quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Passei só para dizer...


... e para avisar que têm pouco mais de 24 horas para treinarem a expressão nº 37 para o momento em que receberem as meias brancas da tia Isaura e o pijama cardado da avó Gertrudes.

Happy Christmas, pestes mai lindas da mãe.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

So me.


Das ausências.


 
Só porque, às vezes, esquecemos que Natal também é isto.
 
"Morrer é quando há um espaço a mais na mesa afastando as cadeiras para disfarçar, percebe-se o desconforto da ausência porque o quadro mais à esquerda e o aparador mais longe, sobretudo o quadro mais à esquerda e o buraco do primeiro prego, em que a moldura não se fixou, à vista, fala-se de maneira diferente esperando uma voz que não chega, come-se de maneira diferente, deixando uma porção na travessa de que ninguém se serve, os cotovelos vizinhos deixam de impedir os nossos e faz-nos falta que impeçam os nossos."
António Lobo Antunes, in 'Não é Meia Noite Quem Quer'
 
Podem passar mil natais que vou lembrar-me sempre das tuas mãos enrugadas quando me davas o envelope amarrotado com as notas que pedias à tia para contar e que aposto que contavas de novo quando estavas sozinho, só para ter a certeza que não se enganou... Ou quando sorrias para mim com ar maroto e levantavas as sobrancelhas, enquanto comias a sobremesa. Sempre gostaste de doces.

Mesmo sabendo que eras um homem de poucas palavras, vou ter saudades do teu silêncio que, ainda assim, me trazia tanto conforto.

Este Natal vai haver de novo um espaço mais à mesa. E por mais que cheguem crianças, por mais que a família cresça, esse pequeno vazio, onde cabe apenas uma simples cadeira, no meu coração vai ter sempre o tamanho de um mundo. Um imenso mundo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Miss Caco versão "Mulher Prendada".

 
Há um tempo encontrei a foto deste bolo e perdi-me de amores por ela. Guardei-a com o intuito de procurar um "Bambi" e um pinheirinho e replicar a ideia. O tempo passou e volta e meia lá tropeçava eu nesta imagem, convencida de que um dia teria um bolo igual a este de tão lindo que é que até dá pena comer.
 
Bom, ainda não tenho o bolo, é certo, mas já saquei o Bambi e o pinheirinho e ando há dias para vir aqui mostrar. Não fiz o bolo, dizia eu, mas fiz esta decoração natalícia linda que eu sei lá:
 
 
Portanto, aqui vai mais um momento DIY:
 
Bambi - decorações natalícias "De Borla": 1 euro e pouco
Pinheirinho - decorações natalícias "AKI": 1 euro e pouco. Também vi na Casa, um pouco maiores.
Cogumelos fofinhos (iguais aos que punha no presépio há 30 anos): decorações natalícias "AKI": conjunto de 15 (mais ou menos): 2 euros e pouco. Também vi na Tiger, mas acho que era mais caro. Nesta mesma loja também havia um Bambi maior, lindo de morrer, a 3 euros e qualquer coisa.
 
Pronto. Agora podem copiar a ideia que, só por serem vocês, até nem me importo. Cusquem aqui outras sugestões para se inspirarem: 




sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Habemos sapatos!!!


Pessoas, mas quando digo pessoas, refiro-me a todas as pessoas, com exceção daquelas que andam de sabrinas o ano inteiro. Minhas amigas, Miss Caco é apreciadora de sapatos de salto alto, é sim senhora, mas Miss Caco é também detentora de dois problemas:
 
1 - Miss Caco anda de transportes públicos;
2 - Miss Caco tem uma cria de quase três anos, o que a impossibilita de usar este tipo de sapatos, sob pena de se esbardalhar e partir os dentes a qualquer momento, coisa que além de ser chata, é capaz de doer.  
 
No entanto, há ocasiões em que também precisa brilhar e, como tudo o resto já está assegurado com ou sem sapatos, nestas alturas é fundamental parecer que tem a altura da Gisele Bundchen. Ora, o fim de ano está à porta e ontem tratei de ir à arrecadação buscar os meus sapatos de eleição que só uso para a rambóia.
 
Vai-se a ver, eles lá estão, no mesmo sítio onde os deixei, mas constatei que, graças à minha pequena criatura, a última vez que os usei tratei de tropeçar já não sei bem onde - certamente a tentar apanhá-lo antes que se enfiasse debaixo de uma carrinha de caixa aberta - e ficaram com o salto danificado.     
 
Posto isto, como nos próximos 365 dias não deverei ter mais nenhuma ocasião em que precise montar-me em cima de uns tamancos, achei que não se justifica ir comprar outro par quando já tenho estes, lindos que eu sei lá, e que me custaram os olhos da cara. E é aqui que entra aquilo de que vos quero falar: chama-se Bleenk e é uma ideia fantástica de duas mulheres portuguesas - sim, isto é uma ideia nacional - que passa por aplicar estas "capinhas" na cor e no tamanho do salto para que fiquem novamente como novos.
 
E voilà! Não tenho fotos, mas para ficarem com uma ideia, o resultado é muito parecido com este sendo que, no meu caso, optei pelo Bleenk em preto, da mesma cor do tacão:
 

Existem em várias cores e tamanhos adaptados ao salto. Eu mandei vir online por aqui e custaram-me 14,99 €, mas, atenção meninas, estão com uma promoção a decorrer em que, na compra de um par, oferecem uns Bleenk de Natal. Ainda perguntei se estes trazem um nariz de rena que dê luz sempre que pisamos o chão, mas diz que não.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Por momentos li...

... Bebé a Carminho....
 
Nota de rodapé para pessoas que acabaram de ler isto e não perceberam um chavelho: Diogo Clemente é o ex-marido de Carminho. De nada.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Uma recordação de sonho que é um sonho de recordação.


Há uns anos, ainda nem era mãe, recordo-me de ter encontrado um livro que era uma espécie de "Guia para Ensinar a Criar Memórias" aos nossos filhos, isto é, sugeria experiências que poderíamos desenvolver com o objetivo de ficarem gravadas na sua memória, aumentando assim as probabilidades de guardarem recordações felizes da sua infância. Não sei se isto resultaria, nem sequer me lembro de nenhuma das sugestões, mas sei que achei a ideia encantadora.
 
Nunca mais esqueci este livro e sempre pensei que um dia, quando fosse mãe, iria tentar encontrá-lo. A verdade é que o tempo passa e ainda não o fiz, mas ontem voltei a recordá-lo quando deparei com este "brinquedo" maravilhoso.
 
Falo-vos da imagem que vêem aqui em cima: uma encantadora "Porta de Fada", ou seja, uma porta pequenina, que se cola facilmente junto ao rodapé do quarto, e que tem o dom de poder transportar a criança para o misterioso mundo das fadas. Assim que a descobri, entrei em contacto com a Rosa Lua e fiquei a saber de inúmeras utilidades deste pedaço de magia: há crianças que passam a conseguir dormir sozinhas porque acreditam que, durante a noite, as fadas saem por ali para as proteger; serve também de acesso para virem recolher os dentes debaixo da almofada ou apenas como fonte de encantamento para as suas fantasias.
 
Além disso, tem pormenores deliciosos como as pequenas cartas colocadas na mini caixa de correio, com mensagens que podemos escolher. Cada uma destas portas é feita à mão, de forma personalizada, e é entregue num prazo aproximado de três semanas, pelo valor de 33,50 €, acrescendo portes de envio. Podemos escolher cores, adereços, definir qual o cenário que queremos colocar, a mensagem na carta, enfim, tudo o que nos der na galheta. 
 
Já sei que a esta hora as mães de meninos estão a pensar: "Ah, isto é um amor, sim senhora, mas o meu filho não acredita em fadas e nem é fã de cor de rosa..." Caaaaaalllmmmmaaaa!!! As "Portas de Sonho" também existem em versão "menino" e já encomendei uma para Baby Caco. Neste caso, é uma "Porta Mágica" de onde não saem fadas, mas sim pequenos duendes encantadores que chegam durante a noite para proteger as nossas crias.
 
Assim, de repente, já me estou a lembrar de mil brincadeiras que posso fantasiar à volta disto: o duende saiu para comer bolachas (e de manhã encontra migalhas junto à porta); o duende saiu para beber chá (e ponho uma pequena chávena), o duende saiu para tomar banho (e zás! Aparece um recipiente com água); o duende esqueceu-se da mantinha  cá fora (e deixo um pedaço de tecido) e por aí fora.... haja imaginação!
 
Além disso, parece-me um presente mega original para assinalar o nascimento de um bebé. Por vocês não sei, mas eu cá fico encantada só de imaginar que, um dia, Baby Caco vai olhar para esta pequena porta e lembrar-se que houve tempos em que acreditou que dali saiam pequenos duendes mágicos para o proteger.
 
Espreitem aqui alguns modelos:
 




 
(Porta básica para menino, ainda sem decoração)



sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Diz que abriu há dias. No Porto.

 
É oficial. O meu telemóvel que andava a dar sinais de fraqueza há uns meses, acabou de falecer este fim de semana. De maneiras que agora só consigo atender chamadas quando o rei faz anos, escrever notas é mentira, ler sms é coisa para demorar dez minutos (esta manhã fiz a linha vermelha do metro inteirinha até conseguir abrir uma mensagem), já para não falar na quantidade de vezes que fica para ali sozinho a escrever coisas estranhas, tipo isto:
 
ssssssssss#########mmmmmmmmmmmmmmxxxxxxxxxxxxxxxxccccccccccrrrrrrrrrrrr66666666666666$$$$$$$$$$$$$$$99999999999999»»»»»»»»»»»»
 
Bom, mas quem tem um blogue tem tudo. Por isso, não tendo bloco de notas no telefone, este post é só para guardar aqui o contacto de uma loja que quero visitar quando for passar uns dias ao Porto no Natal. E a loja é esta. Bem sei que é espanhola, mas parece-me um amor e coisa para ter muita pechincha e da boa.
 
Para não perderem tempo, tomem lá e não digam que vão daqui:
 
Muy Mucho
Rua Fernandes Tomás, nº 765 (na zona da Baixa)
96 107 53 25

Queridos senhores dos CTT,


Bem sei que isto é tudo muito lindo, que agora estão muito à frente, que têm um logotipo muito moderno - estilo "descubra as diferenças" de tão igual que é ao anterior -, que até vendem livros, tupperwares, agendas, peluches, cartas de tarot, CD´s, Santo Antónios daqueles às cores, de tão modernos que são, e mais um par de botas.  
 
Sei também que os meninos devem continuar a mandar cartas ao Pai Natal como manda a tradição, mas, se não se importam, queria só que me respondessem aqui a uma coisinha... É muito rápido. Depois podem ir logo a correr às vossas vidinhas que certamente a esta hora há muita gente de senha na mão a chamar-vos nomes daqueles feios.
 
Então é assim:
 
PORQUE RAIO É QUE AS P#%AS DAS MÁQUINAS DE SELOS NUNCA FUNCIONAM, CAR&"l&O??!!!?!!? 
 
Há dois anos e meio que as estações dos CTT da 5 de Outubro e do Parque das Nações quando confrontadas com esta questão respondem: "Estamos à espera do técnico". Ora, minha gente, está visto que o técnico foi comprar tabaco e não volta.
 
Portanto, aqui fica a minha sugestão: pelo menos neste mês contratem um duende ou dois, que o Pai Natal nem vai dar pela falta, e ponham-nos cá fora a despachar selos. Um vende, outro dá trocos. Se forem finos, arranjem ainda um terceiro que fique ao lado, caladinho, só a segurar na caixinha das ofertas natalícias e com sorte ainda facturam mais nisto do que a vender andorinhas. Ou Santo Antónios, vá. 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

É mesmo Filho da Mãe.


Baby Caco está outra vez doente. A quarta no último mês e meio. Mas este post não é para falar da febre, nem do soro que não lhe consigo meter no nariz, nem do termómetro que não deixa pôr debaixo do braço, nem do xarope que não há maneira de lhe enfiar pela goela, nem do circo que é tentar meter-lhe um supositório.
 
Este post é para contar um episódio revelador. Muitas vezes dou comigo atenta ao seu comportamento, a tudo o que diz ou que demonstra pensar, numa tentativa de entender o menino em que se vai tornar. O feitio que vai ter. A personalidade que vai moldar este meu pequeno homem.   
 
Sei que ainda é cedo para perceber, mas, para mim, entendo este episódio que vou contar como uma pequena revelação.
 
Baby Caco, por estar doente, não comia nada, mas há uma coisa que adora: tomate cherry. Quando já tinha tentado que comesse tudo e mais alguma coisa, tendo sempre o não como resposta, joguei a última cartada e ofereci-lhe tomate cherry. Respondeu imediatamente que sim, ou melhor, que "xim" neste diálogo adorável:
 
- Baby Caco, queres aqueles tomates bebés?
- Xiiiimmm!!!!
Dirijo-me à cozinha e ele fica sentado no sofá da sala. Segundos depois:
- Mamã!!!!!
- Sim, meu amor...
- Quero têz!!! (Quero três).
- Sim, a mamã leva três.
(Um minuto depois)
- Mamã!!!!!
- Sim, meu amor...
- Quero xinco, xeis!!!
- Sim, a mamã leva seis.
(Meio minuto depois)
- Mamã!!!!
- Sim, meu amor....
- Quero tantos!!!! ("Tantos" para ele é sinónimo de muitos).
 
E pronto. Está visto. Baby Caco é mesmo filho da Mãe. E só podia ser mesmo filho desta mãe, porque Baby Caco quando gosta, não gosta por metade. Baby Caco quando gosta, leva tudo pela frente. Não gosta muito. Gosta demais. Não quer metade, quer tudo. De uma só vez.
 
E só espero que esta característica sirva para não desistir nunca de perseguir os seus sonhos. Que não se resigne a viver por metade. Que tenha sempre motivação para querer o mundo, ainda que venha a descobrir que vai demorar muito mais do que alguns minutos a alcançar.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Agarrem a pista!!!!!!


Isto aqui em cima é o meu filho a invadir uma montra no Centro Comercial Colombo (sim, bem sei que foi um comportamento suicida ir ao Colombo no fim de semana, mas a razão era de força maior e o certo é que sobrevivi).
 
Esta invasão deu-se porque Baby Caco acabara de descobrir o inacreditável mundo das pistas. Ficou possuído e depois desta cena não havia quem o arrancasse de frente da montra, enquanto gritava: "Quero pixta, mamã!!! Quero pixta!!!".
 
A única forma de o tirar de lá foi dizer-lhe que a mãe tem uma pista linda em casa e que por isso tínhamos de ir depressa para a montar. Lá veio. Adormeceu no caminho. Cheguei a casa. Deitei-o. Acordou uma hora depois, saiu da cama, veio ter comigo à sala e ainda estremunhado, com os cabelos desalinhados e de mãozinhas a esfregar os olhos, disse: "Mamã, a pixta??!".
 
Tremi. Não havia pixta. Era urgente encontrar uma, sob pena do meu filho me chamar caloteira até ao fim dos meus dias. Puxei pela cabeça e lembrei-me que tinha umas pecinhas de madeira que estive quase a deitar ao lixo por não servirem para nada mas que, naquela altura, pareceram-me verdadeiros diamantes. Fui buscá-las e disse com o ar mais seguro que consegui arranjar: "Anda filho, vamos montar a pista!!".
 
O resultado foi este:
 
 
Ok, não foi brilhante, mas também tinha uma garagem articulada (feita com um passe-partout meio estranho que andava por lá, que não se vê na imagem porque ele já a tinha mandado abaixo entretanto). O certo é que serviu para fazer render o peixe umas boas duas horas. 
 
Mas enfim, como isto foi uma solução temporária, havia que encontrar uma pista verdadeira. E a pista foi encontrada. No Lidl. Por 25 euros e é esta aqui em baixo. À parte, vendem mais umas ambulâncias e uns carros de bombeiros que tornam a coisa ainda mais interessante. Não sei se ele vai gostar tanto como daquela que viu no Colombo, mas certamente vai achar que é uma pista a valer, sobretudo sempre que se lembrar da que fizemos no fim de semana. 
 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Das coisas que me fazem rir logo pela manhã.


Top 5 das Balelas

 
1 - "Os opostos atraem-se" (até pode ser nas primeiras duas semanas mas, mais tarde ou mais cedo, acaba sempre por dar merda);
 
2 - "O que não te mata torna-te mais forte" (quem inventou esta devia levar com uma betoneira na moleirinha enquanto dorme que mudava de ideias num instantinho);
 
3 - "O Natal é uma época de paz" (passem a ceia sentados ao lado da minha tia Alzira e depois falamos);
 
4 - "Temos de marcar um café" (AKA ligo-te no dia em que as galinhas tiverem dentes);
 
5 - "No próximo mês vou inscrever-me no ginásio" (Não vais. É uma mera verbalização na tentativa de enganar o cérebro e poder continuar alapado a enfardar Ferreros Rocher como se não houvesse amanhã).

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

"Mamã, onde extá a tua pilinha?"



Esta é já a segunda vez, no último mês, que fico em casa para cuidar de ti. Estou a gastar os dias de férias que não tirei no verão, mas, apesar de não saberes, estão a saber-me melhor do que três meses no resort mais procurado das Caraíbas.

Neste preciso momento, estás sentado ao meu colo enquanto escrevo estas palavras. Sei que queres aproveitar estes dias para estares o máximo de tempo junto a mim, mas faço-o só porque não quero esquecer o que tenho para te dizer. Perguntas-me: "O que extás a fajer, mamã?". Digo-te que estou a escrever uma carta para ti, enquanto faço malabarismos para não me apagares o texto.

Quero que saibas que não há preço para os momentos que me tens proporcionado. Estes dias serviram para te ensinar a fazer sopa, para fazermos biscoitos pela primeira vez, para perceber que já sabes o nome da nossa rua, que dizes "tantos" quando queres dizer "muitos", que gostas do sabor da romã ou que ficaste a saber o que era o Natal enquanto decorámos o primeiro pinheiro juntos.

Há minutos, enquanto tomávamos banho ao mesmo tempo pela primeira vez, perguntaste-me: "Mamã, onde extá a tua pilinha?". Eu sorri, como faço sempre que me surpreendes com o milagre do teu crescimento, e expliquei que sou menina e tu és menino e que, por isso, somos diferentes.

Sei que o tempo passa a correr, a uma velocidade assustadora, mas sei também que em breve, vou ter saudades que me faças perguntas, daquelas que ainda sei responder. Tenho medo dos dias em que não serei capaz de acalmar os teus receios, em que não saberei dar resposta às tuas angústias. Agora, ainda pensas que sei tudo e assim será por mais algum tempo, mas um dia não te vou saber dizer se as coisas más nos acontecem por acaso ou se o nosso destino já estava traçado e não temos forma de fugir a ele.

O que mais peço é que tenhas a sorte de desfrutar de muitos momentos felizes ao longo da vida, mas, sobretudo, que tenhas a resiliência necessária para ultrapassar os dias menos bons, aqueles em que não vou saber dar-te as respostas que precisas.

Entretanto, saíste da mesa e aproximas-te agora, feliz, com o teu boneco novo. Saíram-lhe as meias. Dizes-me que tem frio e pedes-me para lhas calçar. Eu sorrio com algumas lágrimas a cair-me no rosto. Percebes e dizes-me: "Mamã, tens j´água..." e eu respondo: "Sim, meu amor, foi de tomar banho...".

"Eu não sabia, mas o destino quis que eu fosse tua mãe".
Forrest Gump

 
A fazer xopa.
 
 
A fajer bizcoitoj.
 
 
A fajer a árvore de Natal.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Apresento-vos...


As novas embaixadoras da Anjelif: a sorte grande, a terminação e a querida da Helena Isabel.

Que se acuse...


... quem olhar para este cartaz e não pense em coisas porcas menos sérias.

Bem me parecia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

EU NÃO QUERO SABER DE PIPIS!!!

 
 
Já vou avisando os mais púdicos que hoje é melhor ficarem por aqui, vão até ali à cruzinha do canto, cliquem e sigam as vossas vidas como se isto não tivesse acontecido. O resto, se não tiver medo de ficar traumatizado, pode ficar para ouvir.
 
O que vou contar prende-se com o meu mais recente inferno desafio: o regresso ao ginásio.
 
Pois na semana passada, ao chegar ao balneário depois de uma hora de castigo, dirijo-me ao meu cacifo e percebo que, surpreendentemente, mais de uma dezena de mulheres decidiram fazer o mesmo, sendo que o resultado era uma data de mulherio a despir-se e a vestir-se num mísero metro quadrado. 
 
Para as mentes masculinas, isto será certamente o nirvana do regabofe, mas para nós, mulheres, era só arranjar meia dúzia de ciganas e num piscar de olhos transformava-se na feira de Custóias. Ainda hesitei se deveria tentar enfiar-me ali no meio da galinhagem ou fazer outra coisa qualquer mas, de repente, no estado miserável em que me encontrava, não me ocorreu nada melhor para fazer do que tirar aqueles trapos suados e enfiar-me no primeiro chuveiro que encontrasse.
 
Assim fiz. Agarrei em mim e tentei encolher-me o mais possível para caber no pouco espaço que me restava. Ao meu lado, tinha gajas aos molhos - umas suadas, outras de banho tomado, umas gordas, outras magras, umas de slips, outras de cu ao léu. Enfim, de tudo, como na farmácia. Vai daí, decido sentar-me nos 3 cm de banco disponíveis, ao mesmo tempo que fazia acrobacias para tentar tirar as tralhas do cacifo. Se conseguem imaginar a cena, estando eu sentada, o meu campo de visão esbarrava precisamente com a zona dos pipis de quem estava de pé.
 
Pois eu não faço ideia qual é o vosso comportamento nestes ambientes, mas quando me dispo em lugares públicos - coisa que felizmente não é assim tão frequente - não gosto de andar para ali propriamente a badalar o berbigão pelas redondezas.
 
Qual a minha surpresa, quando a fulana que estava imediatamente à minha frente, pelada como veio ao mundo, decide escarrapachar a pássara na frente dos meus olhos, enquanto discutia alegremente o tom da base com a colega do lado. Inicialmente pensei: vou fingir que isto não está  acontecer e continuo nesta espécie de treino para o Cirque de Soleil, mas sem respirar. Rapidamente percebi que era tarefa inglória. Não só porque tinha um pipi a rir-se para mim a um palmo do meu nariz, como aquilo não era um pipi qualquer.
 
Digamos que era mais um mexilhão, daqueles que se apanham nos mares do caranguejo real do Alasca. Uma coisa nunca vista. Gigantesca. Digna de um documentário no National Geographic. Na verdade, não era bem só um mexilhão. Eram dois mexilhões. Dos grandes. Não, dos gigantes. Tamanho XXXL. Daqueles que nos questionamos como é que ela consegue correr sem tropeçar neles.
 
Com muito esforço, lá consegui despir-me, enfiar-me no chuveiro - de água fria a ver se apagava aquela imagem da cabeça - e vim à minha vida. Felizmente recuperei e, até ver, ainda não tive pesadelos com pipis gigantes a correr atrás de mim até me atirar no primeiro penhasco que encontro, mas confesso que tremo só de pensar na ideia de voltar ao balneário.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Digam olá ao Senhor Castanha!

 
Baby Caco levou um amigo novo para o magusto de hoje no infantário. Para quem tem curiosidade em saber, aqui ficam os ingredientes deste momento DIY: 
 
- cartolina em cor amarela torrada (porque não tinha em castanho)
- tesoura para recortar os olhos, a boca e o chapeú, todos em cartolina de outras cores (a tampa do iogurte serviu de molde para recortar os olhos)
- cola para aplicação
- tampa de iogurte para fazer o nariz
- fita cola para colar o nariz porque a cola não vale um chavelho e hoje de manhã o nariz já estava caído no chão;
- rafia preta para fazer o bigode.
 
Preparação:
 
Corta-se todos os elementos no escritório e leva-se para casa. No fim do jantar, dizemos: "Baby Caco, bora fazer uma castanha para levares amanhã à festa das castanhas?!!?"
 
Baby  Caco (convencido de que aquela ideia surgiu naquele preciso momento): "Chiiiiimmmmmmmm!!!!" (Baby Caco fala um bocadinho "chopinha de macha").
 
Sentámo-nos à mesa, escondi todos os elementos soltos na cadeira ao lado e deixei apenas a "base" da castanha, enquanto dizia: "Isto é uma castanha!!! Agora o que falta na castanha?!?".
 
Ele olhava para mim pasmado, enquanto certamente pensava que a mãe tinha endoidecido de vez.
 
Eu continuo: "Na cabeça? O que falta na cabeça? O que é que as pessoas põem na cabeça??!?"
 
Baby Caco sorri e permanece em silêncio. Por esta altura já tinha confirmado a suspeita anterior. 
 
Eu: "As pessoas na cabeça metem chchchchch......." (repetir o som até que se faça luz na pequena cabecinha).
 
Baby Caco: "Chapéus!!!!!!"
 
Este é o momento em que gritamos: "Siiiimmmmmmm!!!!" e, por golpe de magia, tiramos o chapéu que estava escondido na cadeira ao lado. Colamos o chapéu e prosseguimos o enredo:
 
"Agora, depois do chapéu, o que falta na cara da castanha?!?"
 
O procedimento mantém-se. Silêncio. Apontamos para os nossos olhos. Depois para os dele.
 
Baby Caco: "Ojolhos!!!!!"
 
E por aí fora até a obra estar completa. Fácil, não é?
 
Ora essa. Não têm de agradecer.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Sobre a perda.

 
Ontem morreu o avô da minha colega de trabalho que é também minha amiga. Hoje é certamente um dos dias mais infelizes da vida dela, da mesma maneira que há pouco mais de um ano foi também um dos meus, pela mesma razão. 
 
Ontem descobri também, por um acaso, um texto lindo sobre aquilo que descreve - a meu ver numa perfeição desconcertante - o que é a perda e como deve ser sofrida. Alguma vez na vida, todos esbarramos com ela. É inevitável. Seja por uma morte, uma separação ou um divórcio, mas à dor da perda, talvez das mais difíceis de suportar, é impossível fugir.
 
É também por isso que quero partilhar este texto brilhante. Porque não há consulta de terapia que nos explique melhor o que está a acontecer dentro de nós e como é que isto se combate. Como é que se faz para não deixarmos que nos derrube. Porque não há um comprimido que ajude a passar. Porque os amigos consolam-nos mas não curam. Porque não há copos ou jantares que nos façam esquecer a ausência por um minuto que seja. Porque dói muito quando nos deitamos a querer esquecer e acordamos a não querer lembrar. Dias. Semanas a fio. Porque não conseguimos parar a catadupa de perguntas que colocamos em busca de respostas que nos sosseguem, que nos expliquem o porquê de aquilo estar a acontecer.
 
E sobretudo porque é preciso aceitar que a perda (seja ela de que natureza for) não se supera em dias. Não passa em semanas, nem em meses. Às vezes, se calhar na maioria delas, são precisos anos. E é essencial sabermos que é assim mesmo que as coisas se passam. Que tudo isto é normal. É a ordem natural das coisas. Saber que demora, que dói, que corrói, que leva tempo, demasiado tempo, que vai deixar marcas, mas que um dia, vamos ser capazes de olhar para trás e perceber que ultrapassámos, que conseguimos finalmente respirar de alívio e ter a nossa vida antiga de volta.
 
Machucada, dorida, mas de volta. Que voltamos a ter dias em que não precisamos fazer esforços hercúleos para não pensar. Para não lembrar situações, conversas, datas, mensagens, de forma obsessiva à procura de uma resposta que nunca chega.  Que aquela dor enfraqueceu, perdeu tamanho, apesar de ficar ali, sentada, quieta, como uma velhinha que fica a viver em regime de aluguer vitalício na nossa memória.

Na verdade, há muito pouca coisa que possamos fazer. É um combate duro, violento, arrasador, mas que tem de ser feito por nós e sozinhos, com consciência de que o tempo é o nosso único aliado. É preciso esperar. É preciso saber esperar. E para quem sofre, esperar, só esperar, será sempre um caminho lento, solitário e, sobretudo, demasiado penoso.

"Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar".  
Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Hoje é dia de festa!!


Bem sei que isto tem andado mais morto do que vivo, que, se olharem com atenção, até são capazes de encontrar algumas teias de aranha ali junto ao header, mas como ainda há dois dias atrás era Halloween, confesso que tinha esperança que pensassem tratar-se de decoração, mas enfim... a verdade é que está na hora de voltar à barraca e - como dizia o Chico - meus caros amigos, eu não podia ter arranjado melhor pretexto para regressar em grande, porque a notícia que tenho para vos dar é absolutamente bombástica.
 
E calma. Não é nada relacionado com a candidatura do Marcelo a Belém, com a falta de acordo entre PS, PCP e BE para apresentar uma moção de rejeição ao programa do governo, com o facto do Fernando Pinto ter sido ouvido ontem pela Polícia Judiciária, com a possibilidade dos Pearl Jam actuarem em Portugal em 2016, com o sururu à volta da nova música da Adele ou com a história da outra que largou o namorado só porque lhe deixou fugir o gato.
 
Nada disso. Rufem os tambores. O que venho aqui dizer é muito mais interessante que qualquer um desses fait-divers. Meninas e meninos, senhoras e senhores, bem sei que lá fora está a cair um toró, mas aqui na blogosfera o céu está azul e o sol brilha de contente.
 
Abram a garrafa de champanhe que tinham guardada na arrecadação, lancem confetis, ponham o vossa música preferida aos berros, vistam o vosso outfit favorito, vão para a janela gritar e liguem à melhor amiga a avisar porque a situação assim obriga.
 
Prontos? Então cá vai:
 
O Pés voltoooooooooouuuuuuuuu!!!!!!!!!!!!!    

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

6 razões para não pôr os penantes na Pull & Bear.

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Só para ficar escrito que...


... se daqui a 15 anos o meu filho se transformar num insurreto e eu tiver de o ir visitar ao fim de semana à prisão de Custóias por ter sido apanhado, encapuzado, a rebentar a casa da vizinha à biqueirada e com duas G3 em riste, a culpa é destes coelhos.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Eu juro que não embirro com a rapariga...


... mas que raio de cabelo é este???!!?
 
A franja não é franja, nem deixa de ser. O ondulado, não é ondulado, nem deixa de ser. As pontas uma desgraça. Por mim, diria que desfrisou e correu mal.
 
Mas isto sou eu que percebo tanto disto como da apanha do mexilhão.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

E por onde andou Miss Caco no fim de semana?

 
 
Foi fazer a maratona? Não. Foi passar a tarde a malhar no ginásio? Errado. Foi levar o carro à revisão? Frio. Foi cortar o cabelo igual ao da Beatriz Gosta? Ainda mais frio.
 
Miss Caco andou a lagartar pelo Alentejo e foi recarregar energias ao Sobreiras Country Hotel, um pequeno paraíso, situado perto de Grândola, o que significa que de Lisboa até lá é um pulinho e não há cá jet lag para ninguém.

Eu podia ficar aqui eternamente a falar-vos maravilhas deste tesouro escondido, mas acho que não é preciso porque podem saber tudo aqui, neste magnífico artigo da revista Fugas. Por mim, digo-vos só que saí de casa no sábado de manhã, fui almoçar um arroz de langueirão de comer e chorar por mais na Tasca do Gino, em Alcácer do Sal, que tem uns empregados amorosos, daqueles que queremos trazer para casa, e uma comida excelente que também dá vontade de perguntar se têm take away.
 
Terminei o almoço e quando dei por ela, já estava aqui: 

 
 
Os quartos ficam nestas casinhas. Isto é, cada casinha é um quarto e o interior tem uma decoração moderna e minimalista que é um sonho. Não tenho fotos porque devia tê-las tirado à chegada, com tudo arrumadinho, mas quando me lembrei já tinha as malas abertas e o estaminé todo montado. Se tiverem muita curiosidade, vão espreitar ao site.
 
 


 
Baby Caco aproveitou já que estava ali e fez o catálogo Outono-Inverno da Zara Kids.

 
Este é o restaurante e também o local onde servem os pequenos-almoços. A vista é para a zona da piscina.
 


 

 

 
Eu não disse que era um paraíso? Vá, ide e depois contai.
 
Ah! No sábado fui jantar um javali com castanhas ao Talha de Azeite, no centro de Grândola. Também gostei muito, mas se fosse ficar mais dias, acho que teria ficado no hotel porque o ambiente à noite é um verdadeiro sonho.
 
Além disso, Baby Caco deu para fazer uma birra gigante e desatar a espernear no meio das mesas enquanto arrastava aquelas coisas antigas onde se guardavam as azeitonas e que agora não me lembro o nome. Foi nessa altura que pensei que se tivesse ficado no hotel, punha-o a contar as bolotas que rodeiam o edifício e certamente resolvia o assunto mais depressa.