sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Dualidades.

 
Neste preciso momento em que tenho o coração apertado, atenta ao toque do telemóvel pousado na minha secretária, enquanto temo que chegue aquela chamada que não quero ouvir, tenho uma amiga a fazer a sua primeira ecografia à séria, pela qual anseia há três meses e que lhe vai confirmar a pequena vida que está para chegar.
 
Estou feliz por ela e destroçada pelo que está para vir. 
 
É isto a vida. Dividida entre partidas e chegadas. Sorrisos e lágrimas. E nós lá vamos, percorrendo este trapézio como sabemos. Como podemos. Como suportamos. Agarrados à certeza de que, tal como nós, uma dor nunca será eterna. 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Pequenas coisas que me mexem com os nervinhos.

 
- murais de facebook povoados de frases inspiradoras com muitas rosas e gatinhos à mistura;
 
- gente que está há dez minutos na fila do autocarro e só depois de estar lá dentro é que se lembra de procurar o passe;
 
- ligar para resolver um problema com a EDP e aparecer uma voz com a ladainha do costume: "se está ligada ao serviço universal, prima tecla 1, se o seu código de identificação fiscal não está associado a este número de telefone, prima a tecla 2" e por aí fora... ;
 
- pessoas que terminam frases com "está a perceber?";
 
- pessoas que iniciam frases com "Não é isso...", e, vai-se a ver, replicam exactamente o que tínhamos acabado de dizer;
 
- a voz de cama do Ricardo Carriço na novela "Mar Salgado";
 
- sms´s a convocar para reuniões de condomínio;
 
- carrinhos de hipermercados que estão todos empandeirados e insistem em virar para a esquerda quando queremos ir em frente;
 
- constatar que Baby Caco acabou de destruir o marcador do livro de 456 páginas que ando a tentar ler há seis meses;

Yes, i´m in a bad day.

Da lei da vida.


Era aparecer aqui alguém capaz de me convencer, por A mais B, que depois disto há realmente mais alguma coisa, e metade desta angústia desaparecia.
 
Quanto vale acreditar?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Será pedir muito?

 
Da janela do meu escritório, no 6º andar, oiço as praxes lá em baixo.
 
E fico a pensar porque raio caem tantos aviões por esse mundo fora e não há maneira de se esbardalhar nenhum assim, direitinho, neste preciso momento, aqui na rua de trás, de maneira a fazer um buraco bonito, sem, claro está, afectar o meu prédio nem os caloiros que por lá andem. 
 
- Ah... então e os passageiros que não têm culpa nenhuma disto?
 
Ok, o avião pode ser só de transporte de mercadorias.
 
- Então e o desgraçado do piloto que saiu de casa de manhã cedo para trabalhar e tem dois filhos pequenos e a mulher entravada?
 
Ok, o avião vai sem piloto, daqueles que se conduzem à distância, por computador.
 
- Mas onde é que já se viu isso?!?
 
Ah, ainda não foi inventado? Ok, então, o piloto safa-se.

Se é para chorar que seja com estilo.

 

Eu até nem sou de ligar a isto dos dias comemorativos, mas acho a versão nacional do tema A Flor e o Espinho tão, mas tão bonita, que quero aproveitar o facto de hoje ser Dia Mundial da Música para a partilhar com vocês.

Aqui está o videoclip da fabulosa versão portuguesa, criada pela banda "Soaked Lamb" do tema A Flor e o Espinho, um original de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, realizado por Tiago Albuquerque.

Agora ponham os olhos na letra aqui em baixo e, depois de chorarem baba e ranho, digam lá se não é a coisa mais comovente do mundo.
 
Antes de começarem a ler, toca a ir buscar os lenços que fungar é feio.

 A Flor E O Espinho            

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor

Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor


Ao nível disto, assim de repente, só estou a ver esta.
  
Tempo não Para - Mariza
 
Eu sei
Que a vida tem pressa
Que tudo aconteça
Sem que a gente peça
Eu sei

Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou

Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui

Cantei
Cantei a saudade
Da minha cidade
E até com vaidade
Cantei
Andei pelo mundo fora
E não via a hora
De voltar p'ra ti

Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui

Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sou só eu...

 
 
... que acho a nova aquisição do Clooney um poço de charme e classe, mas escandalosamente magra?
 
Cheira-me que aquilo é mulher para almoçar três sementes de chia e ficar de papo para o ar o resto da tarde...
 
Assim com´assim, quem quiser saber tudo sobre a musa do momento, é só clicar aqui.
 




Quando pensamos que está tudo perdido...


... eis que acontece isto... e animamos outra vez.

Cada um tem a sua panca. Esta é a minha.

 
Miss Caco é doida varrida por chapéus. Tenho alguns de Verão (poucos), mas no Inverno tiro a desforra e não faço a coisa por menos. A semana passada fiz uma nova aquisição. Um preto, parecido com este aqui em cima e do género destes quatro aqui em baixo, que podem ver aqui e que me custou 15,95 € na Stradivarius, sendo que também os vi na H&M, mas a 19,99 €.
 
 
 
 

Num estilo mais descontraído, adoro estes gorros que ficam assim caídos, meio pendurados, estilo gnomo.
 
 





 
 
 
Já ando de olho nuns modelitos, do género destes que se seguem, para fazer pendant com Baby Caco:
 


 
Voltando aos chapéus, na hora de escolher, acabamos sempre por levar em preto porque achamos que dá com tudo, mas também ficam lindos em outras cores. Confiram aqui em baixo:
 
 
 
 
 
  
 
O problema chega na hora de os arrumar porque é coisa para ocupar imenso espaço no armário. Ao vaguear pela net, descobri esta opção que podemos comprar na secção de cozinha de uma loja tão básica como esta aqui.
 
 
"Ah, mas e então no Verão onde é que os metemos? Ficam assim todos pendurados a apanhar pó?", perguntais. Ao que respondo: "Ah, pois, está bem, sempre podem voltar a arrumá-los no armário e aproveitar os ganchos para pendurar colares, pulseiras, lenços e óculos de sol. Mas que no inverno dá jeito, lá isso dá...".
 
Era só isto. Podem agradecer.  
 
P.S. - Descontraiam. Este post é um caso isolado. Miss Caco não se vai tornar numa fashion advisor.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Dahhhh... Não se está mesmo a ver?

 
- Mamã, adivinha o que sou!!
- Um avião a levantar voo para a Suazilândia?
- Não!!!
- Um bailarino russo a fazer um demi-plié?
- Errado!!
- Então, não estou a ver...
- Sou um Pinus Pinaster, mais conhecido como pinheiro-bravo!

Prefiro nem perguntar.


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Enganos acontecem.

Parece que  a produção do programa apercebeu-se agora de que houve um lapso relacionado com uma concorrente cujo segredo é "Vejo mortos".

Segundo consta, ao preencher o formulário, partiu uma unha de gel, enervou-se, e acabou por deixar a frase a meio, sendo que o verdadeiro segredo era: "Vejo carradas de neurónios mortos dentro da minha cabeça".
E eu cá fico a pensar que este vai ser o segredo mais difícil de descobrir a qual delas é que pertence...

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Já vou avisando.


... que me estou a preparar para comprar umas meias destas assim pelo joelho, enfiá-las nas pernas de Baby Caco, juntamente com uns calções em xadrez de cair para o lado de lindos, e depois amassá-lo até ficar roxo.
 
No entretanto, passo ali pelo facebook da Leite Creme - uma loja amorosa que fica em Aveiro e que, além de ter um atendimento irrepreensível, está cheia coisas fofinhas - perco a cabeça, agarro no telefone e encomendo estes conjuntos, tal e qual como estão na foto, sem olhar para trás:
 
 
 
 Posto isto, não me responsabilizo pelas consequências.

Agora deixo-vos com mais inspirações de outfits de perna ao léu, para verem por aqui abaixo:








Juro que não é para mostrar o rabo do Malkovich.

 
 
Eu sei que as probabilidades disto já vos ter passado pelos olhos são imensas, mas o trabalho está tão bom que não resisto a partilhar. Para quem não sabe do que estou a falar, este é um projecto do fotógrafo norte-americano Sandro Miller que convidou o ator John Malkovich para recriar fotos históricas em homenagem aos mestres da fotografia que inspiraram o seu trabalho.
 
O resultado é esta brilhante série de retratos intitulada “Malkovich, Malkovich, Malkovich: Homage to photographic masters” [Homenagem aos mestres da fotografia] em que o ator recriou poses, reproduzindo as imagens históricas, sem qualquer recurso a photoshop.

Gosto especialmente da última. Vejam as restantes aqui.