terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Haja uma alma que me sossegue


Esta manhã deixei o carro estacionado no único lugar livre que havia perto da paragem. "Que sorte, saquei este aqui mesmo pertinho", pensei. Assim que tirei a chave da ignição, apercebi-me que estava estacionada junto a um poste com, pelo menos, 6 metros de altura. Enfiei a viola no saco e concluí que para tudo há uma explicação. 
 
É nesta altura que me lembro da famosa música "ponho o carro, tiro o carro, à hora que eu quiser...". A questão é que além de não estar na garagem da vizinha, também não era bem à hora que eu quisesse. Olhei para o relógio e era demasiado arriscado procurar outro lugar. O mais certo era perder o autocarro e ficar ali a penar mais meia hora à espera do seguinte. "Tiro? Não tiro? Tiro?". Arrisquei. Não tirei. 
 
De maneiras que agora estou aqui aflitinha que só imagino o raio do poste a esbardalhar-se pelo vidro da frente a dentro e a aterrar comodamente entre os meus ricos estofos beges, enquanto me deixa o capot pior que o chapéu de um pobre. 
 
Quem me conhece, sabe bem o amor que tenho à minha voiture, por isso, Stephanie, filha, se me ouves, diz-me por favor que já fizeste as valises e foste à tua vidinha, d´accord?.

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