Hoje farias 81 anos.
Continua a parecer-me impossível que o amor que nos unia não
tenha agora forma de se manifestar.
Que desafio este de reaprender a viver com um coração órfão.
Não vale a pena dourar o processo. Há mesmo um antes e um depois. E há o que
fazemos com este depois que, bem vistas as coisas, é o mais importante.
Mas a nossa união era tão grandiosa que me parece inacreditável
que este sentimento já não tenha casa. Para onde vai? E não me refiro só ao
nosso. E o de tantos pais e filhos que se separam por este mundo fora? Ao longo
de tantas gerações?
O que será feito do amor que já não se pode
viver?
Depois lembro-me que tu bem dizias que penso demais. Se calhar tens razão. Há coisas que nunca mudam.
Parabéns, Pai.
Ainda não deixei de acreditar.
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