quinta-feira, 24 de abril de 2014

Quem me quiser pedir um autógrafo nas próximas horas...


... procure-me na A1, sentido sul-norte. Não levo o Ambrósio, nem o caniche, mas o charme e o número de malas é semelhante.

Senhores da Worten, esqueçam que eu existo.

 
 
O meu telemóvel Samsung Galaxy Duo deixou de carregar, razão pela qual deixei-o na Worten para arranjar. Duas horas depois, recebo um sms a informar que podia ir levantar o equipamento. Fui buscá-lo e disseram-me que o telemóvel não tinha qualquer problema. Testámos na loja e, efectivamente, estava a carregar. Regresso a casa, enfio o carregador e.... voilà! Já não funcionava outra vez. Segundo round à Worten.
 
Quinze dias depois, regressou com o problema resolvido, mas com o sistema de som avariado. Isto é, não ouvia palheiro, nem me fazia ouvir. Terceiro round à Worten, isto, claro está, sempre com Baby Caco atrelado, só para sacar a senha prioritária e não ter de ficar na fila.
 
Ontem, duas semanas depois de o lá deixar pela terceira vez, decidi ligar para saber o ponto de situação. "Está dentro do prazo de arranjo", diz a menina do apoio ao cliente. "Se até 5 de maio, ninguém lhe responder, no dia seguinte, pode dirigir-se à loja e solicitar um equipamento novo".
 
Posto isto, deixo aqui dois avisos:
 
1 - Senhores da Worten, apaguem o meu número e não percam mais tempo com isto. Se receber uma chamada vossa, a minha reacção será semelhante à da falecida Amália que ilustra este post;
 
2 - Tu aí que me estás a ler, se tiveres mesmo muita curiosidade em conhecer-me e se não tiveres grande coisa para fazer na terça-feira, dia 6 de maio, pelas 9h00, já sabes onde me encontrar. Eu sou aquela que estou com uma factura na mão e o nariz colado na porta da Worten do Montijo.

Alguém sabe?


Parece que foi tudo articulado entre a administração da rádio e um grupo de teatro, mas o que eu gostava mesmo de saber era o que é que se andou a fumar na redacção da TSF, entre as 9h10 e as 9h45 desta manhã....

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Só porque hoje é Dia do Livro.


Aqui fica aquele que ando a tentar ler há, sensivelmente, sete meses. Sim, leram bem. Eu disse sete meses. Mas isto nada tem a ver com o número de páginas, nem com o nível de interesse da narrativa. Está, isso sim, directamente relacionado com o facto de em minha casa habitar também um bebé de 15 meses que é a coisa mais linda do universo, mas que, quando me vê pegar nisto, não descansa enquanto não triturar, pelo menos, uma das folhas.
 
Por essa razão, só consigo pegar nele (leia-se, no livro) assim que a criatura de Deus está a dormir. Sucede que esse momento coincide sempre com aquele em que já só consigo manter as pálpebras abertas com a ajuda de uma grua.
 
Aproveito para informar a quem mo emprestou que continua com capa e praticamente intacto. Mesmo depois de Baby Caco ter comido o marcador e eu ter andado duas semanas a tentar descobrir em que capítulo é que estava.

Mas quem é que lhe disse?

 
 
Na repartição de Finanças de Alcochete trabalha uma funcionária que pensa que tem, como se costuma dizer, o rei na barriga. É loira, estatura média, bem disfarçada graças aos tacões e, apesar dos seus cerca de 50 anos, esforça-se por acompanhar as tendências de moda, seguidas pelas miúdas na casa dos 20.

Quando preciso tratar de algum assunto, costumo ir para lá um pouco antes das nove e vejo-a sempre chegar muito perfumada, de nariz no ar, como quem diz: podem estender o tapete que chegou sua realeza. Por oposição, o espaço onde trabalha cheira a mofo, está entupido de dossiers que parecem não ser abertos há décadas, tem cadeiras de plástico, o ar condicionado não funciona e as persianas estão frequentemente avariadas. Raras foram as vezes que não a vi falar com velhinhos ou com gente, digamos, menos letrada, num tom altivo e arrogante.
 
Esta repartição é tão pequena que a zona de espera se confunde com a zona de atendimento, de maneiras que nós estamos ali sentados nas cadeiras de plástico, a aguardar que gritem o número da nossa senha e, no entretanto, vamos ficando a saber as dívidas do senhor Manuel da Farmácia à Segurança Social e que o neto da D. Alzira está emigrado e esqueceu-se de pagar o IMI.
 
Enquanto espero, vou prestando atenção ao tratamento de "Sua Realeza" cujo discurso vai sempre no sentido de: "Mas você não viu que a senha verde não é para o IRS?", "Quem é que o mandou cá vir com este papel?", "Então você não sabe que o prazo de entrega já expirou?", "Mas quem é que lhe disse que estava isento só porque é funcionário público?", enquanto vejo os interlocutores a encolherem-se, caladinhos, e a desculparem-se, não vá ela lembrar-se de os mandar embora sem resolverem o problema. 
 
Posto isto, caro Poiares Maduro, quando decidirem quais as repartições de Finanças que vão encerrar, não se esqueçam da de Alcochete. E quando esse dia chegar, avisem-me por favor, só para ir até lá, tirar a senha amarela, esperar nas cadeiras de plástico, e quando chegar a minha vez, poder dizer:  "Mas quem é que lhe disse que estava isenta só porque é funcionária pública?".

Este rapaz nunca me desilude.


terça-feira, 22 de abril de 2014

O dia em que descobri que os adultos também mentem.

 
Passei uma infância feliz, em Vila Real de Trás-os-Montes. Estaria a completar oito anos quando chegou a notícia de que o meu pai ia ser transferido para o Porto. A mudança foi-nos comunicada de forma animadora, com aquela conversa que se costuma apresentar às crianças: "vamos para uma casa maior, com jardim, vais ter um quarto só para ti, para decorar à tua vontade, vais para uma escola maior, fazer amigos novos..." e outras balelas deste calibre. O certo é que funcionou e os dias que antecederam a mudança foram vividos com entusiasmo e até alguma ansiedade.
 
Lembro-me de ter ido ver algumas casas com os meus pais nas férias de Verão (que pareciam sempre não ter fim) e ter ficado encantada com uma casa em particular que tinha um quarto forrado a papel com ursinhos. Eu nunca tinha visto um papel de parede com ursinhos e aqueles pareceram-me absolutamente encantadores. Era ali que eu queria viver. Eu sabia que só podia ser feliz num quarto com um papel de parede assim.
 
Mas, para azar meu, não foi essa que nos calhou. Não importava. Afinal, íamos para uma casa maior, com um jardim para brincar e fazer amigos novos.
 
Chegou o tão aguardado dia e recordo-me de ver uns homens a transportarem a mobília para a carrinha das mudanças, enquanto o apartamento ia ficando cada vez mais vazio, até só sobrar um telefone preto pousado, sozinho, no canto do hall forrado a alcatifa. Era o nosso telefone. O que tinha o número que ainda hoje sei de cor: 259 346 56.  
 
Saí de casa com o meu peixe cor de laranja dentro de um saco e com os amigos no pátio do prédio a assistirem às movimentações dos móveis, das caixas e da parafernália de tralhas que envolve uma mudança. O mesmo pátio onde jogávamos à macaca, ao elástico, fazíamos corridas com caricas e onde tantas vezes decidimos quem era o polícia ou o ladrão.
 
Lembro-me que entrei no carro e acho que foi essa a primeira vez que soube o que era angústia. Tinha oito anos. Foi também aí que percebi que, afinal, eu não queria uma casa maior, nem amigos novos. Eu queria ficar ali. A jogar à macaca. A brincar no pátio nas tardes de Verão, até a minha mãe vir à janela, vinte vezes, chamar-me para jantar. A brincar com a Ângela, a filha da D. Cristina que trabalhava num restaurante, e com a Raquel, a irmã do Pedro que era giro e tinha cabelos pretos. Quase que até já sentia a falta da D. Maria, a velha do rés-do-chão que estava sempre a controlar-nos.
 
Voltei algumas vezes àquele lugar e ainda hoje, uma vez por ano, passo em frente ao pátio que agora me parece ter muito menos vida e ser bastante mais pequeno. Ainda mais pequeno do que o hall onde, há 32 anos, deixei sozinho o telefone preto cujo número ainda sei de cor. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Sabemos que os parâmetros de elegância...

 
 
... estão a sofrer alterações mais profundas do que o clima no Ártico, quando a Nova Gente diz isto e não é na edição de 1 de abril.

Pior do que...

 
... passar a Páscoa a enfardar em amêndoas de todas as cores e feitios, ao mesmo tempo que enviava notas mentais à minha consciência no sentido de a convencer de que "isto é só uma vez ao ano, isto é só uma vez ao ano", é ir ao Lidl na hora do almoço para comprar iogurtes, constatar que as amêndoas estão todas a metade do preço e chegar à conclusão que tenho de aproveitar porque estas promoções só aparecem uma vez ao ano.

Uma boa tarde


... extensível aos pecadores que fingiram estar a dormir para não terem de dar um beijo na cruz do compasso.

O sonho da Sandra.


Esta é a Sandra Nobre e decidi trazê-la até aqui porque é a autora de um projecto giro que, nas suas palavras, "pretende celebrar uma segunda oportunidade de estar viva". Há dez anos, fez um autotransplante de medula óssea,  após uma leucemia aguda, e para celebrar o sucesso desta intervenção decidiu realizar um sonho antigo: juntar as suas maiores paixões (viajar e ler) e dar a volta ao mundo a fotografar leitores.
 
A Sandra tem andado a fotografar estranhos que encontra a ler em locais públicos, desde Dezembro de 2012, e a esta hora, deve andar pelo Brasil a recolher mais umas imagens que poderão ver aqui, no Acordo Fotográfico, um blogue onde relata a sua experiência e que é também uma forma de nos levar a viajar, ainda que passivamente em frente a um ecrã de computador. Não é a mesma coisa, é certo, mas sempre sai mais barato.
 
Uma sugestão para quem gosta de fotografia e também para aqueles que, tal como eu, adoram observar estranhos nos transportes públicos, enquanto tentam imaginar as suas vidas. Experimentem. É um exercício útil que contribui para estimular a imaginação e ajuda a passar o tempo. Além de que também afaga o ego, na medida em que conseguimos encontrar sempre alguém com olheiras piores do que as nossas, sobretudo à segunda-feira.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Cuidado com o que metem à boca.

 

Primeiro levamos com as vacas loucas, depois a ASAE diz que encontrou carne de cavalo nas lasanhas, agora parece que a Claúdia Jacques lançou um CD e, como se não bastasse, ainda estamos sujeitos a isto.

Aviso todas as marcas do universo vegan que estou disponível para qualquer acordo semelhante ao que o Roberto Carlos fez com a Friboi e que podem consultar aqui.

Confidência

 
"Depois, para desviar atenções, mandei aquela do inquebrantável e, quando tal, já ninguém se lembrava da bacorada que eu tinha dito aos gajos de Abril porque estava tudo distraído a pesquisar no priberam...".

Como é?


Já temos roupa branca suficiente para fazer uma máquina ou vou ter de continuar a vestir estas camisolas panisgas que insistes em chamar de vintage? 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Antes que comecem para aí a lançar boatos...


Reúno as condições, é certo, mas lamento desiludir-vos. Miss Caco não é a S.D. Gold.

Anita vai às compras

 
 
Homens que, como é vosso apanágio, andais por aí perdidos, sem saber o que oferecer às mulheres (mães de filhos) no dia que se aproxima, aqui fica uma sugestão, p´ra lá de catita, que certamente vai enternecer tudo quanto é mulherio acima dos 35.
 
Refiro-me a estas malas, fofinhas que eu sei lá, que nos fazem recordar o tempo em que viajávamos pelos livros da Anita, enquanto chorávamos a ver o E.T. ou cantarolávamos o anúncio do pudim Boca Doce, e que podem encontrar aqui, na Portuguesa.
 
Olhem só estes modelitos aqui em baixo e digam lá se não são uma ternura (para mim, reservem a verde, mas com a última ilustração, aquela em que a Anita está a dar de comer a um bebé, num cenário idílico, só possível na medida em que está acompanhada por dois animais, certamente estrategicamente colocados para dar cabo dos restos da sopa de bróculos que, noutra circunstância, estariam a decorar não só o tapete, como o cabelo da protagonista):  
  




 

Sabemos que chegou o momento...


... de esconder os comandos de televisão, quando a factura da TV Cabo traz um acréscimo de 3,99 € por ter sido alugado um filme em regime de absoluto desconhecimento parental... e, a bem da verdade, do próprio requerente.

terça-feira, 15 de abril de 2014

A Irina anda a refrescar-se com porcos.


O Diário de Notícias diz que a Irina anda a nadar com suínos.  Por mim, até pode dormir com eles que não me faz confusão nenhuma. Aliás, o porco até me parece um animal bem fofinho e merecedor do nosso carinho.
 
Prova disso são estas fotos, aqui em baixo, de um criador que tem nos seus 1.200 porcos os melhores amigos. Ora vejam lá se não são uns amores:















Eu própria, apreciadora convicta da espécie, tenho muito orgulho em ter uma porca como principal prescritora.



35 mil visitas ao pardieiro Caco??!?


Para comemorar, o fã nº 400 do facebook do Caco ganha, automaticamente e sem qualquer tipo de sorteio, um post inteiramente da sua autoria e ilustrado com foto à sua escolha.
 
Isto é, Miss Caco cede aqui um espaço ao estilo "Anuncie aqui" e pode vir cá mandar os filetes que entender, incluindo mensagens de amor à cara-metade, dedicatória ao pai que faz anos, explicar porque é que o carro que tem à venda no OLX é o melhor negócio do mundo ou até rogar pragas ao vizinho do 3º esquerdo. O título será: "Eu digo o que me der na real gana porque eu é que sou o fã nº 400".
 
Vá, agora não se atropelem. Um de cada vez.

Das coisas parvas que às vezes dão jeito.


 
Miss Caco tem um repertório de músicas infantis muito fraquinho. Além das "Galinhas que estão loucas", do famoso "Atirei o pau ao gato" e do "Lá em cima está o tiro-li-ro-li-ro e cá em baixo está o tiro-li-ro-ló", pouco mais há a dizer.
 
Há uns dias, encontrei neste blogue a música que ilustra este post: "A Casa", de Vinicius de Moraes, uma sugestão que me pareceu p´ra lá de espectacular e que me fez pensar: "olha que coisa tão gira para eu enganar distrair Baby Caco enquanto lhe tento enfiar a sopa".

Ao jantar, toca de pôr a descoberta em prática. E vai que percebo que, além do repertório ser fraco, sou detentora de um outro defeito relacionado com o desconhecimento das letras. Mas, neste caso em concreto, descobri que estamos perante a canção perfeita para estas situações, já que a letra é amiga dos leigos das cantorias.

Num instantinho, encontrei inúmeros versos, todos eles com potencial para serem inventados na hora, e com tanto sentido que me pareceu quase obrigatório partilhar, no caso de haver por aqui alguém com o mesmo problema. Então cá vão alguns:

Era uma casa muito engraçada
Não tinha tecto não tinha nada
Ninguém queria p´ra lá morar
Porque era um frio de rachar

Era uma casa muito engraçada
Não tinha tecto, não tinha nada
Ninguém queria p´ra lá viver
Não havia maneira d´aquecer

Era uma casa muito engraçada
Não tinha tecto não tinha nada
Ninguém queria p´ra lá morar
A não ser que fosse sem pagar

Era uma casa muito engraçada
Não tinha tecto, não tinha nada
Ninguém queria p´ra lá viver
Sem TV Cabo e nada p´ra ver

E pronto. A ideia é basicamente seguir esta linha.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Está alguém aí?

 
Eu sei que as probabilidades de encontrar alguém por aqui capaz de me esclarecer esta dúvida são praticamente as mesmas de sair do escritório e ser atropelada por um mamute, mas, ainda assim, vou arriscar.
 
Esta panela que vêem aqui em cima, e que parece uma imitação de Bimby, chama-se "My Cook", é da Taurus, e em minha casa existe um exemplar.
 
Sucede que já não é a primeira vez que, ao usar a velocidade mínima, indicada para o momento em que os ingredientes estão simplesmente a andar para ali à roda para serem cozinhados - isto é, a velocidade 1 -, normalmente tenho como resultado que os víveres fiquem todos triturados.
 
Ou seja, em vez dos alimentos ficarem intactos, sai-me tudo num oito, como se tivesse acabado de sair de uma trituradora. É certo que tenho um bebé em casa, mas, à primeira vista, não vejo qual é a graça de comer um picadinho de lulas ou uns micro-átomos de chocos envolvidos em papa de feijão...
 
P.S. - Não me aconselhem a ligar para o número de apoio da Taurus porque já o fiz e disseram-me que a velocidade utilizada para cozinhar é a 1 ou a 2. Tudo estaria bem se eu me chamasse Alzira, tivesse 89 anos e usasse placa. Não sendo o caso, algo de estranho se passa...
 

Say cheeeeeese!!!

 
Olhem-me só para estas criaturas de Deus e digam lá se não dá vontade de as levar para casa e estrafegá-las com beijos?
 
A autora desta ideia chama-se Grace Chon e é uma fotógrafa especializada em animais que decidiu fotografar o seu filho Jasper, de 10 meses, a fazer pendant com a cadelita rafeira de 7 anos. Vejam só se o resultado não é uma riqueza: