sexta-feira, 3 de junho de 2016

Não dou um mês para transformar Baby Caco num anjo.


As manhãs lá em casa não são complicadas de gerir. Baby Caco acorda com relativa facilidade e deixa-se vestir muito rapidamente no sofá, enquanto fica pasmado a ver o canal Panda.
 
A verdade é que, sobretudo ao fim do dia, por vezes, o canal exibe uns desenhos animados que me parecem um bocadinho "puxadotes", com uns dragões nojentos a cuspir fogo, enquanto se pegam uns com os outros. Baby Caco assiste todo satisfeito, vai soltando uns gritos de guerra, à medida que os dragões se esbardalham uns contra os outros, que eu vou intercalando com ordens infrutíferas para ele comer a sopa.
 
O certo é que gostava - enquanto posso - que ele visse umas coisas um bocadinho mais, digamos, naif. Por isso, um destes dias, pelas 8h30, deu-me para mudar para a RTP2 e fiquei absolutamente rendida. O canal estava a começar um filme maravilhoso que, infelizmente, não tive tempo para ver, mas que guardei o título para pesquisar mais tarde.
 
Chamava-se "A Canção do Mar" e era um trabalho de animação encantador, realizado por Tomm Moore, nomeado pela segunda vez para o Óscar de Melhor Filme de Animação, depois de "The Secret of Kells" (2009), a sua estreia em cinema.
 
Inspirado em mitos do folclore irlandês, conta a história de Ben e Saoirse, duas crianças que, desde a morte da mãe, vivem num farol com o pai, um homem triste e amargurado. Um dia, Ben descobre que a irmã é uma fada que se pode transformar em foca e retornar à condição humana, sendo que quando toca flauta, liberta seres mágicos.
 
Na versão portuguesa, o filme é dobrado com vozes como, por exemplo, Custódia Galego, e tem imagens encantadoras como estas:
 
 
 

 
Para quem quiser saber mais, aqui fica o trailer em português: 
 
 


Mas as surpresas não ficam por aqui. Na manhã seguinte, voltei lá e dei com uma série que é do mais ternurento que vi nos últimos tempos. Chama-se "Nuvinhas" e é sobre umas personagens amorosas que passam o dia a cuidar do céu e dos seus amigos: o sol, a lua, o arco-íris, uma nuvem e uma estrela. Se isto não é de se comer, não sei o que vos diga.
 
Os Nuvinhas vivem numa casa em cima de uma nuvem e aquilo é vê-los de mãos dadas, a pintar as nuvens, a passear as estrelas, a limpar a lua... Eu sei lá, uma ternura tal que só visto.
 
Posto isto, acredito que lá para o fim do mês transformei Baby Caco num anjo, com direito a dar-me beijos todos os dias POR VONTADE PRÓPRIA, sem nunca mais precisar de implorar por abracinhos, de joelhos no chão da sala, ou negociar beijos em troca de gomas com forma de ovo estrelado. 
 
Confiram só estas fofuras:

 
 
 
 

 

2 comentários:

  1. Também concordo que o canal Panda passa desenhos agressivos. Não deixo que o meu filho veja, mudo para o Disney Junior ou Jim Jam. A RTP2 também é sempre uma boa opção e esse filme parece-me mesmo giro!

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  2. Eu so tenho 4 canais.. por uma questão de disciplina. Quantas vezes o meu filho diz que não gosta e vai buscar um livro para ver?

    As nuvinhas são companhias ca de casa, tal como o urso Bjorn. =)

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Deita cá para fora!