhasco que encontro, mas confesso que tremo só de pensar na ideia de voltar ao balneário.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Digam olá ao Senhor Castanha!

 
Baby Caco levou um amigo novo para o magusto de hoje no infantário. Para quem tem curiosidade em saber, aqui ficam os ingredientes deste momento DIY: 
 
- cartolina em cor amarela torrada (porque não tinha em castanho)
- tesoura para recortar os olhos, a boca e o chapeú, todos em cartolina de outras cores (a tampa do iogurte serviu de molde para recortar os olhos)
- cola para aplicação
- tampa de iogurte para fazer o nariz
- fita cola para colar o nariz porque a cola não vale um chavelho e hoje de manhã o nariz já estava caído no chão;
- rafia preta para fazer o bigode.
 
Preparação:
 
Corta-se todos os elementos no escritório e leva-se para casa. No fim do jantar, dizemos: "Baby Caco, bora fazer uma castanha para levares amanhã à festa das castanhas?!!?"
 
Baby  Caco (convencido de que aquela ideia surgiu naquele preciso momento): "Chiiiiimmmmmmmm!!!!" (Baby Caco fala um bocadinho "chopinha de macha").
 
Sentámo-nos à mesa, escondi todos os elementos soltos na cadeira ao lado e deixei apenas a "base" da castanha, enquanto dizia: "Isto é uma castanha!!! Agora o que falta na castanha?!?".
 
Ele olhava para mim pasmado, enquanto certamente pensava que a mãe tinha endoidecido de vez.
 
Eu continuo: "Na cabeça? O que falta na cabeça? O que é que as pessoas põem na cabeça??!?"
 
Baby Caco sorri e permanece em silêncio. Por esta altura já tinha confirmado a suspeita anterior. 
 
Eu: "As pessoas na cabeça metem chchchchch......." (repetir o som até que se faça luz na pequena cabecinha).
 
Baby Caco: "Chapéus!!!!!!"
 
Este é o momento em que gritamos: "Siiiimmmmmmm!!!!" e, por golpe de magia, tiramos o chapéu que estava escondido na cadeira ao lado. Colamos o chapéu e prosseguimos o enredo:
 
"Agora, depois do chapéu, o que falta na cara da castanha?!?"
 
O procedimento mantém-se. Silêncio. Apontamos para os nossos olhos. Depois para os dele.
 
Baby Caco: "Ojolhos!!!!!"
 
E por aí fora até a obra estar completa. Fácil, não é?
 
Ora essa. Não têm de agradecer.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Sobre a perda.

 
Ontem morreu o avô da minha colega de trabalho que é também minha amiga. Hoje é certamente um dos dias mais infelizes da vida dela, da mesma maneira que há pouco mais de um ano foi também um dos meus, pela mesma razão. 
 
Ontem descobri também, por um acaso, um texto lindo sobre aquilo que descreve - a meu ver numa perfeição desconcertante - o que é a perda e como deve ser sofrida. Alguma vez na vida, todos esbarramos com ela. É inevitável. Seja por uma morte, uma separação ou um divórcio, mas à dor da perda, talvez das mais difíceis de suportar, é impossível fugir.
 
É também por isso que quero partilhar este texto brilhante. Porque não há consulta de terapia que nos explique melhor o que está a acontecer dentro de nós e como é que isto se combate. Como é que se faz para não deixarmos que nos derrube. Porque não há um comprimido que ajude a passar. Porque os amigos consolam-nos mas não curam. Porque não há copos ou jantares que nos façam esquecer a ausência por um minuto que seja. Porque dói muito quando nos deitamos a querer esquecer e acordamos a não querer lembrar. Dias. Semanas a fio. Porque não conseguimos parar a catadupa de perguntas que colocamos em busca de respostas que nos sosseguem, que nos expliquem o porquê de aquilo estar a acontecer.
 
E sobretudo porque é preciso aceitar que a perda (seja ela de que natureza for) não se supera em dias. Não passa em semanas, nem em meses. Às vezes, se calhar na maioria delas, são precisos anos. E é essencial sabermos que é assim mesmo que as coisas se passam. Que tudo isto é normal. É a ordem natural das coisas. Saber que demora, que dói, que corrói, que leva tempo, demasiado tempo, que vai deixar marcas, mas que um dia, vamos ser capazes de olhar para trás e perceber que ultrapassámos, que conseguimos finalmente respirar de alívio e ter a nossa vida antiga de volta.
 
Machucada, dorida, mas de volta. Que voltamos a ter dias em que não precisamos fazer esforços hercúleos para não pensar. Para não lembrar situações, conversas, datas, mensagens, de forma obsessiva à procura de uma resposta que nunca chega.  Que aquela dor enfraqueceu, perdeu tamanho, apesar de ficar ali, sentada, quieta, como uma velhinha que fica a viver em regime de aluguer vitalício na nossa memória.

Na verdade, há muito pouca coisa que possamos fazer. É um combate duro, violento, arrasador, mas que tem de ser feito por nós e sozinhos, com consciência de que o tempo é o nosso único aliado. É preciso esperar. É preciso saber esperar. E para quem sofre, esperar, só esperar, será sempre um caminho lento, solitário e, sobretudo, demasiado penoso.

"Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar".  
Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Hoje é dia de festa!!


Bem sei que isto tem andado mais morto do que vivo, que, se olharem com atenção, até são capazes de encontrar algumas teias de aranha ali junto ao header, mas como ainda há dois dias atrás era Halloween, confesso que tinha esperança que pensassem tratar-se de decoração, mas enfim... a verdade é que está na hora de voltar à barraca e - como dizia o Chico - meus caros amigos, eu não podia ter arranjado melhor pretexto para regressar em grande, porque a notícia que tenho para vos dar é absolutamente bombástica.
 
E calma. Não é nada relacionado com a candidatura do Marcelo a Belém, com a falta de acordo entre PS, PCP e BE para apresentar uma moção de rejeição ao programa do governo, com o facto do Fernando Pinto ter sido ouvido ontem pela Polícia Judiciária, com a possibilidade dos Pearl Jam actuarem em Portugal em 2016, com o sururu à volta da nova música da Adele ou com a história da outra que largou o namorado só porque lhe deixou fugir o gato.
 
Nada disso. Rufem os tambores. O que venho aqui dizer é muito mais interessante que qualquer um desses fait-divers. Meninas e meninos, senhoras e senhores, bem sei que lá fora está a cair um toró, mas aqui na blogosfera o céu está azul e o sol brilha de contente.
 
Abram a garrafa de champanhe que tinham guardada na arrecadação, lancem confetis, ponham o vossa música preferida aos berros, vistam o vosso outfit favorito, vão para a janela gritar e liguem à melhor amiga a avisar porque a situação assim obriga.
 
Prontos? Então cá vai:
 
O Pés voltoooooooooouuuuuuuuu!!!!!!!!!!!!!    

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

6 razões para não pôr os penantes na Pull & Bear.

25,99 €

 25,99 €

35,99 €

35,99 €

 39,99 €

49,99 €

Só para ficar escrito que...


... se daqui a 15 anos o meu filho se transformar num insurreto e eu tiver de o ir visitar ao fim de semana à prisão de Custóias por ter sido apanhado, encapuzado, a rebentar a casa da vizinha à biqueirada e com duas G3 em riste, a culpa é destes coelhos.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Eu juro que não embirro com a rapariga...


... mas que raio de cabelo é este???!!?
 
A franja não é franja, nem deixa de ser. O ondulado, não é ondulado, nem deixa de ser. As pontas uma desgraça. Por mim, diria que desfrisou e correu mal.
 
Mas isto sou eu que percebo tanto disto como da apanha do mexilhão.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

E por onde andou Miss Caco no fim de semana?

 
 
Foi fazer a maratona? Não. Foi passar a tarde a malhar no ginásio? Errado. Foi levar o carro à revisão? Frio. Foi cortar o cabelo igual ao da Beatriz Gosta? Ainda mais frio.
 
Miss Caco andou a lagartar pelo Alentejo e foi recarregar energias ao Sobreiras Country Hotel, um pequeno paraíso, situado perto de Grândola, o que significa que de Lisboa até lá é um pulinho e não há cá jet lag para ninguém.

Eu podia ficar aqui eternamente a falar-vos maravilhas deste tesouro escondido, mas acho que não é preciso porque podem saber tudo aqui, neste magnífico artigo da revista Fugas. Por mim, digo-vos só que saí de casa no sábado de manhã, fui almoçar um arroz de langueirão de comer e chorar por mais na Tasca do Gino, em Alcácer do Sal, que tem uns empregados amorosos, daqueles que queremos trazer para casa, e uma comida excelente que também dá vontade de perguntar se têm take away.
 
Terminei o almoço e quando dei por ela, já estava aqui: 

 
 
Os quartos ficam nestas casinhas. Isto é, cada casinha é um quarto e o interior tem uma decoração moderna e minimalista que é um sonho. Não tenho fotos porque devia tê-las tirado à chegada, com tudo arrumadinho, mas quando me lembrei já tinha as malas abertas e o estaminé todo montado. Se tiverem muita curiosidade, vão espreitar ao site.
 
 


 
Baby Caco aproveitou já que estava ali e fez o catálogo Outono-Inverno da Zara Kids.

 
Este é o restaurante e também o local onde servem os pequenos-almoços. A vista é para a zona da piscina.
 


 

 

 
Eu não disse que era um paraíso? Vá, ide e depois contai.
 
Ah! No sábado fui jantar um javali com castanhas ao Talha de Azeite, no centro de Grândola. Também gostei muito, mas se fosse ficar mais dias, acho que teria ficado no hotel porque o ambiente à noite é um verdadeiro sonho.
 
Além disso, Baby Caco deu para fazer uma birra gigante e desatar a espernear no meio das mesas enquanto arrastava aquelas coisas antigas onde se guardavam as azeitonas e que agora não me lembro o nome. Foi nessa altura que pensei que se tivesse ficado no hotel, punha-o a contar as bolotas que rodeiam o edifício e certamente resolvia o assunto mais depressa.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Não sei qual é a vossa relação com a cozinha...

 
... mas eu cá parece que ando cada vez com menos ideias sobre o que fazer para jantar. Sabem aquelas fases em que já vão abrir o frigorífico arrastadinhas e parece que andam sempre a comer o mesmo?
 
Há dias, comentei isto com uma amiga que me falou que quando isto lhe acontece vai a este site e procura para lá uns vídeos para tirar ideias. Esta semana decidi lá ir cheirar e, de facto, aquilo dá jeito porque é muito intuitivo, está separado por entradas, sopa, carne, peixe, sobremesas, sopas, saladas, risottos, etc, o que facilita porque não andamos por ali a passarar a perder tempo e vamos logo directos ao que interessa.
 
Depois de entrarmos na secção que queremos, encontramos vários vídeos, muito curtos e simples, a explicar cada receita muito rapidamente. Só ainda experimentei o risotto de espargos que ficou uma delícia, mas para quem tem crianças, se forem espreitar a secção "Sobremesas", encontram por lá umas ideias bem giras e divertidas para o Halloween, como estas "bananas-fantasma" e "tangerinas-abóbora" ou um suculento sangue de vampiro.
 
 
Ainda no campo das "festividades", Miss Caco descobriu outra novidade em primeira mão. Parece que a You Cook vai organizar uns workshops infantis de Natal para ensinar as crianças a cozinhar o lanche do Pai Natal. Não é amor de ideia?
 
Vão ser em Novembro, no IKEA de Alfragide, e tanto quanto consegui cuscar, não vale a pena desatarem a ligar para lá porque as inscrições ainda não abriram. De qualquer forma, há que estar atento porque vão ser feitas pelo próprio IKEA e acho que costumam esgotar num ápice.
 
Vou estar em cima do pedaço e quando souber alguma coisa, venho cá contar. Quem sabe não é desta que nos encontramos por lá? Prometo que levo um avental chiquérrimo. Sem nada por baixo.

Aviso só que é para não levarem os maridos. Para quê correr riscos, né? Pois.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

É hoje.


Meus anjos,
 
Fiz um ar feliz para parecer que estava motivada com a mudança e comecei ontem à noite o processo de mentalização. Concretamente no preciso momento em que fui à arrecadação buscar o trolley para enfiar lá para dentro aquilo a que, inicialmente, apelidei de "duas ou três coisas". "Ah, isto é só meter os ténis e a roupa do ginásio que não ocupa espaço nenhum". Mentira. Não é.
 
É os ténis. Mas também é as meias. E as cuecas. E o soutien. E o top. E as calças. E um casaco desportivo porque vou fazer a avaliação com o personal trainer e quando estivermos ali na parte teórica - em que vou explicar que não mexo uma palha há mais de três anos - se calhar tenho frio. E também é os chinelos. E o elástico para o cabelo. E o cadeado. E um saco para meter os ténis. E outro para os chinelos. E mais um para meter a roupa suada. E o gel de banho que não perguntei se o ginásio tinha. Mas tem de ser uma embalagem pequena porque isto, parece que não, mas também pesa. Olha, não tenho embalagem pequena. Que se lixe, levo o gel de banho de Baby Caco que sempre é mais leve. E um saquinho pequeno para meter a roupa interior separada. E já nem falo em maquilhagem. Quero lá saber, venho embora assim mesmo como vim ao mundo. Quem é lindo pode dar-se a este luxo.
 
Pronto. Agora acho que está tudo. Afinal o trolley é boa ideia porque se fosse um saco era mais um para vir a alombar. E para isso já basta marmita. E a minha carteira com a parafernália de merdas que trago lá todos os dias, porque no dia em que decido tirar algo é sempre esse o dia em que me faz falta. Como o batom de cieiro. Anda comigo 365 dias por ano, mas é só no dia em que mudo de carteira que me faz falta.
 
E pronto. É agora. Vai ser agora. Daqui a meia hora. Rezem por mim.

A ver se me aguento até ao Natal.

F&%$-se! Esqueci-me da garrafa de água.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Tenho uma coisa a dizer.

LIKE.

É oficial. Tenho uma nora.


Sexta-feira. 9 de outubro. 11h50.
 
Tudo começou com ela a saltar e a gritar um histérico: "Sou eu! Sou eu! Sou eu!!!", de resposta à minha pergunta: "Quem é o melhor amigo de Baby Caco?" no dia em que fui à escola contar-lhes uma história.
 
Desde aí tudo evoluiu. A educadoras e a ama, que o vai buscar todos os dias, começaram a dizer-me que se escondiam no refeitório, que não se largam, que ela é doida por ele e que ele reage muito mal quando, para o provocarem, lhe dizem que a Laura é feia.
 
Hoje, ao contrário do habitual em que o deixo no hall de entrada  do infantário, calhou de o levar até à sala. Lá estava ela. Sentada na cadeira, mesmo em frente à porta. À espera dele. Assim que o viu, rasgou um sorriso gigante e abriu-lhe os braços para o receber. Ele, mais tímido, caminhou até ela e ficou parado um palmo em frente ao seu rosto. Quieto. À espera de mimo. 
 
Aproximei-me para ver melhor e disse-lhe: "Olha, meu amor, a Laura estava com saudades tuas".
 
Ele, sorriu, olhou para o chão meio envergonhado e deixou-se abraçar por ela. Eu ainda disse: "Vá, dá-lhe um beijinho" ao que ele responde: "Vai emboa", que é o mesmo que dizer: "Baza daqui. Já.".
 
A Laura tem 4 anos. Mais um ano e meio do que ele. Mais dois palmos de altura. A Laura é a minha primeira nora.
 
Bem sei que esta pequena paixão não vai certamente durar além deste outono, mas, para mim, o que interessa é que, ao dia de hoje, ele ainda não sabe quantas letras tem a palavra amor, mas eu já sofro pelos amores que ele ainda não viveu. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Da série "A minha vida não é só glamour".

 
Podia dizer-vos que decidi matar saudades e fui almoçar ao Café Marly.
Mas não.
Isto é só Picoas e fui renovar o cartão de cidadão.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Decisão acabadinha de tomar.


Bem sei que ainda não chegamos ao fim do ano para avançar com mudanças nas nossas vidas, mas, contra todas as previsões, acabei de tomar a minha decisão de Outono.
 
Sim, é verdade. Quem me conhece está certamente de queixo tão caído como eu.
 
Miss Caco vai voltar ao ginásio. É certo que será só duas vezes por semana e na hora de almoço, mas a decisão está tomada e já não há volta a dar.
 
Wish me luck. 

Nota: Devo acrescentar que toda a vida disse que não percebia as pessoas que conseguiam ir ao ginásio na hora de almoço. É o que dá cuspir para o ar. 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Foi ontem!!! Foi ontem!!!

 

Foi ontem o dia em que contei a história na escola de Baby Caco. Ele já sabia da novidade de véspera e, curiosamente, pela primeira vez acordou sozinho, ainda antes do meu despertador, e ficou quietinho na cama, de olhos abertos. Eu cá quero acreditar que era pela ansiedade do acontecimento.
 
Peguei em tudo o que tinha preparado, meti num saco, levei a máquina fotográfica para o pai assinalar o momento e lá fomos. Os miúdos estavam contentes por perceber que se ia passar alguma coisa de diferente e andavam à minha volta a fazer perguntas do estilo: "És a mãe de Baby Caco?", "Eu também tenho uma mãe e um pai!", "Vens contar uma história?".
 
Assim que me sentei e olhei para aquela mini plateia de sorrisos rasgados e olhos arregalados, com o meu amor pequenino a sorrir para mim, sentado na cadeira estrategicamente colocada à frente (já vão perceber porquê), não consegui deixar de me comover.
 
Agarrei nas cartolinas, respirei fundo e pensei: "ai Jesus, mulher, tu não te desgraces que isto ainda agora começou", e, nem sei bem como, lá consegui disfarçar as lágrimas que teimavam em sair e desatei para ali a contar que era uma vez um rato que queria chegar à lua para saber a que sabia e blá, blá, blá....

A reacção dos miúdos foi muito engraçada, adoraram, ficaram eufóricos, muito participativos. Baby Caco sorria e, por vezes, interagia, quando eu fazia perguntas, mas notei-o um bocadinho tímido e confuso, talvez por ver os pais num ambiente onde não está habituado.
 
Aqui fica o registo:

 
Como sabem, a história que escolhi chama-se "A que sabe a Lua" (os interessados podem fazer o download dois posts atrás). Imprimi as páginas e colei em cartolinas que ia passando conforme a história avançava.


Cada vez que aparecia um animal na história, tirava-o desta caixa, que tinha um pouco escondida, e lá ia falando da tromba do elefante ou do tamanho do pescoço da girafa, enquanto um miúdo "desmancha-prazeres" - mas que era o mais participativo e um amor de criança - gritava: "Isso é um brinquedo!!!" Eu sorria, fazia de conta que não ouvia e pensava: "Pois claro, estavas à espera que agarrasse no primeiro leão que encontrasse e o trouxesse para aqui para jogar à macaca contigo?!".

 
Quando chegou o momento de falar do rato, fiz de conta que o procurei na caixa e não encontrei. Então, pedi-lhes para procurarem debaixo da mesa e das cadeiras (antes de entrarem, tinha colado o rato no fundo da cadeira de Baby Caco). Não foi ele que o encontrou, foi a colega do lado, mas o resultado foi bom na mesma e eles acharam muita graça.
 
Depois, quando parecia que a história tinha chegado ao fim, disse-lhes que tinha uma surpresa. Que tinha falado com o rato e lhe tinha pedido para trazer um pedaço de lua para eles comerem. Nessa altura, fiz um grande alarido em torno deste acontecimento e tirei de trás do sofá esta caixa:  
 
  
 
Eles arregalaram ainda mais os olhos. Coloquei-a em cima da mesa e abri-a à frente deles. Lá dentro tinha uma espécie de gofres, que foi o que encontrei no Lidl de mais parecido com pedaços de lua...


 
E pronto. Foi isto.

Tudo está bem quando acaba bem.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Constatações #2

 
Há pessoas que têm a entrada vedada em casinos. E depois há certas pessoas que deviam ter a entrada vedada no Lidl. Só por causa disto. E dos croissants com chocolate. E dos croissants sem chocolate. E do pão com sementes. E do pão, em geral.
 
Nota: São todos bons, menos os de cereja que sabem um bocado a remédio. Mas, se os intercalarmos com os de laranja e morango, marcham na mesma.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O dia em que me declarei ao meu filho.

 

Acho que não houve alma que ontem à noite não tivesse reparado no fenómeno da "Super Lua". Curiosamente, Baby Caco tem um fascínio enorme pela Lua. É frequente subir ao sofá e ficar com as mãozinhas agarradas à janela a perguntar onde é que ela está. O mesmo acontece durante as viagens de carro.

Por causa disso é que eu - bem como milhares de outras mães - uso com muita frequência a expressão "Gosto de ti até à Lua". Foi também por essa razão que escolhi a história "A que sabe a Lua" para contar esta semana na sala dele (quem não está a par disto, é só ler o post anterior. Podem fazer o download da história aqui).
 
Este fim de semana, numa visita aos primos que lhe chamaram a atenção para a Lua Cheia, aprendeu a expressão e por isso, fez a A1 para Lisboa a apontar para a janela do carro e a gritar milhares de vezes: "Mamã, Lua Cheia!! Lua Cheia!".
 
Ontem à noite, já em casa e na hora de o ir deitar, reparei que a luminosidade no terraço era de tal forma intensa que parecia que tinha deixado alguma luz acesa. Lembrei-me de o levar até lá para assistirmos juntos ao fenómeno.
 
Peguei naqueles 16 kg de gente, já de pijama vestido, abracei-o com muita força, encostei a minha cabeça aos caracóis loiros e disse-lhe: "Vês, meu amor, é até ali que a mamã gosta de ti. A mamã ama-te até à lua". E ele, fascinado, com os olhinhos a brilhar, olhou para mim por breves segundos e sorriu.
 
Eu fiquei sem saber se ele percebeu bem a real importância do que lhe estava a dizer. Aproveitei aquele momento mágico para lhe dizer mais algumas coisas, estas sim, que eu sabia que ele não entenderia, mas dentro de mim, guardei uma esperança infantil que talvez as guardasse algures num recanto do seu pensamento e que venha a lembrar-se delas no dia em que voltar a ver uma lua assim.
 
Quanto a vocês que estão desse lado, podem parar de ler por aqui.
 
Agora este segredo é só para ti, meu tesouro. Se esse dia alguma vez chegar, perceberás que te menti. É que, na verdade, a Lua fica só e apenas à entrada de um universo sem fim onde guardo a sete chaves o meu amor por ti.