terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Quanto valem duas horas por dia? E 44 por mês? E 528 por ano?

 
Não fui uma devoradora de episódios do "Sexo e a Cidade", mas vi o suficiente para conhecer os feitios de cada uma das moçoilas e ter umas luzes sobre o que faziam na vida (ou, no caso da primeira a contar da esquerda, o que passava a vida a fazer). Recordo-me de um episódio em particular em que a Miranda (a ruiva) estava a pensar mudar de casa e decidiu afastar-se da cidade para ter uma casa maior e dar mais qualidade de vida ao filho (assim de repente, não me lembro de filho nenhum, mas acho que a história era mais ou menos esta), sendo que terminava com ela a arrepender-se amargamente da decisão.
 
Isto serve de introdução ao tema que se segue. Miss Caco está a pensar mudar de casa. Estou ainda em fase de prospecção de mercado e a sondar possibilidades de território. É assim coisa para começar agora e decidir lá para o final do ano. Ou no ano a seguir.
 
Actualmente vivo do outro lado da ponte e trabalho no coração da cidade, o que me faz demorar pouco mais de uma hora a chegar ao escritório. Isto nem me incomodava muito antes de Baby Caco vir ao mundo, mas agora já começa a fazer mossa.
 
Vai daí, estou a ponderar mudar-me para o lado de cá, que é o mesmo que dizer inchar pela madeira a dentro para ter uma casa que do outro lado, pelo mesmo preço, teria o triplo do tamanho, piscina, jacuzzi e court de ténis. Mais coisa, menos coisa.
 
E é aqui que as opiniões se dividem. Mas afinal o que é ter qualidade de vida? É viver numa vivenda, com jardim, barbecue para umas patuscadas com os amigos, uma grande arrecadação para meter este mundo e o outro, garagem onde cabem dois carros, closets para enfiar as roupas por cores e demorar duas horas por dia no trânsito, ou morar perto do trabalho, num apartamento com os armários contados, onde não há espaço para bicicletas, nem lugares de garagem, mas permite-nos passar mais tempo com os nossos filhos? Até prova em contrário, estou mais inclinada para a segunda hipótese.
 
Assim sendo, meus caros, uma vez que os próximos tempos livres serão passados entre os sites da Remax, OLX e outros que tal, se alguém souber de um T3 jeitosinho, próximo do Saldanha ou mesmo no Parque das Nações, é favor mandar o link para ver se - já que vou endividar-me no resto - sempre poupo algum tempo na pesquisa, pode ser? É que, parecendo que não, um ano passa a correr, esta vida são dois dias e o Carnaval são três. Agradecida.

8 comentários:

  1. Eu, todos os dias, atravesso a Ponte da Arrábida e continuo a preferir a hora e meia de transito para fazer 30kms, mas também ainda não tenho filhos... Não sei como será quando tiver.

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    1. Pois... A questão é essa. Quando tiveres, mudam as prioridades...

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  2. Eu moro na Maia num T2, a 6km do trabalho, não apanho transito, almoço todos os dias com o meu filho, e em 10 minutos chego a casa. Podia ter comprado, pelo mesmo preço, uma moradia, mas o que ganhava em espaço para arrumar tralhas perdia em tempo com o meu filho. Até agora ainda não me arrependi, mas adorava viver numa moradia outra vez. É muito dificil escolher.

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  3. eu acho que também prefiro a segunda hipótese...

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  4. Eu morava a 10km do trabalho numa casa terrea e consegui arranjar um apartamento a 5 minutos do trabalho e não estou nada arrependida. É certo que na casa tinha muito mais espaço mas agora estou perto de tudo e raramente preciso de carro.

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  5. Também me inclino para a segunda hipótese...
    Cada vez mais!

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Deita cá para fora!