segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Está verde, meu amor.


Uma das principais razões que me levaram a criar este blogue tem a ver com o facto de querer registar memórias da infância e do desenvolvimento de Baby Caco porque bem sei que a minha memória é pouco mais fiável de que uma betoneira.
 
Quer isto dizer que este post em particular deverá estar próximo de ter rigorosamente nenhum interesse para vocês, por isso, já vou avisando que sois livres de carregar ali na cruzinha do canto e ir à vossa vida, até porque ainda está sol e é melhor aproveitar o bom tempo que não tarda nada o Natal está à porta e já não se faz nenhum ao ar livre.
 
Pronto. Considerai-vos avisados. O que eu quero aqui registar é o facto do meu filho - tal como todas as crianças - adorar dizer as cores assim que passamos nos semáforos. A peculiaridade de Baby Caco é que, apesar de querer, ainda não sabe dizer "verde"."Verde" para ele é sinónimo de "Verco". E eu fico encantada de todas as vezes que o oiço gritar "Verco! Verco!" enquanto agita os bracinhos no ar, à espera que eu confirme o que disse.
 
É nesta altura que sorrio e digo: "Sim, meu amor, está verde. Está verde, meu amor".

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Constatações #1

Pior do que saber que ainda há gente nojenta a passar férias, é reconhecer que nunca na vida teremos um rabo assim.
 
Nota: para os mais desatentos, este é o rabo da Ana Sofia, capa da GQ deste mês. Já agora, parabéns à revista pelo regresso.

Então é mais ou menos assim...

 
Fui dar um arejo na hora do almoço e quando estava quase a chegar à agência, lembrei-me que o que vinha mesmo, mas mesmo a calhar, era mandar abaixo um gelado.
 
Miss Caco trabalha no centro nevrálgico da capital do País. Em plena avenida da República, uma das mais importantes e valorosas do Monopólio. Mais precisamente entre o Campo Pequeno e o Saldanha, ou seja, onde tudo deveria acontecer. E se não acontece, pelo menos tem obrigação.
 
Pois Miss Caco comeu quilómetros, deu duas vezes a volta ao quarteirão  e não encontrou um cara&%$#o de um sítio que vendesse um mísero gelado. Casas de chineses era quantas quisesse. Gelados, nem vê-los.
 
De maneiras que agora estou aqui com o ar condicionado a bombar e a cheirar a copa a ver o que há de jeito para comer, já que as bolachas de chocolate que estão na gaveta da secretária estão moles. Sobram aquelas rodelas de milho que sabem a esferovite, mas também não era bem o que tinha em mente...
 
Moral da história: pessoas que viveis fora dos grandes centros urbanos, animai-vos. Aposto que na Baixa da Banheira há gelados em cada esquina.
 
Adenda: Por outro lado, a Zara Home tem uns pauzinhos de sushi de se comer de lindos.
 
Pronto. É isto.
 
Adenda 2: O momento em que acabamos de escrever este post e damos com isto.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O meu filho tem uma panca por meios de locomoção.

 
O que vou aqui contar certamente não será grande novidade para as mães de rapazes. Baby Caco demonstra um fascínio enorme por tudo o que está relacionado com meios de locomoção em geral.
 
Ainda muito pequeno já revelava um fétiche por jantes, constatação de que, na altura, vos falei aqui. Entretanto, passou essa fase e agora veio a de repetir, vezes sem conta, o nome do meio de transporte que lhe aparece à frente, até eu e o pai repetirmos também.
 
Ora, como fazemos frequentemente a A1, posso adiantar que em cada viagem Lisboa - Porto dizemos uma média de 45 vezes a palavra "camião", 18 vezes as palavras "popó papá" (sempre que passa um carro igual), 12 vezes as palavras "popó vovô" (pela mesma razão), 2 vezes as palavras "popó mamã" (sim, o meu carro é muito especial, por isso há poucos), 9 vezes a palavra "avião" e, mais recentemente, 16 vezes as palavras "popó tio Paulo" (só conhece a viatura há pouco tempo).  
 
Também nas brincadeiras em casa a história repete-se. Fica tempos infindáveis a brincar com os carros, os comboios e camiões. Na rua, o que mais gosta de fazer é andar na mota do filho do dono do café e sentar-se ao volante do carro da ama, enquanto carrega na buzina até acordar a vizinhança. 
 
Este verão, deixou as fraldas e começou a fazer chichi na sanita. Não quer o redutor para nada (malditos 15 euros que deixei por um redutor acolchoado, com bonequinhos coloridos, lindo que eu sei lá e que agora não sei o que fazer com aquilo) e sempre que tem vontade, vai a correr para a casa de banho a gritar: "Chichi, chichi!!!".
 
Sobe aquele banquinho do IKEA - que meio mundo tem -, fica à espera que eu lhe desça as cuequinhas e que o sente na sanita e assim que está tudo a postos, baixa a cabeça para ficar a controlar a operação, enquanto diz (sempre e sem qualquer exceção):
 
- "Chichi Comboio".
 
E cada vez que eu oiço estas palavras é como se o meu coração fosse atropelado por um camião TIR. É também essa a altura em que penso que um dia amasso este rapaz de tanto o amar.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A camoeca.

 
 
Ontem à tarde deu-me uma camoeca. Almocei bem, fui passear com Baby Caco e quando cheguei a casa, vinha com tanta sede que abri o frigorífico e mandei abaixo um resto de melancia gelada o suficiente para me parar a digestão. Começou com uma dor de cabeça horrível que foi num crescendo até se transformar numa enxaqueca daquelas de mal conseguir abrir os olhos e que até nos fazem doer os dentes.
 
Estava em casa sozinha com Baby Caco e quando percebi que tinha acabado de vomitar o almoço e possivelmente os dois ben-u-rons que tinha enfiado goela abaixo, agarrei no telemóvel e, com muito esforço, mandei esta mensagem a marido Caco: "Aaandra pra aacasak. Nao mesinmto benm". Felizmente ele percebeu que era para vir para casa depressa porque eu estava mesmo a ver que não passavam cinco minutos até ficar estendida no chão da casa de banho, tal e qual como nos filmes.
 
Ele chegou, deitei-me na cama e as dores de cabeça eram tantas que o barulho de uma pena a cair em cima de uma nuvem, para mim, era o equivalente à implosão de um prédio de oito andares no bairro do Aleixo. É nesta altura que marido Caco se lembra de dizer a Baby Caco para ir fazer festinhas à mãe que está doente.
 
Se mal estava, pior fiquei. Baby Caco não é conhecido por ser um bebé afável e carinhoso, portanto eu já estava mesmo a vê-lo a saltar em cima do colchão, enquanto me dava alegremente com o comando da TV na cabeça e me pontapeava repetidamente o estômago.
 
Qual a minha surpresa quando a pequena criatura se deita em frente a mim, rosto a 3 cm do meu, e ali fica, impávido, sereno, a passar as mãozinhas pela minha cara, como que a fazer festinhas. E eu pensava: "Mas ele nunca fez festinhas. Ele sabe o que são, mas nunca fez. Isto vai durar mais 4 segundos e logo a seguir enfia-me o indicador pela pálpebra a dentro, sem dó nem piedade".
 
Não tinha forças para dizer nada. Portanto, fiquei ali quieta, na esperança de conseguir ter energia suficiente para o atirar contra a parede, assim que me rebentasse o globo ocular. Passaram aí uns cinco minutos. Ele continuava no mesmo registo. Às vezes, parava uns segundos e ficava a olhar para o infinito. E eu pensava: "É agora. Deus nosso senhor me proteja que ainda sou nova para ficar ceguinha". Uns segundos de pausa. E recomeçava.
 
A certa altura fui descontraindo. Percebi que aquilo era mesmo de verdade. O meu bebé estava preocupado comigo. O pai perguntava-lhe se ele queria ir jantar, mas ele não saiu dali um segundo que fosse. Acabei por adormecer com ele a acariciar-me o rosto. Quieto. Nunca esteve tanto tempo assim. Sereno. Só passava as mãozinhas na minha face e olhava para mim. Eu fechava os olhos por momentos e quando os voltava a abrir, ali estava ele. A olhar para mim. Como que a tomar conta.
 
E a cabeça continuava a latejar. E não podia tomar mais medicação porque não tinha a certeza se vomitara os dois comprimidos ou não. E mal me conseguia mexer. Mas o meu bebé estava ali a tomar conta de mim. O meu bebé que não faz carinhos, que quase não dá beijos quando lhe peço, estava ali a tomar conta de mim. Mesmo não sendo eu ainda velhinha.   
 
E naquele momento, ali mesmo, com a cabeça a latejar e sem mal me conseguir mexer, tive uma certeza: só posso estar a criar um anjo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Diz que causa polémica.


 Esta imagem anda há uns dias a aparecer-me no feed de notícias, mas, normalmente, quando me aparecem estas coisas aparentemente virais, é meio caminho andado para não lhes ligar um chavelho.
 
Mas hoje detive-me nela. Sabia que havia uma polémica qualquer à volta disto, mas não me interessou saber porquê. Percebi que era sobre o facto do objectivo desta mãe ser a sua vontade de imortalizar a cesariana.
 
E quanto mais olho para ela, menos entendo como pode ser considerada controversa, pois, aos meus olhos, ela é, apenas e só, esmagadoramente linda. 

Sou só eu que vejo aqui a Bibá Pitta?!?


quarta-feira, 19 de agosto de 2015